segunda-feira, 30 de setembro de 2013

REVISITANDO NEW YORK E THE HIGH LINE

Seguidoras e Seguidores,

No dia 25, depois de sairmos de Boston, demos uma passada em Providence, Capital do Estado de Rhode Islan. Só demos uma volta no seu centro, que não é muito atrativo, já que suas principais atrações turísticas estão em áreas mais distantes. Como não tínhamos tempo para vê-las, abaixo algumas fotos da região central da cidade, que vive em função dos eventos que ocorrem em Boston.

Chegamos em New York no dia 26 e, depois de mais de 8 mil milhas viajadas de carro, constatamos o caos do trânsito da cidade. Impossível transitar nela de carro. Em plena meia tarde, caminhões e carros de entrega estacionados em todas as ruas, às vezes em fila dupla, congestionando tudo. Para devolvermos o carro para a locadora, algumas quadras do Hilton, demoramos cerca de 1h30. 

Ontem dedicamos o dia a revisitar a cidade, 13 anos depois da última visita, de mais de 10 dias. Existem cidades no mundo que você pode voltar várias vezes, e elas estão cada vez melhores. Outras, todavia, especialmente quando você guarda ótimas lembranças, você nunca mais deveria voltar lá, sob pena de decepção. Foi o caso de New York, ressalvado pela criativa, interessante e linda The High Line, sobre a qual falaremos mais tarde.

Ficamos no Hilton Midtown, estratégicamente muito bem localizado,com quase tudo podendo ser alcançado a pé e com estação de Metrô bem próxima. Recomendamos.

Depois de um café da manhã muito bom, começamos por rever o Central Park. O tínhamos visitado no inverno. Pensamos que, agora verde, estaria mais bonito e interessante. Ledo engano. Com ar de abandonado, mal cuidado, sujo, algumas obras, nem de longe foi aquele de 13 anos passados.

De lá pegamos o metrô para o sul da ilha para ver como estava a região do World Trade Center. Dois grandes edifícios  já estão prontos no local mas uma grande área ainda está vazia, faltando a maior parte do projeto para ser concluída. A crise de 2008 atrasou tudo.

Andamos por aquela região e parecia que estávamos num país latino. O ar era de Paraguai. Quase toda a cidade está assim. Só se escuta espanhol. A aparência da população em nada pareceu com a que havíamos visto país afora. Aqui mais uma confirmação do que já constatamos pelo mundo. Se você quiser conhecer o povo de um país, não vá a cidades cosmopolitas como New York, Londres, Paris etc. Aliás, não julgue o povo de um país pelo dessas regiões. Nenhuma similitude.

Como não o havíamos feito na visita anterior, por causa do frio, agora andamos até a metade da Ponte do Brooklin a pé. Vale apenas para ver a majestosa obra, que custou muitas vidas, conforme documentário que já assistimos. Quanto ao mais, a parte central, onde poder-se-ia ter uma visão do rio está com defensas altas que impedem qualquer visão.

Mais uma caminhada pela cidade, muito suja e cheia de obras, com regiões grandes de calçadas cobertas ou impedidas, fomos conhecer a única coisa de interessante que não havia na cidade na época da visita anterior  e que agora valoriza uma extensa região da parte sul da cidade. A The High Line. Espetacular.

O que era um elevado, no meio do prédios e por cima das ruas, para o trilho do trem e que estava há muito abandonado, enferrujado e enfeiando a regão, hoje é um lindo parque suspenso, todo ajardinado, arborizado, gramado, com uma pista bem cuidada para caminhada no seu centro e com várias partes com obras de arte, áreas para tomar sol, bancos para ler e descansar, bares, sorveterias, feirinhas e, até uma pequena arquibancada, sobre uma rua, onde você pode ver o trânsito de outro ângulo, fluindo lá embaixo. Nos prédios e nas placas de publicidade que circundam a área, obras de arte, pinturas modernas. Um show, com muita gente circulando por aquela maravilha criativa de quase 2 kms. A fotos abaixo darão para todos uma ideia desta obra fantástica.

Segundo notícia que lemos, a urbanização daquela linha de trem, valorizou em muito uma região quase abandonada da cidade, com aluguel e preços de imóveis nas alturas e diversos projetos novos estão sendo implementados.

Ela situa-se entre a Gansenvoort Street, três quadras abaixo da 14st e  a 30st west. Um grupo de amigos da região se uniu pela ideia que depois foi assumida pela empresa ferroviária e pela Prefeitura de NY, sendo que sua última parte foi concluída em 2011. Hoje o parque suspenso é mantido pelo órgão responsável pelos parques da Cidade. É imperdível para quem hoje vem a New York.  

