França, aqui vamos nós

Seguidores e Seguidoras,

Primeiro, importante registrar que embarcaram no nosso blog, como seguidores oficiais, o Ernest, o Henrique Laus, a Maristela, o Paulo e o Fábio Lyrio, aos quais queremos dar boas vindas e dizer do prazer de tê-los em nossa companhia. Aproveitem.

Hoje, finalmente, iniciamos nossa aventura pela França. A viagem, na executiva do 777-300 da Air France foi relativamente boa, na medida que as turbulências durante toda a noite atrapalharam o sono, na boa cama que a poltrona permitiu, especialmente da blogueira. Nada que um soninho na chegada a Nancy não resolvesse.  O atendimento da Air France foi muito bom, mas a qualidade das refeições poderia ser melhor, mormente tratando-se de uma companhia Francesa. 

Saímos do Rio por volta das 16,45 e chegamos em Paris por volta das 8,00 horas. Sem problemas na imigração, salvo o atraso decorrente de um voo do Senegal, cujos passageiros estavam todos na nossa frente na fila e não precisa dizer que a checagem foi mais acurada com eles. Quando chegou a nossa vez, dois carimbos no passaporte, sem nenhuma outra pergunta e estávamos liberados.

Dali fomos diretamente para a Hertz pegar o possante que nos acompanhará na viagem. Coube-nos um Peugeot 508, sedã grande de última geração lançado por eles recentemente. Automático, diesel, GPS muito conforto, com todas as tecnologias disponíveis no mercado. Achamos que vai ser um bom companheiro de viagem. Confiram na foto.

A Viagem de Paris a Nancy foi quase toda feita pela A4, com velocidade permitida de 130km/h. No início, muitas planícies sem fim com agricultura. Como é forte a agricultura na França! Já tínhamos percebido isso nas outras viagens que fizemos por aqui. Mais para o final da viagem, de cerca de 360km, o relevo se alterou para mais arborizado e montanhoso, já que se tratava de um parque nacional da França. Paisagem  com vales e rios belíssimos, inclusive o Mosella, nosso íntimo de uma viagem que fizemos pela Alemanha, cujas encostas produzem os melhores vinhos brancos que já tomamos. 

Chegamos em Nancy por volta das 14,00 horas, com suíte já reservada no Suíte Novotel. A primeira impressão da cidade foi muito boa o que depois veio ser confirmado, com louvor. Nos recompomos no hotel e fomos conhecer a surpreendente Nancy.

A capital histórica da Lorena dá para o canal do Marne e o rio Meurthe. Stanilas  Leczinski, duque de Lorena, embelezou a cidade de Nancy a tal ponto que a tornou um modelo de planejamento urbano da 'idade do ouro' no século 18.

A segunda 'idade do ouro' ocorreu na virada do século 20, quando o fabricante de vidros Emile Gallé fundou a Escola de Nancy, precursora da Art Nouveau na França.

A Place Stanilas é o mais renomado  ponto de referência de Nancy. Projetada por volta de 1750, esta praça de proporções elegantes  está cercada por portões dourados, trabalhados em ferro, e grades, lindamente restaurados em 2005. Douradas também são as sacadas de ferro dos prédios da praça formando um conjunto harmonioso e deslumbrante. A praça está cheia de restaurantes e bares onde, numa mesa de pista, como sempre, no final da tarde sorvemos belas bièrre au pression, o nosso chopp, da Stela Artois, apreciando o movimento e fofocando acerca da vida alheia. 

Um Arco do Triunfo conduz à place de la Carriére, graciosa e arborizada. No outro extremo, ladeado por arcadas semicirculares, está o Palais du Gevernement, em estilo gótico. Ao lado, no Parc de la Pipiniére, fica a estátua  de Claude Lorrain, o pintor de paisagens, nascido perto de Nancy, executada por Rodin. A Grande rua dá uma idéia da Nancy Medieval. Das fortificações originais restou apenas  a Porte de la Graffe, que foi prisão depois da revolução.

De salientar-se, ainda, a humanização da cidade, com ruas largas, decoradas com grandes vasos de plantas, metrô de supefície, especialmente na Rua Saint Jean, a principal delas, muito gostosa  de se caminhar e viver a vida do povo daqui.

O clima que encontramos aqui foi muito sol, calor, inclusive à noite, com típico clima de verão. Anoitece por volta das 20,00 horas.

Conhecida a cidade, fomos jantar num bistrôt, na Praça Stanilas. Fomos de coração de fillet, ao molho de vinho bordeaux, acompanhado de um tinto Saint Emilion, maravilhosos, coroado por uma sobremesa de um  crumble de maçã e abacaxi, com sorvete de tangerina. Huuuummm.

Mas a melhor sobremesa ainda estava por vir. Por volta das 22,00 iniciou-se um magnífico show de som, luzes e imagens, projetados nos belos prédios que compõem a praça Stanislas. Só vendo para se ter uma idéia da magnitude do espetáculo. As imagens refletidas nos prédios, seguiam sua arquitetura, formando diferentes prédios a cada mudança das luzes. De repente, um bando de pássaros faziam uma revoada  por eles. Noutro momento, todos os prédios  tornaram-se de grandes tijolos à vista que, uma explosão de luzes ao centro, fez com que começassem a desmoronar. E assim foram se sucedendo imagens históricas, cenários  típicos dos grandes filmes, tudo conjugado com sons e cantos, num espetáculo único, de encher os olhos. Que fim de noite maravilhoso e que bela lembrança levamos desta surpreendente cidade.

Amanhã vamos para Metz, Strasburg e algo mais, se der. Pelos que lemos a respeito, promete muito esta região próxima da Alemanha. É assunto para amanhã. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.

O 508, nosso possante, na frente do Novotel

Canal do Marne,  que corta a cidade de Nancy

Catedral de Nancy

Rue de Saint Jean

Visão parcial da bela Praça Stanislas

Um dos quatro arcos dourados da Praça Stanilas

Arco do Triunfo, que conduz à Praça Carriére

Prefeitura de Nancy, na Praça

Praça Carriére e,ao fundo, o Palais du Gouvernement

Porte de la Graffe, fortificação Medieval transformada em prisão depois da revolução francesa

Praça stanislas, iluminada á noite