segunda-feira, 22 de setembro de 2014

FINALMENTE ATENAS, ACRÓPOLE, ÁGORA, MUSEU DA ACRÓPOLE E MUITO MAIS

Seguidores e Seguidoras,

Finalmente na Grécia e em Atenas. Chegamos ontem ao final da tarde vindos de Dubrovnik, na Croácia, num voo da Croácia Air de uma hora e vinte minutos. Na noite anterior, como só tínhamos conseguido duas diárias no Radisson,  e não havia mais quartos disponíveis em Dubrovnik, dormimos no ótimo Admiral Gran Hotel, um cinco estrelas de bom preço, localizado numa encantadora baía, distante somente 30km de Dubrovnik. Um dica para quem não encontrar disponibilidade de hotel por lá.
Hoje, depois do Café da manhã no Divani Palace Apolon, cuja internet é péssima e fica muito distante do centro da cidade, finalmente fomos conhecer Atenas. Não o tínhamos feito antes, apesar de já conhecermos grande parte do mundo, porque quando nos planejamos para vir para cá irrompeu a grande crise por aqui, com greves, incêndios, protestos etc. e por isso resolvemos adiar e só agora estamos aqui, porque viajar é para deleite, não para preocupações.
Dia de sol e muito calor, com protetor solar e chapéu em dia, começamos, obviamente, pela Acrópole e seu ícone, o Partenon. Para nós, que já conhecíamos tanto o lugar, por leituras e documentários de TV, foi um pouco decepcionante. Esperávamos que tanto a Acrópole como o Partenon fossem maiores. Este, inclusive, se compara a um templo grego, muito mais conservado, que vimos em Pesto, no sul da Itália, por indicação do nosso amigo Brandão. E ainda encontra-se em reforma com vários andaimes e guindastes a empanar sua beleza. Obviamente que a sua história e seu significado são incomparáveis.
Primeiro vamos falar de Atenas. Ela é habitada há 7000 anos. A cidade teve seu momento de glória durante o período clássico (séculos 4º e 5º .C.) da Grécia Antiga, do  qual restam diversas construções e relíquias. O maior destaque de Atenas é a Acrópole, conhecida do mundo, com seus teatros e templos. Entre eles o Partenon, erguido por Péricles como parte de seu projeto de cidade, em meados do século 5º a.C. No período bizantino e sob o controle otomano, Atenas teve importância menor, mas recuperou o brilho em 1834, quando o Rei Oto a transformou em capital de Grécia. Os arquitetos do soberano projetaram uma nova cidade, em estilo europeu, com suntuosos edifícios neoclássicos que hoje sediam alguns elegantes museus e galerias.
Em meados do século 5º a.C., Péricles convenceu os atenienses a iniciar um grande programa de obras na cidade, que fosse capaz de materializar as realizações políticas e culturais da Grécia Antiga. Na Acrópole foram erguidos três templos e um monumental portão de entrada. O teatro de Dionísio e o Teatro de Herodes Ático foram acrescentados mais tarde, respectivamente nos séculos 4º e 5º. Destaca-se, ainda, o Pórtico das Cariátides, com estátuas de mulheres que fazem as vezes de colunas no pórtico sul de Erectéion, o Templo de Atena Nique, dedicado à Atena da Vitória, a oeste de Propileus.
Depois de curtimos e fotografarmos tudo o que tinha na Acrópole e ao alcance da vista ao redor, descemos a montanha e fomos visitar a Ágora Antiga. A escola americana de arqueologia começou a escavar a Ágora Antiga  na década de 1930. Desde então não param de surgir templos e edifícios públicos. Era o coração político e religioso da Atenas antiga. Também centro da vida comercial e cotidiana, reunia escolas e elegantes pórticos ou arcadas cobertas sob as quais havia lojas.  Lá funcionavam a prisão e também a casa de cunhagem. Foi encontrado no local até mesmo um moinho de azeite de oliva.  O prédio que mais se destaca é o notável Stoa de Átalo,  construído de 159-138 a.C., hoje abriga um museu muito interessante sobre a vida e a arte daquele período. O templo de Hefesto, se destaca no lado oposto.
Depois de explorarmos bem o local, fomo visitar o Museu da Acrópole, imperdível para quem visita a Acrópole e o Partenon, pois lá se encontram parte das frisas, pórticos, utensílios e obras de arte encontrados no monte. Foi inaugurado em 1878 e é dedicado apenas ao que foi encontrado na Acrópole. Lá estão muitas estátuas com uma reprodução ao seu lado, mostrando como ela era originalmente. As cores eram magníficas. Partes do friso e dos pórticos do Partenon foram dispostos em uma réplica do templo, no último andar do museu que foi construído sobre ruínas que podem ser vistas por pisos transparentes. Um documentário mostra toda a história e construção do Partenon. Um lugar imperdível para quem quer bem compreender o que viu antes na Acrópole. 
Ali perto o Arco de Adriano, construído em 131 a.C., que marcava o limite entre as cidades antiga e a nova Atenas, esta última construída por Adriano.
Não muito longe, o que restou do antanho magnífico Templo de Zeus Olímpico. Ele é o maior da Grécia, superando mesmo o Partenon. O déspota Pisístrato supostamente iniciou a construção do templo no século 6º a.C. para conquistar apoio popular. O local foi concluído 650 anos depois. Restam apenas 15 das suas 104 colunas originais, mas elas bastam para dar ideia da vastidão deste templo, que media 96m de comprimento por 40 de largura.
Dali, depois de uma pausa para um lanche num dos muitos restaurantes e bares da região, fomos perambular pela Pláka, centro histórico de Atenas. Embora alguns poucos edifícios datem antes do período otomano, esta é a área habitada mais antiga da cidade e hoje é cheia de tavernas, lojas de antiguidades e ícones e lojas de todo tipo de produtos locais e importados. Por toda ela sempre se tropeça em mais um monumento histórico, como A Torre dos Ventos, o Monumento a Lisícrates e outros, além de igrejas como a Agios Nikolaos Ragavás, do século 11.
De lá fomos explorar as principais ruas da cidade, como a Ermou, Athinas, Eolou e Stadiou e nos decepcionamos, porque a cidade está muito decadente, suja e com pichações em quase todos os prédios, placas e muros, tudo fruto da grande depressão gerada pela crise de 2008. Uma pena, mas torcemos para que Atenas logo recupere a sua beleza.
Amanhã será a vez de continuar explorando a cidade e visitar o seu importante Museu Arqueológico Nacional e muito mais. Tudo estará aqui em detalhes e fotos. Até. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.
Esta e as próximas são da bucólica Slano, Croácia, onde esta o Admiral Grand Hotel