À noite, fomos assistir o divertidíssimo Mamma Mia, na Broadway. Demos boas risadas, escutamos as músicas da época de juventude, do ABBA e assistimos ótimas performances do atores, cantores, dançarinos.

Depois jantamos no italiano Gattopardo, de ótima carta de vinhos italianos, mas de comida apenas razoável.

Enfim, New York, salvo a exceção que mencionamos, parece mais pobre, mais latina, mais suja, mais caótica e sem o charme de antanho. Muitas coisas, porém, tem para se fazer aqui e, para quem ainda não a conhece, ainda vale a pena.

Voltaremos em breve ao blog para, como sempre fazemos e porque tem sido a postagem mais lida em todas as viagens, o balanço final desta aventura do Pacífico ao Atlântico nos Estados Unidos da América. Não percam. Até lá. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.


Esta e as próximas fotos são de Providence, capital de Rhode Island, onde estivemos um dia antes de irmos para New York







Esta e as próximas fotos são do Central Park, em NY e que, apesar de mal cuidado, ainda tem suas belezas







Esta e as próximas fotos são da região do antigo Worl Trade Center, agora em reconstrução, com os prédios já prontos ou quase


Esta e as próximas são visões de NY desde a Ponte do Brooklin



Esta  e as próximas fotos são da imperdível e interessante The High Line, velha linha férrea suspensa entre os prédios do sul de NY, transformada em parque 








Tem até arquibancada para ver o trânsito de outro ângulo



E até um casamento sendo celebrado lá na incrível The High Line


Áreas de descanso e leitura e obras de arte








sexta-feira, 27 de setembro de 2013

FINALMENTE, NEW YORK

Seguidores e Seguidoras,

O restaurante era o Le Bernardin. O dia era do aniversário do blogueiro. A cidade, New York, depois de mais de 8 mil milhas viajadas desde San Francisco até aqui. Na entrada, uma taça de champagne, para celebrar. O  jantar francês, consistia em, pelo menos, cinco fases. De todas, destacamos a Lasanha de Lagosta. Divina. Para harmonizar, um Poully Fumée do Vale do Loir, que reinou soberano por todas as fases do serviço. O serviço, ao mesmo tempo imperceptível mas, sempre presente. O vinho e a água nunca atingiram níveis perigosos. Depois do último gole, não passou dez segundos sem que os copos fossem recolhidos. As sobremesas, não se pode definir se o melhor foi a apresentação ou o sabor. Quase três horas de degustação vagarosa. A vela acesa, com uma mousse de chocolate e um sorbet, venho com a discrição devida. Enfim, isso é que o basta por hoje. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

BOSTON NA SUA INTEIREZA

Seguidoras e Seguidores,

Ontem não publicamos nada de Boston, por problemas técnicos na internet do Sheraton. Agora, já no Hilton de Providence, em Rhode Island, lá vai.

Ontem foi dia para se dedicar integralmente a conhecer Boston. Após o ótimo café da manhã do Sheraton, talvez o melhor da viagem, sol e pleno céu azul, guia na mão, fomos conhecer a famosa Boston. 

Na região onde nos encontramos a cidade é mais espaçosa e humanizada, com uma grande área aberta, onde há um enorme espelho d'água, na Christian Science Plaza e dois grandes parques, o belíssimo e ajardinado Public Garden e o maior, gramado e arborizado Boston Common, propiciando qualidade de vida ao povo daqui.

Próximo do  Boston Common se localiza o Beacon Hill, por onde demos uma caminhada. As encostas no lado sul de Beacon Hill constituíam, entre as décadas de 1790 e 1870, a área mais procurada de Boston, até a elite se transferir para Back Bay, mais exclusiva. Diversas casas do bairro foram projetadas pelo consagrado arquiteto Charles Bulfinch e seus discípulos, e a encosta sul cresceu como modelo de arquitetura de estilo federal (neoclássica). As casas mais bonitas  ficam em Boston Common ou no alto da colina, de onde se têm lindas vistas. Embora as primeiras fossem construídas bem afastadas da rua, a crise econômica de 1807-12 produziu uma série de casas geminadas à beira da calçada.

Dali, passamos pela Massachusetts State House. A pedra fundamental da Massachusetts State House foi lançada em 1785 por Paul Revere e Samuel Adams. Terminada em 1798, a sede do governo do estado, com projeto de Charles Bulfinch, serviu de modelo para o edifício do Capitólio, em Washington, DC, e de inspiração para a sede de governo de outros estados. Sua cúpula dourada serve de marco zero para Massachusetts.

