quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

ÁFRICA DO SUL, ZIMBABUE, SAFARI, CAPE TOWN, TABLE MONTAIN

Seguidores e Seguidoras,


Dando sequência ao nosso projeto de conhecer o mundo do nosso tempo o mais profundamente possível, em novembro/19 decidimos realizar o sonho de conhecer uma parte da África onde pudéssemos fazer um safari na savana africana e conhecer a terceira das grandes cataratas, a Victoria Falls, já que já havíamos visitado as nossas Cataratas do Iguaçu e a Niagara Falls. Como vocês verão a viagem foi muito mais que realizar esses sonhos. 

A postagem será dividida em Companhia Aérea, Hotéis e Refeições e os destaques dos lugares visitados.

COMPANHIA AÉREA

Por conveniência de datas e uso de milhas, desta vez viajamos São Paulo-Joanesburgo com a South African Airway. Viajamos na Classe Executiva porque, como nossos amigos há muito sabem, diante de tudo o que já viajamos, não nos anima mais viajar se não for de executiva, nas grandes distâncias. Na ida, um avião novo com classe executiva moderna, mas nada que a destaque em relação a outras companhias com as quais viajamos. O espaço não é muito generoso e a cama, apesar de reta, não muito confortável. A cozinha  é honesta, mas com menos variedades do que outras executivas. O serviço, bom mas sem destaque. 

No retorno, avião mais velho,  poltronas mais antigas mas com espaços mais generosos do que os da ida. Quanto ao mais, tudo bom, mas sem destaque.

Recomendamos mas sem muito entusiasmo.

HOTÉIS E REFEIÇÕES

No dia 10/11 chegamos em Joanesburgo e já fizemos a conexão, por empresa da própria South African, para o aeroporto de Skukusa, no coração do Parque Nacional Kruger, onde já nos esperava o transfer para o 5 estrelas Mala Mala Game Reserve www.malamala.com.

Hotel magnífico, no coração da savana africana, com muito luxo e conforto e um serviço de primeira. As suítes em casas isoladas de 128 m2, com piscina e varanda que dão para o Sand River.

A estrutura para os Safaris é cinco estrelas, com guia permanente durante toda a estada, o nosso foi Reggy, muito amigável, educado e devidamente armado para qualquer emergência. Água gelada, estrutura para piqueniques, com vinhos, sucos, chocolate quente para as manhãs frias e todo tipo de snacks. Muito profissionalismo. Sobre as refeições, falaremos ao final deste capítulo.

É conhecido como o melhor hotel para Safaris na África. Altamente recomendável.


Macaco na varanda da suite do Mala Mala

Animal no gramado da nossa suite do Mala Mala Game Reserva


Do Mala Mala fomos para o Dalaire Graff Estate www.dalaire.co.za, um magnífico 5 estrelas na região vinícola de Stellenbosch. Também com lodges independentes, com todas as amenidades, piscina e visual de tirar o fôlego. Dois restaurantes, estrutura de degustação de vinhos, tudo numa encosta arborizada.

Altamente recomendável.

Dali fomos para o Hotel The Marine, um 5 estrelas na cidade de Hermanus, no litoral sul Africano. Ótima suíte com vista para o mar. Já está um pouco ultrapassado, passando por um bom 4 estrelas, até mesmo pelo serviço neste mesmo padrão. É o melhor da região, por isso, apesar do padrão, recomendamos.

De lá viemos para Cape Town, no sensacional Hotel Cape Grace, www.capegrace.com,  um 5 estrelas muito bem localizado no famoso Waterfront. Coube-nos uma suíte com vista para a marina e para o Table Mountain. De tirar o fôlego. Excelente serviço, com concierge sempre com as melhores indicações, motoristas à disposição em Mercedes pretos para te levar para qualquer lugar no centro da cidade. Todo o pessoal de apoio muito prestativo e atencioso. Café da manhã muito bom.

Altamente recomendável, por tudo.

Depois de 5 dias no Cape Grace fomos para o Zimbábue onde nos hospedamos Victoria Falls River Lodge, www.victoriafallsriverlodge.com, onde nos hospedamos  em tenda de luxo, nas margens do Rio Zambeze, com trânsito livre de animais selvagens. Tendas de lona, com jacuzzi na varanda, chuveiro interno e externo, ar condicionado e, por segurança, transporte do hotel desde a tenda até a sede. Ótimo serviço de hotelaria, restaurante e passeios no rio Zambeze mas a estrutura para safaris é mais precária se comparada à excelência do Mala Mala. 

