domingo, 14 de setembro de 2014

Liubliana, Caverna de Postojna, Castelo na caverna, sol, mar e história no Adriático

Seguidores e Seguidoras,

Ontem fomos até Triestre na Itália comer uma ótima massa, porque ninguém é de ferro e ficamos num hotel cinco estrelas que tinha a pior internet da viagem. Por isso, ontem não teve postagem. Foi, todavia, um dos dias mais emocionantes da viagem.
Primeiro porque Liubliana nos encantou. Choveu muito na noite anterior. Para nossa sorte, todavia, o dia amanheceu nublado mas sem chuva o que nos permitiu curtir a cidade intensamente. Seu centro histórico, que não é pequeno, foi todo fechado aos carros e transformado em calçadões para pedestres. O casario foi todo recuperado. Vários bares e restaurantes têm suas mesas no meio das ruas, coisa comum em todo mundo, menos na nossa Florianópolis e em grande parte das cidades turísticas do Brasil. Era sábado e, por isso, dia de feira. Mergulhamos nelas para sentir seus cheiros, comer o que oferecem e curtir esse gostoso ambiente, muito comum nos sábados de domingos Europa afora.
Não deixamos de ir, de cremalheira, até o Castelo de Liubliana, do século 16, que paira por sobre a cidade e, além de ser muito bonito, permite vistas mais abrangentes da velha e nova Liubliana. Nele destacam-se a Torre de Observação e a Capela de São Jorge, além da interessante exposição sobre a história da Eslovênia.
Liubliana também é marcada por suas grandes praças como a Mestni, a Stari e a Gornji, uma mais bonita que a outra, e, por muito próximas, podem ser visitadas na sequência. Chama atenção, também, a Ponte Tríplice bem na praça Mestni, a principal. Chamada de Ponte do Hospital, quando construída em 1842 e que leva  ao centro velho e é exclusiva para pedestres. Muito interessante ver três pontes, uma do lado da outra sem uma razão especial para tanto.
Esta, em poucas linhas, é Liubliana, uma cidade encantadora, gostosa de ser visitada e muito acolhedora. Vale, sem dúvida, a visita.
No período da tarde nos dirigimos para a região de Postojna, mais ao sul de Liubliana, para visitar suas grandes, enormes cavernas. Tentamos primeiro ver as Cavernas de Skocjan. Não constava do GPS e a sinalização não era boa para lá chegar. Por isso, chegamos primeiro na de Postojna, uma das maiores do mundo e que tem formações de estalactides e estalacmites incomparáveis. É um destino agitado e visitado por cerca de um terço dos turistas que vão à Eslovênia. É impressionante. Tem cerca de 21km de galerias e túneis. O passeio durou uma hora e trinta minutos. No seu interior a temperatura é de 10 graus, por isso, vá agasalhado porque senão vai passar frio. O percurso do passeio é de 5,7 quilômetros, parte de trenzinho e parte a pé. Seus salões, suas formações, sua iluminação, tudo gera estupefação e encantamento. Na parte mais profunda ficamos cerca de 120 metros abaixo do solo. Quanto a energia elétrica foi instalada em seu interior, não havia energia desse tipo em Londres e lá dentro foi construída a primeira ferrovia do mundo. Um lugar impressionante, imperdível.
Tão intensa foi a visita que não havia lugar para outra caverna nesta viagem. Por isso, Skocjan vai ficar para uma próxima, quando voltarmos à Alemanha e estivermos ali por perto.
9 km das cavernas de Postojna está outra maravilha da construção humana, o Castelo de Predjama. A lição dada pelo castelo é clara. Se quiser construir um reduto impenetrável, coloque-o na boca de uma caverna no meio de um penhasco de 123 metros. Os quatro andares foram construídos por anos a fio desde 1202 mas a maior parte do que vimos é do século 16. Tem uma ponte elevadiça sobre o rio, buracos no teto da torre para jogar óleo sobre os invasores, uma masmorra escura onde os presos eram torturados e, no topo, um refúgio, caverna adentro, chamado de Refúgio de Erazem.
Um dia fantástico, cheio de surpresas e de maravilhas da natureza e da mão humana. Somos privilegiados por ter vivido isto. Esperamos que os leitores também vivam essas emoções.
Como estávamos próximos da Itália e amamos a comida e o vinho italianos, fomos pernoitar em Trieste, na Itália, onde ficamos no Greif Hotel Maria Theresia que, apesar de dizer-se cinco estrelas, não passa de um três estrelas melhorado. Quando lá chegamos, rolava uma animada festa de casamento e, muitas músicas tocadas eram do Brasil. À noite fomos jantar no Il Pescatore, um vinho branco da casa(sempre aconselhável o vinho da casa porque são escolhidos de safras especiais arrematadas pelos restaurantes) a blogueira, após uma entrada mista de frutos do mar, foi de uma massa ao frutos do mar e o blogueiro, uma com camarões. Divinas.
Pela manhã, sol a pino, fomos explorar a costa do Adriático.  A primeira foi a pitoresca Piran, na Eslovênia, situada numa estreita península e é a cidade do litoral predileta do país.  Chegamos pelo alto da escarpa e para chegar lá embaixo tivemos muita dificuldade porque a maioria das ruas eram sem saída. Por isso, se for lá e ver um número tipo 25m ou 250, significa que a rua termina nessas distância. Estacionamos o carro e a visitamos a pé, descendo e subindo a ladeira.
O centro velho, um dos mais preservados do Adriático, é uma joia da arquitetura veneziana e fica tumultuada durante o verão. Nesta época é muito mais tranquila. As fotos mostrarão o que vimos.
Dali seguimos para a Croácia, ainda pelo litoral. Na fronteira pediram passaporte tanto na saída da Eslovênia, quanto na entrada da Croácia,  apesar de ambos pertencerem à União Europeia.
Aqui vale uma registro de como é dirigir na Eslovênia. Ao contrário da Rep. Tcheca e da Eslováquia, na Eslovênia tem que tomar muito cuidado. Os motoristas não respeitam, em muito, os limites de velocidade e são muito afoitos, necessitando uma direção defensiva muito acurada.
Na Croácia, o que chamou atenção, de plano, foi a cobrança de pedágios nas estradas, os primeiros da viagem. Não muito caros, mas frequentes.
Sol e céu azul, seguimos no litoral do Adriático, agora em Porec, que fica numa península baixa no centro da costa da Ístria. A antiga cidade romana é o ponto alto de um vasto sistema de balneários que se estende de norte a sul, inteiramente dedicado ao turismo. Lá há uma basílica tombada pela Unesco, prédios góticos, românicos e barrocos, boa infraestrutura de turismo e o imaculado interior istriano logo ali. Lá, numa feira na praça principal, a blogueira comprou tartufo negro e tartufo branco, para um risoto ao gosto do nosso amigo 'italiano" Zucco. Uma visita cheia de encantamento e beleza para quem gosta do mar e de história.
No mesmo diapasão, ainda pela costa, chegamos a Rovinj, uma grande estrela do litoral da Ístria. Ainda permanece como um ponto pesqueiro original, com pequenos pescadores levando o produto do seu trabalho ao porto local, seguidos por bandos de gaivotas. Seu casario bonito, porém, como na Itália, mereceria um cuidado maior. Até roupas secando acima da rua remete a Nápoles. Ruas estreitas, igreja num lugar proeminente, porto, sol mar e céu azul, belezas que se repetem nessa delícia de região. As fotos mostrarão se vale ou não a pena visitar essa região.
Estamos agora hospedados no ótimo Park Plaza Histria na cidade de Pula, no extremo sul dessa península. O visual da nossa janela é de tirar o fôlego. Amanhã seguiremos nesta região e, se as enchentes no centro do país permitirem, talvez iremos a Zagreb. Tudo depende. Tudo faremos com extrema segurança e contaremos aqui. Até. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.