De lá fomos para o labiríntico e repleto de prédios altos e modernos, o centro financeiro de Boston. Emparedada entre esses grandes prédios está  a Old State House. Hoje apequenada pelas torres do Distrito Financeiro, ela foi sede do governo colonial britânico entre 1713 e 1776. Em 1776 a Declaração de Independência dos Estados Unidos foi lida de um balcão da fachada leste. Um círculo de pedras arredondadas marca o local do que ficou conhecido  como o Massacre de Boston. Em 5 de março de 1770, colonos provocaram os guardas britânicos com  com insultos, pedras e bolas de neve. Os soldados abriram fogo e mataram cinco colonos. Depois do Tea Party, este foi um dos acontecimentos mais inflamados que levaram à Revolução Americana.

Ziguezagueando por aquela região, passamos pela prefeitura velha, um prédio clássico bonito e, pela nova, de muito mau gosto, além do Cemitério da Kings Chapel, dos pioneiros desta região.

Dali fomos para a região das antigas docas, hoje transformadas em hotéis de luxo. Os grandes mercados públicos, como os nossos, um ao lado do outro, hoje porém, já transformados em lugares agradáveis, com o seu centro tornando-se um calçadão, com bares, restaurantes e outras opções de lazer. Menos mal que o nosso atual prefeito acordou para isso e está dando a mesma destinação para o nosso, atualmente mal cheiroso e de mau gosto.

De lá fomos até o mar, com suas marinas, seus barcos de passageiros, grandes navios entrando e saindo, o aeroporto ao fundo. Ficamos ali a admirar o Atlântico, como já havíamos feito com o Pacífico, em San Francisco. O local é conhecido como Waterfront de Boston. É uma das áreas mais fascinantes da cidade. A orla margeada por desembarcadouros e armazéns - um lembrete do passado da cidade como grande porto comercial, conta com várias atrações, com aquário e museus. Um lugar para ser visitado.

Por outra região, começamos o retorno em direção ao hotel. Passamos pelo distrito dos teatros e depois fomos visitar a mais bela e importante igreja da cidade. A Trinity Church. Esta obra prima de Henry Hobson Richardson, considerada uma das melhores edificações  dos EUA, data de 1877. A Igreja é uma belíssima estrutura românica de granito e pedra calcária, apoiada sobre estacas de madeira que atravessam  a terra até um leito de rocha, encimadas por pirâmides de granito. John Lafarge projetou o interior, enquanto algumas janelas foram desenhadas por Edward Burne-Jones e executadas por William Morris. Vale muito a visita. Apesar de católica, lembra rapidamente as igrejas ortodoxas que vimos na Rússia e região.

Hoje, antes de sairmos da cidade, resolvemos visitar outra região que não havíamos visitado ontem. Na Marlborough Street encontramos uma rua toda arborizada com um belo casario de estrutura neoclássica, do mesmo estilo do Beacon Hill antes mencionado. Uma quadra antes está a não mesmo bela e chiquérrima Newbury Street, sinônimo de estilo de Boston. Ladeada de lojas de alta moda, galerias de arte e restaurantes chiques, lugar para apreciar os bem vestidos daqui. 

Concluindo, Boston é uma bela e interessante cidade, cheia de regiões muito bonitas e agradáveis e outras mais confusas e labirínticas. Não nos provocou, todavia, o mesmo encantamento que Chicago, que consideramos imperdível.

Agora estamos em Providence, no Estado de Rhode Island, mais uma bela cidade desta região para, amanhã, nos dirigirmos para New York, onde terminaremos a viagem no dia 28. Voltaremos aqui em breve. Até. Beijos. Narcísio e Dirlei.


Esta e as próximas fotos são da região mais moderna e humanizada de Boston, com espaços abertos e ajardinamento de calçadas e hall de prédios





O Public Garden, um dos belos parques que aumentam a qualidade de vida em Boston




Esta e as próximas são do casario neoclássico do Beacon Hill, local onde antigamente residiam os endinheirados de Boston




O Massachusetts State House, sede do Governo e marco zero de Boston

Cemitério dos colonizadores da região de Boston

O Distrito Financeiro da Cidade

A Old State House, antiga sede dos colonizadores Ingleses, perdida entre os prédios do distrito financeiro

Esta e as próximas são fotos do Waterfront, de Boston, a antiga região portuária transformada em centro de lazer, arte e cultura







Alguns prédios antigos perdidos entre os novos

Antiga prefeitura de Boston



A Trinity Church, a mais bela e importante da cidade


Cadillac restaurado, numa rua do centro

Esta e as próximas são da chique região leste da cidade



Esta e as próximas são do casario neoclássico das duas ruas mais chiques da cidade, a Marlborough e a Newbury