Não o recomendamos para safari, mas altamente recomendado para quem vai visitar as cataratas de Victoria Falls. 

Por fim, em Joanesburgo, ficamos no 5 estrelas Hotel Michelangelo, localizado na região mais bonita de Joanesburgo. Um bom hotel de cidade, com ótimo serviço e com acesso direto à praça Mandela e Shopping Center. Região muito segura, na insegura cidade.

Para uma noite em Joanesburgo, que para efeito de turismo pouco tem, recomendamos.

No que toca às refeições, salvo dois restaurantes em Cape Town recomendados pelo Hotel, um de massa e outro de carne,  a comida em geral na África do Sul e no Zimbábue  nada tinha de especial, inclusive nos hotéis, apesar de 5 estrelas. Uma cozinha sem qualquer destaque e sem identidade, tanto em relação aos temperos quanto a qualidade do preparo. Salvaram-se os cafés da manhã dos hotéis, com exceção do Mala Mala e do Victoria Falls, ambos sem buffet e com uma ordem de pratos muito complicada.

LUGARES VISITADOS

Reserva Mala Mala - Safari

A viagem não poderia ter começado melhor do que com Safaris na Reserva Mala Mala , no coração do Parque Nacional Kruger, África do Sul. 

Desde o Skukusa Aeroporto, o transfer para o Hotel já era num Land Rover de Safari. No caminho vários animais como girafa, zebra, impalas, Kudus.

O Mala Mala Hotel, no meio da savana, com animais selvagens circulando livremente, tem uma estrutura cinco estrelas para Safaris. Land Rovers devidamente aparelhada com toda estrutura de apoio, com capas, cobertores, água sempre gelada, café da manhã, por do sol, com champanhe, vinhos tinto e branco e toda variedade de snacks. Guias muito preparados, se comunicando entre si e muitos animais. Todos os que queríamos ver, vimos, inclusive três leopardos, sempre muito esquivos. Cinco rinocerontes brancos, alcateia de leões devorando uma presa, muitos elefantes com filhotes, búfalos, girafas, kudus, impalas e uma variedade de pássaros locais. 

Lá, tendo em vista a estrutura e localização da reserva do próprio Hotel Mala Mala, você tem certeza que vai ver os Big Five, leão, elefante, búfalo, rinoceronte e leopardo. Recebemos o diploma porque vimos todos e muito mais.

No Parque Nacional Kruger, pelo que nos informamos durante toda a viagem, é, sem dúvidas, o melhor local para se fazer safari. Certeza de ótimo serviço e profusão de animais selvagens. 

Altamente recomendável.


Os blogueiros, no por do sol no Mala Mala Game Reserve, Parque Nacional Kruger




Árvore que vira escultura quando seca



Leões devorando presa recém caçada


Gnus





Fêmea de leopardo com filhote





Kudu











Geneta de tocaia


Por do sol no Mala Mala Reserve

Leão macho dormindo sobre um javali que havia caçado
















Stellembosch - Região Vinícola

A cidade de Stellembosch é uma graça. Muito arborizada e casario no estilo holandês e inglês.  Muito agradável para se caminhar, um bom comércio, bons restaurante. Fica 50 km da Cidade do Cabo e é a segunda colônia mais antiga da África do Sul, só perdendo para Cape Town. Cidade universitária, é alegre como os estudantes.  Vale a visita. 

Na cidade, mas um pouco retirado dela, ficamos no Delaire Graff Hotel, no coração da região vinícola da da região, um paraíso, com sua videiras plantadas nas encostas, com montanhas com escarpas radicais ao fundo. Com sol, uma paisagem deslumbrante que vale a pena ser visitada. Esperamos que as fotos dêm uma ideia do que vimos. Uma região que, pelas proximidades de Cape Town e sua marcante beleza, merece ser visitada.


















