Viajando Conosco: Helsinque, que bela surpresa!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Helsinque, que bela surpresa!

Seguidores e Seguidoras,

Que bela surpresa para nós foi Helsinque. Depois de uma viagem por uma rodovia, na maior parte duplicada e, que surpresa, velocidade de 120kmh pela primeira vez na escandinávia. Na estrada nos sentimos estranhos. É que só nós e alguns gatos pingados se dirigiam para Helsinque. Todo o resto saia da cidade e dirigia-se para a região dos lagos, ao norte. Impressionante a fila, por kms e kms, em sentido contrário. Parecia o povo de São Paulo indo pro litoral, pela Imigrantes, na véspera de feriado. Estranhamos, já que era uma quinta feira. Quando chegamos na cidade, o GPS nos mostrou dentre tantas, a opção do Hilton para nos hospedarmos. Diante do que havíamos visto, cidade vazia, pareceu-nos boa opção. Fomos até ele e, para nossa supresa, o cinco estrelas melhor localizado de Helsinque, de frente para o mar, estava com um precinho bem camarada para uma ótima suite, de frente para o mar, com direito a estacionamento no próprio sub-solo do prédio, mais à exclusividade de um lounge executivo onde, das 17h às 20h, um bufet, mais vinhos, champagne, cerveja, salmão, bolos, todo o tipo de snacks, etc. etc., lá à nossa disposição para o fim de tarde, com uma vista maravilhosa. Em resumo: estamos muito bem hospedados.

A propósito, no hotel nos informaram que o motivo de tanto movimento em sentido contrário e do esvaziamento total da cidade, deve-se a um dos feriados nacionais mais importantes e prolongados, dedicado à comemoração da entrada do verão e à união da família, onde todos vão para as casas de veraneio ou de parentes, para comemorarem, bebendo muito.

Chegamos a Helsinque no meio da tarde. O tempo estava fechado. A primeira impressão não foi das melhores. Começou a melhorar quando, mapa na mão, começamos a explorá-la, já com muito sol. Primeiro fomos até a Estação Central. Ponto de intenso fluxo de pessoas, ela liga Helsinque ao restante do país pelo sistema rodoviário. Seu notável edifício foi criado pelo arquiteto Eliel Saarinen, que venceu o concurso de projetos de 1905. Mas a construção só foi concluída em 1919. Revestida de granito rosa, tem uma torre do relógio de 48 metros de altura. Imponentes estátuas guardam o exterior do edifício. O interior é bem espaçoso e, nele, são dignos de nota as diversas obras esculpidas em madeira , assim como o quadro de Eero Järnefelt, que decora o restaurante da estação, o Eliel.

Dali, cominhando por suas calçadas largas e bem cuidadas, fomos visitar a Catedral de Helsinque. As cinco cúpulas verdes da branca catedral luterana, formalmente denominada de São Nicolau, são marcantes na paisagem da cidade, já que fica num promotório. Projetada por Engel e construída em 1839-49, esta igreja neoclássica situa-se no topo de uma escadaria. No verão, a população usa escadaria sul para banhos de sol e piqueniques. Brancas colunas coríntias decoram a fachada esplêndida. O interior tem estilo surpreendentemente espartano - uma austeridade que só é quebrada por uns poucos ornamentos e por diversas estátuas dos reformadores protestantes no século 16, como Martinho Lutero, Filipe Melanchthon, o renomado humanista, e Miguel Agrícola, que traduziu a bíblia para o filandês. No subsolo há uma cripta que hoje é usada para concertos e exposições, e onde no verão funciona um café. Visitá-la, nos surpreendeu.

Contígua à catedral está a Praça do Senado.É uma obra prima do arquiteto Carl Ludwig Engel. Construída por ordem dos governantes russos no início do século 19, tem em seu centro uma estátua do czar Alexandre II, da Rússia. Toda a praça é pavimentada com mais de 400 mil pedras de granito e cinza vermelho. Pode-se ter melhor visão da configuração da praça do topo da escadaria da Catedral de Helsinque. De lá se vê, à esquerda, o edifício do Senado, onde funciona a sede do governo filandês, o Conselho de Estado. À direita , formando par simétrico com o Senado, localiza-se a Universidade de Helsinque. Esse edifício foi projetado por Engel para abrigar a antiga universidade após o grande incêndio de Turku, cidade portuária aqui próxima, em 1827. A Biblioteca da universidade ocupa o canto nordeste da praça. Adjacente à praça situa-se a Casa de Sederholm, de 1757, a mais antiga edificação de pedra de Helsinque.

Deixando a Praça do Senado passamos pela Catedral Uspenski. Com sua fachada de tijolos vermelhos, conforme poderão conferir da sua foto que postaremos em seguida, esta catedral ortodoxa russa destaca-se dos demais edifícios do centro histórico de Helsinque pelo colorido, em meio ao branco onipresente, pelo telhado de cobre esverdeado e pelos domos dourados. Seguindo a tradição arquitetônica bizantina russa, a catedral foi projetada por A.M. Gornostayev, de São Petersburgo, que fica pouco mais de 300km de carro, daqui. Foi construída em 1868. É a maior catedral ortodoxa da escandinávia, cujo interior resplandece em ouro, prata, vermelho e azul.

Por fim, dentre os principais pontos de destaque da cidade, nos dirigimos para beira mar, onde estavam ancorados os navios de cruzeiro, para conhecer sua famosa Praça do Mercado. No verão os moradores da cidade aproveitam para tomar sol e onde passam horas admirando a vista do porto e degustando sorvetes e café. No mercado os artesão vendem seus produtos ao lado de bancas de peixes, frutas e verduras. Quando o tempo está bom , muitos fazendeiros viajam kms em botes de madeira para vender seus produtos frescos, cultivados em pequenas propriedades, exatamente como faziam seus ancestrais.

Entre os belos edifícios que cercam a praça destancam-se a Prefeitura e o Velho Mercado, que abriga lojas de alimento.

Depois disso, percorremos a região mais chique da cidade, onde estão os melhores prédios residenciais, as lojas de grife, os melhores restaurantes, docerias, centros comerciais, etc., nas cercanias da avenida Aleksanterinkatu.

Foi um fim de tarde que nos revelou, para nossa supresa, uma cidade limpa, aristocrática, muitos jardins e parques verdes, prédios que nos lembraram Paris e Viena. Rua largas e muito metrô de superfície, além de monumentos belíssimos. Uma delícia que continuaremos explorando amanhã e tudo contaremos aos que nos dão o prazer da companhia. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.