sábado, 27 de setembro de 2014

ILHA DE CORFÚ E A IMPACTANTE METEORA

Seguidores e Seguidoras,

Ontem, obviamente, dia de aniversário do blogueiro, nunca foi dia de postagem. O jantar, no excelente Eva Palace, com champagne, logicamente francesa, prolongou-se e não houve tempo para a postagem. Portanto, aqui vão as novidades de ontem e de hoje. De hoje, certamente o momento mais impactante da viagem à Grécia. A indescritível Metéora,  da qual falaremos mais tarde.
Ontem, passada a chuva, saímos de Patras para Igoumenitsa, onde pegaríamos o Ferry para a Ilha de Corfu.  A Estrada foi o inferno na terra. Estreita, pista simples com raríssimos trechos de duplicação e muitas obras paradas, sentimos na carne a selvageria dos motoristas gregos. Sem qualquer dúvidas, os piores motoristas que tivemos que enfrentar em todas os mais de 30 países que conhecemos dirigindo. Não respeitam os sinais de trânsito. Faixas duplas de proibida ultrapassagem para eles não existe, mesmo em centros urbanos super movimentados. O limite de velocidade, mesmo onde tem radar à vista, também não existe. Não sabemos se o radar está quebrado ou se a multa é tão barata que eles não se importam. Andávamos na velocidade permitida e, nos centros urbanos, formava-se uma fila atrás de nós, com pressão absurda, quase batendo e buzinando, para que andássemos mais rápido numa condição de todo perigosa. Quando podiam ultrapassavam pondo todos em risco. Num sinal, não deixam sequer abrir e já estão buzinando, inclusive ônibus de turismo, eu andam em altíssimas e perigosas velocidades.
Nessa região, que comparamos à nossa Amazônia, desaconselhamos nossos leitores a viajar de carro. Estradas horríveis e permanente ameaça dos motoristas gregos.
Conseguimos chegar inteiros em Igoumenitsa, pegamos o ferry e, quase duas horas depois estávamos na Ilha de Corfu. Muito linda, com paisagem exuberantes, conforme verão das fotos, inclusive do seu centro histórico cujo casario, apesar de bonito, não está adequadamente conservado podendo, por isso, ser mais belo e atrativo do que é.
Corfu oferece atrações  diversas, como enseadas isoladas, agitados balneários e tradicionais aldeias de montanha. Entre 229 a.C. e 337 d. C. fez parte do Império Romano. Depois permaneceu sob o controle bizantino até o século 14, quando os venezianos assumiram o local. Apesar de procurada, sobretudo  por causa das praias, a ilha tem no seu interior locais onde sobrevive o estilo de vida mais tradicional.
O centro histórico da cidade de Corfu reserva-nos grandes colunatas em estilo francês, o Palácio de São Miguel e São Jorge, a Pinacoteca,  as suas fortalezas Antiga e Nova, e a sua praça principal com a Prefeitura e outros prédios históricos. O únco ponto que destoou foi o cheiro de esgoto no mar desde a chegada no ferry, até no hotel que nos hospedamos, que fica à beira mar.
Mas, apesar disso, vale muito uma visita à Ilha, tanto pela sua história quanto pela sua beleza plástica, conforme mostrarão as fotos. Recomendamos.
Hoje pela manhã, após muito bom café do  Eva Palace, saímos cedo para  pegar o ferry da 9,30. Isto feito, céu azul, cruzamos o mar até a cidade de Igoumenitsa e começamos a viagem rumo a Meteora e depois Tessalônica, onde estamos agora.
A estrada, a A2, é monumental. Numa região muito montanhosa, o que é a tônica na Grécia, a estrada se resumia quase a túneis e viadutos. Nunca vimos uma estrada com tantos túneis, alguns com cerca de 5 a 6 kms. Diferente da Amazônia grega antes referidas, onde desaconselhamos dirigir, a estrada entre Igoumenitsa e Tessalônica, de uma lado a outro do País, é de primeiro mundo, com velocidades permitidas de até 130km,  é um bom lugar para se dirigir, com paisagens exuberantes.
Na metade do caminho saímos da estrada rumo a Metéora. Foi um dos locais mais impactantes que já visitamos no mundo e o mais impactante na Grécia, com certeza. É um lugar ímpar, indescritível, uma obra magnífica da natureza melhorada pela intervenção humana, no caso os monges franciscanos. Linda, linda, linda.
As magníficas torres de arenito de Metéora (rochas suspensas) formaram-se pela ação do mar que recobria a planície de Tessália há cerca de 30 milhões de anos. As enormes colunas de rocha tornaram-se  retiro religioso em 985d.C. quando um eremita chamado Barnabas ocupou uma caverna dali. Em meados do século 14, Neilos, o superior do Convento Stagai, ergueu uma pequena igreja e, alguns anos depois, em 1382, o monge Atanásio, do monte Athos, fundou o imenso mosteiro de Megálo Metéoro numa das elevações. Em seguida surgiram 23 mosteiros, a maioria deles destruída no século 19. Na década de 20 foram esculpidas escadarias nas encostas da rocha para dar acesso aos seis mosteiros remanescentes. Hoje a retomada religiosa trouxe de volta muitos monges e freiras para o local.
Não se sabe ao certo como os primeiros eremitas chegaram ao cume dessas rochas radicais. Bota radicais nisso. É provável que tenham  cravado pinos em pequenas fendas rochosas a fim de içar materiais de construção. Um lenda reza que aves voaram  até o topo da montanha, levando cordas, depois transformadas nas primeiras  escadas locais. É um mistério como essas cordas foram fixadas na rocha.
Já vimos paisagens impactantes como Yosemite, nos EUA e os templos suspensos de  Datong na China, com fotos neste blog,  mas nada como  essas paisagens únicas e ímpares em relação ao meio ambiente local e a obra dos monges no topo de rochas verticais. Formam um conjunto que deixa todos boquiabertos. No caso, só vindo aqui e ver isso para se saber que sensações e emoções esse lugar causa. Impactante. Lindo, lindo, lindo, mais uma vez, e totalmente imperdível porque indescritível. Não percam, se puderem.
Retornando à ótima A2, não demorou muito para chegarmos em Tessalônica. Nos hospedamos no Hyatt Regency, fora do centro. Aqui, no jantar, pela primeira vez tivemos contato com vinho que não fosse o ácido da Grécia. Fomos de um Chateauneuf du Pape, 2010, divino, que harmonizou com a vitela e o risoto de trufas que jantamos. Ontem no jantar em Corfu, o hotel ofereceu um champagne francesa e a sobremesa de presente pelo niver do blogueiro. Hoje o vinho francês completou a comemoração.
Amanhã visitaremos Tessalônica e depois iniciaremos o retorno rumo a Delphos e Atenas. ainda muitas novidades nos aguardam e serão contatas aqui em detalhes. Até. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei. 