Na viagem de Stellembosch para Hermanus, paramos para almoço/degustação numa vinícola, um local muito bonito, comida honesta e alguns vinhos de média qualidade.  Mais adiante os pinguins na Betty's Bay. Muito vento, penas de pinguins mal cheirosos para todo o lado, não recomendamos. Vale mais a pena a praia de Boulders Beach, da qual falaremos mais adiante.















Hermanus é uma linda cidade na Costa do Índico e com vistas para o Cabo Meridional. Caminhamos pelas trilhas na beira das escarpas radicais no centro da cidade, com animais típicos da região atravessando nosso caminho. Uma cidade pequena, mas bem estruturada para o turismo. Vale a visita. 


A blogueira em exposição de ate ao ar livre em Hermanus




Pequeno animal parente do elefante muito comum em Hermanus












Fizemos de Hermanus o ponto de apoio para um passeio de barco pela região, com possibilidades de ver baleias e tubarões branco, saindo do pier Southern Wale. Não tivemos sorte porque estava um dia infernal, com chuva e vento forte. Por isso, nada pode ser visto da linda paisagem da região e as baleias, neste ano, vieram em pequeno número e já tinham partido. Não é uma época adequada para quem quer ver baleias. Ademais, sempre é bom se informar se elas vieram em grande quantidade, porque no ano passado vieram mais de 60. Neste anos, apenas 24.








É uma região muito bonita, num extremo da África do Sul, que merece uma visita.

CAPE TOWN

Esta cidade da África do Sul merece todo o destaque.
Cidade do Cabo  faz parte do Município metropolitano da Cidade do Cabo, na província do Cabo Ocidental, na África do Sul. É a capital legislativa do país, onde o Parlamento Nacional e muitos escritórios do governo estão localizados. Também é a capital da província. É a segunda cidade mais populosa do país, ficando atrás apenas de Joanesburgo. A Cidade do Cabo é famosa pelo seu porto natural, incluindo marcos bem conhecidos, como a montanha da Mesa e a baía da Mesa, sendo um dos mais populares destinos turísticos nacionais. É o segundo mais populoso núcleo urbanofinanceiro e cultural do país, depois de Joanesburgo.

Localizada na costa da Baía da Mesa, a Cidade do Cabo foi utilizada pela Companhia Holandesa das Índias Orientais como uma estação de abastecimento de navios holandeses que navegavam para a África OrientalÍndia e o Extremo OrienteJan van Riebeeck chegou à região em 6 de abril de 1652 e estabeleceu o primeiro assentamento europeu permanente na África do Sul. A Cidade do Cabo desenvolveu-se rapidamente, tornando-se o polo econômico e cultural da Colônia do Cabo. Até a febre do ouro de Witwatersrand, que resultou no desenvolvimento de Joanesburgo, a Cidade do Cabo era a mais populosa cidade sul-africana.

A cidade é um importante polo comercial e industrial, tendo um dos principais portos do país. Sua economia é baseada nos setores de refinação de petróleoautomóveis, alimentar, químico, têxtil e construção naval. Consequentemente, é considerado o segundo maior centro financeiro, econômico e comercial da África do Sul, ficando atrás apenas de Joanesburgo.

A cidade é muito bem estruturada para o turismo. Ótimos hotéis e restaurantes, a região restaurada do Waterfront onde sempre há grupos folclóricos fazendo performance além de hotéis, restaurantes, shoppings, lindos visuais. Um lugar para ir de dia ou de noite e cuja visita é obrigatória.



Cape Grace, nosso hotem em Cape Town







Jantando no Waterfront com nossa guia Lúcia Vieira. Muito competente, simpática e prestativa. Pode ser acessada no site samsara-africa-.com


Imperdível é uma visita à Table Montain, vista por qualquer ângulo da cidade. Só que precisa ter sorte porque ela está  constantemente coberta de nuvens, apesar do céu azul de brigadeiro. E tem os ventos constantes que param o serviço do teleférico que leva até lá.  Se não for possível, visite o Lions Hill, bem ao lado, de onde também se tem vistas deslumbrantes da cidade e cercanias.


