Seguidores e Seguidoras,
Hoje a plenitude do céu azul do sul da Suécia nos reservou duas grandes surpresas agradáveis: Växjö e Kalmar. Planejamento urbano, limpeza, respeito ao pedestre e ao motorista, belezas naturais e históricas que dão o toque de respeito ao meio ambiente e à cultura.
Começamos o dia com sol e céu azul, com um ótimo café da manhã do hotel Clarion de Växjö, após o que fomos visitar a cidade. Já nos havíamos impressionado quando entramos de carro na cidade ontem no fim da tarde. Tudo muito limpo, organizado, prédios bem cuidados. Hoje constatamos isso no centro da cidade. O grande centro, numa área muitas vezes de perder de vista, foi todo fechado para uso apenas dos pedestres, com exceção dos serviços, hotéis e garagens de prédios que foram abrangidos pelo sistema. Todas as ruas bem calçadas, muito limpas em relação ao resto da escandinávia, salvo exceções, e com tudo à mão para quem anda a pé. Na periferia, como deve ser, bolsões e prédios de estacionamento permitem que qualquer um tenha acesso fácil e rápido ao que lhe interessa no centro sem, no entanto, congestiná-lo, como acontece com nossas cidades. Nesse particular, Växjö é um modelo de como devem ser organizadas e planejadas as cidades pequenas e médias.
Nesse clima, após caminhar pelas principais ruas da cidade, fomos visitar a Catedral de Växjö, que fica ao final de uma rua paralela ao calçadão da cidade e se caracteriza por ter dois cumes de torre, numa única torre, conforme poderão ver nas fotos que postaremos hoje. Ela teve origem no século 11, quando ainda era de madeira e modificou-se ao longo do tempo, principalmente por força de um grande incêndio que a destruiu. Sua torre também chegou a ser destruída por um raio em 1740. Foi reconstruída várias vezes até que no início do século 19 adquiriu a aparência que até hoje tem, cuja torre foi copiada da Catedral de Kalmar, durante o período áureo do seu castelo, conforme trataremos a seguir. O interior, como o de todas as catedrais da escandinávia, é simples e nada há a ser destacado.
Da igreja fomos visitar o parque que a rodeia e que dá num grande lago, com suas margens urbanizadas e que proporciona um toque de beleza especial à cidade. No referido jardim, como curiosidade, um canteiro de cactus ricamente elaborado, onde consta o nome da cidade, inclusive com os pingos sobre o ä e o ö, feitos com cactus.
Växjö está situada na província de Smäland e é a base ideal para explorar o Glasriket, ou Reino do Cristal, a região produtora de cristais mais famosa do mundo. A principal atração da cidade é o Smälands Museum, que conta os 400 anos de história da fabricação do vidro e constitui boa prévia para uma visita a qualquer das inúmeras fábricas espalhadas pelas florestas circundantes. A visita que fizemos ao museu foi muito enriquecedora. Além de mostrar espécimes de toda a evolução do vidro e do cristal no correr do tempo, mostra filmes antigos de como se fazia o vidro e os cristais há tempos passados, com muito sacrifício e habilidades dos profissionais hábeis no ofício. A visita ao museu é um dos pontos altos do turismo na cidade e recomendamos.
De Växjö, no meio da tarde rumamos novamente para o litoral sul, já que aqui nos recomendaram a visita a Kalmar, na beira do Báltico, a 106 km dali. Outra cidade de pequena para média, com todas as características anteriormente descritas em relação a Växjö, tendo como diferencial o mar, uma grande praça magnífica com a Catedral e prédios históricos, administrativos e hotéis de arquitetura belíssima. Visitamos a Catedral de Kalmar, suas ruas fechadas ao tráfego, especialmente seu calçadão e depois, por um parque, fomos em busca do Castelo de Kalmar, que fica retirado do centro, já numa ponta adentrando o mar. O lugar é magnífico, pontencializado pelo sol e céu azul. Ao chegarmos no castelo resolvemos visitá-lo, mesmo porque, lá havia uma exposição de vários grandes pintores como Picasso e Matisse, dentre outros de igual ou menor importância. O castelo era constituído, originalmente, apenas de um única torre que servia para defender a cidade contra piratas e inimigos, construída em 1180. Ao seu redor, no século 13, começou a construção do povoado que hoje é a cidade de Kalmar. Construído o castelo nessa mesma época, foi considerado, então, o mais moderno e eficiente castelo da Suécia. O evento mais importante nele ocorrido foi o consenso firmado no ano de 1397, quando Suécia, Noruega e Dinamarca, no sentido de terem leis e polícias comuns. O castelo, hoje, é a maior atração turística da cidade, para onde acorre gente de todas as idades. De se registrar que, no seu grande salão de festas e jantares, há uma mesa posta com representação da comida como o era no auge de sua existência, na Idade Média. Visita que se recomenda, especialmente por sua beleza e por sua rica história.
Aqui, vale registrar uma curiosidade de várias estradas da Suécia, fato que se repetiu entre Växjö e Kalmar. Estradas mistas, entre simples e duplicadas, mesmo sendo regiões planas, só de retas. Numa parte a estrada é simples, mas não permite ultrapassagens porque as pistas são dividadas por guardrails.Três a quatro kms depois, um trecho de cerca de 1 ou 2kms de estrada duplicada, e assim sucessivamente. Meio estranho já que nos trechos sem duplicação, mesmo em retas, você não pode ultrapassar um caminhão ou carro que trafega lentamente pela via. Enfim, nunca havíamos visto algo semelhante em nenhuma parte do mundo.
Da cidade de Kalmar, por uma extensa ponte sobre o mar, fomos para a Ilha de Öland, onde estamos hospedados no encantador hotel e spa Skansen, localizado dentro de uma extensa área verde e arborizada, bem próxima do mar.
Nele jantamos peixes típicos daqui, acompanhados de um Chardonay da Califórnia, e uma deliciosa sobremesa de morangos locais, com sorvete e creme. Para baixar a comida, fomos dar uma volta pelo parque circundante e fomos até o mar onde, do outro lado, ao longe, avistamos Kalmar, à qual a enorme e longa ilha pertence. Nos próximos dois dias a exploraremos de norte a sul, já que os prospectos nos dão uma expectativa muito positiva acerca das belezas naturais, históricas e arqueológicas que encontraremos. Isto, porém, será assunto para as próximas postagens. Beijos. Narcísio e Dirlei.
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Catedral de Växjö, com suas torres gêmeas |
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Parque de Växjö, com canteiro de cactus, onde as plantas formam o nome da cidade |
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Lago que embeleza Växjö |
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As margens urbanizadas do lago |
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Cristal do Museu de Smälands, em Växjö |
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Outra mostra de cristal trabalhado do museu de Växjö |
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Antigo moinho de vento, dentre outros prédios transplantados nos jardins do museu de Växjö |
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Catedral de Kalmar, na sua grande praça |
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Outros prédios de arquitetura bem elaborada, na grande praça de Kalmar |
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Calçadão de Kalmar |
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Canal que corta Kalmar, com sua grande torre ao fundo |
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Castelo de Kalmar |
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Vista mais abrangente do Castelo de Kalmar |
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O mar Báltico beijando os parque se Kalmar |
BEAUTIFUL PHOTOS:
ResponderExcluirWhere are you from, Ivone Buhler?
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