Na estrada entre Patras e Igoumenitsa, muitos lugares belos sem qualquer aproveitamento turístico



A chegada em Igoumenitsa, onde pegaríamos o Ferry para a Ilha de Corfu

Já no Ferry para Corfu




Os fortes da ilha de Corfu

Belas paisagens na baía de Corfu

Casario típico com colunatas no estilo francês e italiano

Parque de Corfu

Fortaleza antiga de Corfu


Exceto quanto ao blogueiro, esta e as próximas sobre as belezas de Corfu








A pinacoteca de Corfu


O Casario típico de Corfu


Vista da ilha desde a nossa suíte do Eva Palace

Adicionar legenda



Na saída da Ilha, as fotos tiradas desde o Ferry








Esta e as próximas são dos incríveis templos sobre colunas rochosas e a incrível beleza de Meteora
















Um sugestão de viagem para os amigos motoqueiros, especialmente o Brandão









Paisagens e cânions em formação, na estrada de Meteora para Tessalônica



3 comentários:

  1. Narcísio e Dirlei
    Parabéns ao blogueiro, por mais um aninho, mais uma vez comemorado em alto estilo!!!
    O risoto de trufas me deixou, só de ler, com água na boca!!!
    Abração, do Zucco.

    ResponderExcluir
  2. Ansiosa pelas fotos de Meteora, um dos lugares que mais quero conhecer, seu relato está ótimo.
    Mais uma vez parabéns.
    Abraços

    ResponderExcluir
  3. Lindas fotos...mais uma vez Meteora me surpreende e me emociona, é um lugar único. Boa viagem de retorno. Abraços

    ResponderExcluir