Esta e as seguintes, vistas desde a Table Montain






Esta e as seguintes são vistas desde o Lions Hill



A Table Montais coberta de nuvens, em dia de pleno sol, desde o Lions Hill



Estádio da Copa do Mundo de Cape Town, desde o Lions Hill


Os blogueiros, no Lions Hill, com a ilha do Mandela ao fundo

A Table Montain coberta de nuvens, vista do Lions Hill








Se puder visitar, como nós o fizemos, primeiro, leve roupas para frio porque, mesmo nesta época do ano, os ventos são gelados lá em cima. Depois leve muita inspiração porque, de todos os ângulos que você olhe, tem um cartão postal. A cidade, o oceano, a Ilha Roben, onde Mandela foi preso e uma cadeia montanhosa, no lado oposto. Quando abre, pela manhã, as filas são gigantescas. Compre o ingresso com antecipação, senão tem que pegar duas filas. No período da tarde, normalmente as filas são mais tranquilas. Imperdível.

Imperdível, também uma visita ao Bo-Kaap, o bairro Muçulmano de Cape Town, com suas inacreditáveis casas de um colorido gritante, e todo o comércio de comidas e produtos árabes. 











O The Olds Biscuit Mill também não pode ser deixado de lado. Fomos num sábado. Toda a Cape Town estava lá. Lojas de artesanatos, produtos locais, comida de rua para todos os gostos e idades. Um enorme mercado público onde você encontra de tudo, principalmente muita diversão. Um lugar para se perder e mergulhar na essência da Cidade do Cabo.







Outra maravilha da cidade e que merece uma visita é o Two Oceans Aquarium, que fica bem encostado no Waterfront. Arraias Gigantes, Tubarões Branco e de outras espécies, peixes enormes, grandes cardumes, uma variedades enorme de peixes e crustáceos. Para crianças um local onde podem ser tocadas as águas vivas, estrelas do mar, algas, etc. Um dos melhores aquários que já visitamos por esse mundão sem fim.








Fora do centro, com uma corrida de Uber bem barata, visitamos o Kirstenbosch National Botanical Garden, um lugar para passar o dia. Bem estruturado, com montanhas ao fundo, jardins de todas as espécies de plantas e flores típica da África do Sul, dentre elas se destacando a Protea King, a flor símbolo do País. Enormes árvores, de todas as espécies, algumas todas floridas. Plantas exóticas nunca vista em outros lugares. Um enorme passarela suspensa sobre as árvores permite uma visão diferente e única do local. Restaurante, museus, exposições de arte, atrações complementam a inigualável beleza do local. Vale muito a pena uma visita.




Passarela sobre as árvores no Jardim Botânico



















Sediados ainda em Cape Town, nossa guia Lúcia Vieira, de origem portuguesa da Madeira, samsara-africa.com, onde pode ser contratada, nos levou até o Cabo da Boa Esperança, com várias paradas no caminho para apreciar as belezas dessa região.





O Cabo da Boa Esperança superou todas as nossas expectativas.
Foi descoberto pela primeira vez em 1488 pelo navegador português Bartolomeu Dias. Contam as crônicas da época que, como foi avistado depois de vários dias em que os marinheiros sofreram violentas tempestades (tormentas), aquele navegador lhe pôs o nome de cabo das Tormentas. Ao retornar, entretanto, com a notícia, o rei João II de Portugal mudou-lhe o nome porque, ao ser dobrado, mostrou a ligação entre o oceano Atlântico e o oceano Índico e prometia a tão desejada chegada à Índia. Chamou-lhe, por isso, cabo da Boa Esperança - o topônimo que se perpetuou. Nas palavras do cronista:
"Partidos dali, houveram vista daquele grande e notável cabo, ao qual por causa dos perigos e tormentas em o dobrar lhe puseram o nome de Tormentoso, mas el-rei D. João II lhe chamou cabo da Boa Esperança, por aquilo que prometia para o descobrimento da Índia tão desejada."

O mercador holandês Jan van Riebeeck estabeleceu um posto de reabastecimento no cabo em 6 de abril de 1652, que mais tarde evoluiu para se tornar na Cidade do Cabo.
Para alcançar o seu topo, é possível subir a pé ou de bondinho. O blogueiro foi a pé, parando  em cada degrau para apreciar a beleza da paisagem, como pequenas praias escondidas entre as escarpas. No topo, vários e diferentes acessos levam você até a borda de penhascos lindos e extremamente profundos e verticais. Só vendo para se ter a noção do poder daquele lugar. Do ápice sai uma trilha de 45 minutos que leva, pela borda do penhasco,  ao extremo do Cabo onde um pequeno farol, tido como o mais brilhante do mundo, ainda orienta os navegadores naquelas águas turbulentas. Vale a visita, tanto pela beleza espetacular do local, como para ver in loco, o famoso Cabo da Boa Esperança dos nossos livros escolares do primeiro grau.




