Seguidores e Seguidoras,
Ontem, o jantar no Palais foi mágico. Paletó era obrigatório para o blogueiro. Quando chegamos, por volta das 20,30, nos encaminharam para uma mesa voltada para o mar e, para o nosso deleite, o sol estava se pondo no mar, numa cena inédita para nós, já que só havíamos visto o sol se por no mar, no pacífico, no Chile. No Atlântico só o havíamos visto nascer. O jantar começou com um aperitivo de champagne Taitinger e porções mínimas e mágicas de entreé. A última foi um creme de champignons com foie gras, para o blogueiro e uma salada, bem produzida, para a blogueira. Como prato principal, medalhão assado de vitela com polenta e cenoura. Para acompanhar, um eeeexcelente Chateauneuf du Pape, 2004. Harmonizou com perfeição. Para coroar, como sobremesa, pera sobre um folhado com recheio de chocolate.O serviço, foi um caso à parte. Em determinado momento havia 3 garçons servindo a um só tempo, a mesma mesa. O nível do vinho e da água nunca baixou. Parfait. Diferente não foi o café da manhã.
Na metade da manhã já estávamos de viagem rumo ao norte, mais precisamente Bordeaux. O tempo alternava pancadas de chuva e tempo aberto, além de ter esfriado bastante. Chegou a nevar nos Alpes e Pirineus.
Em Bordeaux tivemos só uns pinguinhos de chuva e no resto da visita, tempo bom. Situada em uma curva do largo e cheio rio Garonne, a cidade é, desde a era pré-romana, um porto importante e por séculos foi pólo e ponto de passagem do comércio europeu. Esta cidade, de olhos voltados para o futuro é a quinta maior da França e tem uma extensão marítima rodeando um nobre centro do século 18. São exemplos disso, os prédios simétricos e num só estilo, de toda a beira rio e das grandes ruas do centro velho, a Place de la Comedie, do Hotel de Ville e de la Bourse. Paramos o carro na arborizada Esplanada des Quinconces, onde está o monumento aos Girondins, ricamente adornado e que homenageia os girondinos condenados à guilhotina por Robespierre durante a época do Terror(1793-5).
Passamos boa parte do dia nesta interessante e rica cidade, que merece visita, tanto por si mesma, como pelos melhores vinhos da França produzidos nesta região.
De Biarrtiz até Bordeaux viajamos por entre uma floresta de pinheiros, numa planície a perder de vista. É a Floresta de Landes, enorme e totalmente artificial, é resultado de um ambicioso projeto de aproveitmento de uma área de areia e pântano do século 19. Pinheiros e grama foram plantados para sustentar dunas costeiras. As dunas do interior foram estabilizadas com pinheiros, bambus e giestas. Em 1855 a terra foi drenada e agora preserva um delicado equilíbrio ecológico. Não é, todavia, muito agradável aos olhos de quem, como nós, viaja de carro.
Rumo a La Rochelle demos uma passada na cidade de Saintes, pela sua rica herança arquitetônica. Por séculos, possuiu a única ponte do baixo Charente, muito usada pelos peregrinos que iam a Santiago da Compostela. A ponte não existe mais, mas ainda se pode admirar o Arco de Germanius, de 19 a.c., que marcava a entrada da mesma. O grande destaque é o anfiteatro romano do século 1º d.c., com grande parte dele ainda preservado. A Abadia aux Dames e a Église de Saint Eutrope, esta do século 15, também merecem menção. O casario antigo e as ruas estreitas, são a justificativa final para uma visita.
Agora estamos em La Rochelle, uma cidade portuária, com uma história e um patrimônio histórico dos mais interessantes. Assunto para amanhã, com muito mais. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.
Obs. Apreciaríamos muito que os amigos da Irlanda, Rússia, Alemanha, França, Canadá, Estados Unidos e outros países, que acessam o blog quase que diariamente, deixassem um comentário, se identificando, para que possamos conhecer mais esses admiradores assíduos do blog.
Área urbanizada na beira do rio Garonne em Bordeaux |
Ao fundo, ponte sobre o rio Garonne, em Bordeaux |
Place de la Bourse, vista de uma espelho d'água da beirario |
Casario simétrico da beira rio de Bordeaux |
Vista da Basílica de Saint Michel, em Bordeaux |
Arco que demarcava os limites da antiga cidade de Bordeaux |
Calçadão da Rue Sante Catherine, a principal de Bordeaux |
Arco romano que ficava ao fim da ponte dos peregrinos, em Saintes |
Anfiteatro romano, em Saintes |
Eglise de Saint Eutrope, Saintes |
Queridos amigos Narcício e Dirlei
ResponderExcluirAcessei o blog aos 26min da madrugada de 19 para 20/09 (hora do Brasil). Com uns quilinhos a mais e precisando me livrar de parte de minha massa corpórea, só jantei 1 pera, 1 maçã e 3 tangerinas. Barriga literalmente roncando. Aí vem a descrição do maravilhoso jantar de vocês!!! Sacanagem!!!
Grande abraço, do Zucco.