Esta e as próximas são da cidade de Liubliana, Capital da Eslovênia



As três pontes de Liubliana









A praça do Congresso e no alto o Castelo





As feiras de rua no sábado de Liubliana



A porta da catedral de Liubliana


A ponte e os dragões - símbolo da cidade

O castelo de Liubliana



O trem para entrar nas cavernas de Postojna

Esta e as próximas são da impressionante, grande e profunda caverna de Postojna (as fotos foram tiradas sem flash que não é permitido)









O Castelo de Predjama, na boca da caverna



O pequeno povoado ao pé do castelo de Predjama

Cenas do interior do Castelo


Estrada de Triestre para Piran


Esta e as próximas são de Piran, Eslovênia














Esta e as próximas são de Porec na Croácia













Esta e as próximas são de Rovinj, Croácia











Visão da nossa suíte no hotel de Pula, Corácia

3 comentários:

  1. Queridos Narcísio e Dirlei
    Lindos lugares, belas fotos. Estou ansioso pelas impressões que vocês haverão de fazer ao vivo, no retorno, quem sabe acompanhadas do agora prometido risoto de tartufo!!! A blogueira já mostrou competência na cozinha com um belo cordeiro. E não foi propaganda enganosa!!!
    Abração, do Zucco.

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  2. Dirlei,
    Traz um pedacinho daquele pãozinho ou bolinho (ou seja lá o que for) que estavas comendo quando foi tirada a foto acima. A tua expressão deixa claro que deveria estar uma maravilha!
    Beijos.

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