Farol mais extremado e luminoso do Cabo da Boa Esperança





A blogueira e a nossa guia Lúcia, chegando no topo do Cabo da Boa Esperança












No retorno, visitamos a Boulders Beach, em Simonstown, uma reserva natural, uma praia toda fechada e reservada unicamente para aquela espécie de pinguim típica da África do Sul e com risco de extinção.  Uma passarela permite uma visão geral e outras muito próximas das aves. É sem dúvidas, o local mais apropriado para ver pinguins na África do Sul. 
Para nossa grata surpresa, lá nos encontramos com o Márcio, a Waleska, o seu filho e a mãe dela, da Boddy Hall academia, que foi, por anos,  frequentada pelos blogueiros.   Coisas de quem viaja. 


Nossos amigos da Body Hall de Floripa que encontramos na praia dos pinguins









Ainda no retorno, trafegamos por uma rodovia, chamada Chapmans Peak, nas escarpas pedregosas e sinuosas do litoral Sul Africano, com lindas paisagens ao fundo, inclusive vastas praias desertas e preservadas.  Quem vai ao Cabo da Boa Esperança, o retorno por esta estrada vale muito a pena.





Prais preservadas na Chapmans Peak


Em Cape Town, recomendamos dois restaurantes que valem muito a pena e que foram indicados como os melhores pela concierge do Hotel Cape Grace. O 95 Keroom, de comida italiana e o Butcher Shop & Grill, de excelentes carnes.

Fomos também no famoso restaurante Gold, onde tem espetáculo de dança típica e comidas típicas de várias países da África. Para quem gosta de comidas exóticas, é um prato cheio. Já o espetáculo de dança deixou muito a desejar, a começar pelos performistas vestidos de roupas típicas mas com tênis nike, ou moças com colans. 

Zimbábue - Victoria Falls

Num voo da South African de cerca de duas horas e meia, saímos de Cape Town para a cidade de Victoria Falls, no Zimbábue. Lá chegando, num aeroporto no meio da savana, o transfer para o Hotel estava nos esperando. Depois de alguns quilômetros  chegamos numa estrutura precária na beira do Rio Zambeze. Ficamos assustados pensando que aquilo era a portaria do Hotel. Para nossa surpresa, ali era apenas o atracadouro do barco que nos levaria, pelo rio, até o Niagara Falls River Lodge. Para nosso deleito, no percurso já tivemos oportunidade de ver vários hipopótamos na água e pastando nas margens, além de crocodilos. Chegando no hotel fomos recebidos pelo staff do hotel no atracadouro.
Almoçamos e fomos para a Tenda 14, uma das três melhores pelo visual e por ser um pouco mais alta. Calor infernal. Menos mal que o ar condicionado movido a luz solar, funcionava muito bem. Mais tarde fomos para a varanda tomar um banho na água gelada da jacuzzi. Para nossa estupefação, de repente apareceu um enorme elefante macho para se alimentar de folhas de uma árvore há poucos passos da nossa jacuzzi. Se alimentou calmamente, coçou-se numa árvore mais grossa, derrubou outra mais fina e seguiu para o Rio Zambeze e o cruzou até a Zâmbia, do outro lado.





No final da tarde, um tour da barco, junto com dois casais franceses, para ver o por do sol desde o Zambeze. Imperdível. Além dos rinocerontes, crocodilos, vários elefantes cruzavam o rio. O grande macho que nos visitou, retornando para o Zimbábue, se defrontou com crocodilos e, a chutes os expulsou do seu caminho, destemidamente. O por do sol, regado a vinho e snacks, foi um espetáculo à parte, especialmente seus efeitos nas águas do rio, tornando-as douradas, alaranjadas, prateadas, uma profusão de cores que tornou aquele final de tarde inesquecível. O dia foi memorável, coroado com um jantar especial e típico num local próprio para isso na sede do hotel.


