O Teatro Herodes Ático, nas cercanias da Acrópole



Visão de Atenas desde a Acrópole

O Templo de Atena Nique

O Pórtico de Cariátides, na Acrópole


O Partenon


O Templo de Zeus Olímpico, visto da Acrópole





O Propileus, na saída da Acrópole




Pórtico das Cariátides

O Portão Beulé, entrada da Acrópole




Stoa de Átalo, na Ágora Antiga

O Templo de Hefesto, Ágora Antiga

Atenas

Templo na Ágora antiga



O Museu de Stoa de Átalo, na Ágora Antiga




Ágora Antiga

O Templo de Efesto, na Ágora Antiga




Teatro de Herodes Ático


Acrópole vista de baixo

O Museu da Acrópole, construído sobre ruínas

O Arco de Adriano

O Templo de Zeus Olímpico

O Pórtico de Adriano

Pláka, a cidade antiga de Atenas










4 comentários:

  1. Conhecemos Atenas em 2007 quando fizemos um cruzeiro, na época também não nos impressionou muito, a Sicília tem templos mais bonitos, mas penso em voltar para conhecer o continente e algumas ilhas.
    Curtam esse restinho da viagem.
    Abraços

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  2. Queridos amigos.
    Estava aqui esperando notícias. Acho que amanhã será um dia importante pela visita ao Museu Arqueológico. A dimensão de tempo, penso, se altera radicalmente. Mas é assunto para algum (ou alguns) vinho(s). Torço para que a Grécia proporcione a vocês o mesmo impacto que nos causou. Mas não gosto de antecipar avaliações. Gosto de debater posteriormente. Haja vinho!
    Continuem bem.
    Beijos.

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  3. Queridos Narcísio e Dirlei
    Conheci templos Gregos em Agrigento, na Sicília, e lá dizem que estão mais bem preservados do que os de Atenas. Como ainda não conheço a Grécia, não posso confirmar. De qualquer forma, o relato e as fotos estão ótimos, e nada é como conhecer templos gregos na própria Grécia. É ali que certamente estão os deuses gregos.
    Abração, do Zucco.

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  4. Dr. Narcísio e Dirlei,
    A viagem está linda demais! Os destinos estão realmente surpreendendo e, acompanhados dos relatos do blog, ficam ainda mais encantadores!
    Sigo acompanhando...
    Abraços,
    Diana

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