No outro dia, logo cedo, por volta as 6 horas saímos do hotel para visitar as Cataratas Victoria antes da chegada em massa dos turistas. Guiados pelo motorista do hotel, fizemos a visita às famosas cataratas. Tudo bem sinalizado, com numeração crescente dos locais onde se tem as melhores vistas da Cataratas. Em novembro as cataratas não estão no seu apogeu, por falta de chuva. Tem um lado bom, porque no local de maior volume de água, o vapor que se levantava caia em forma de chuva torrencial, turbando a vista e impedindo fotos. Por isso, é sempre aconselhável que se leve guarda-chuva ou roupa impermeável, como os blogueiros fizeram. Dá mais mobilidade. 
Pela sua característica, caindo numa depressão profunda do terreno, é a menos atraente em relação a nossa do Iguaçu, em primeiro lugar, e a Niagara Falls, em segundo. Vale a pena apenas para aqueles que já tenham visitado as outras duas. 






Os blogueiros, felizes por mais esta aventura

No terceiro dia, bem cedo, fomos fazer um safari, que já estava incluído na diária mas que para nós, nada de novo poderia ser visto diante da rica experiência no Mala Mala. 
Decepcionante.  Poucos caminhos e nenhum acesso por entre a vegetação. Resultado. Nenhum dos grandes animais foi avistado, salvo javalis e impalas.  Para nós só serviu para alertar nossos seguidores de que ali não é lugar para safari. A compensação por isso foi, no retorno, um café da manhã especialmente preparado para nós, num deck coberto nas margens do Zambeze.  É lugar para tour pelo Rio Zambeze e visitar as Cataratas. Nem a cidade de Victoria Falls vale a pena ser visitada já que feia e precária.


Café da manhã na beira do Rio Zambeze

O mais velho Baobá do Zimbábue

Assim, além das cataratas e do rio e visita dos animais à nossa tenda já que, além do passeio dos elefantes,  à noite os hipopótamos vinham pastar num gramado próximo, foi lugar para descanso, leitura em dia, comer e beber. 

Joanesburgo

No antepenúltimo dia da viagem pegamos um voo de 1,40 horas até Joanesburgo, a maior cidade da África do Sul. Um geólogo argentino, Eduardo, que nas horas de folga trabalha de guia turístico, nos pegou no aeroporto, num domingo à tarde. A cidade estava vazia e, por isso, fizemos um tour por ela, mas pouco valia a pena. A tônica do guia era, aqui não dá para circular porque você será inevitavelmente assaltado. Muitas pessoas visivelmente drogadas, nos cruzamentos se oferecendo para lavar o para brisa por alguns trocados. 
De bonito, apenas o distrito de negócios e lazer, o Sandton, onde estava o nosso hotel. Peculiaridade: Todas as mansões e prédios da região estavam protegidos com cercas elétricas. Uma realidade social ainda em transformação mas muito complexa, complicada e de difícil solução. O País está em recessão, o que piora tudo. Os negros, mais de 70 por cento da população, nas eleições depois do fim do Apartheid, elegeram presidentes negros com mais de 70 por cento dos votos. A corrupção foi tão grande que já teve impeachment de um presidente o que, nas últimas eleições, o candidato negro teve apenas 52% dos votos, quase sendo eleito um candidato branco, tamanha a decepção pelos rumos do País. Enfim, Joanesburgo não merece ser visitada.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Uma viagem que tem que ser feita, especialmente por aqueles que já viajaram muito pelo mundo.
Safari de verdade, só tem lá. As belezas naturais antes descritas, são de tirar o fôlego. A cidade do Cabo e sua Table Montain, são marcantes. Os preços são parecidos com os nossos. O povo muito amigável e receptivo, sempre com um sorriso largo no rosto. Um viagem que, pelas suas peculiaridades, ficará marcada em nossos corações. 
A próxima viagem, ainda estamos pensando. Tudo vai depender do comportamento do dólar, hoje nas alturas. Se ele se comportar, Egito, Jordânia, Dubai, Abu Dhabi e região. Se não, quem sabe Lençois Maranhenses, Fernando de Noronha, Parques Nacionais. Who knows. Tudo, porém, estará aqui em detalhes. Beijo a todos.