quinta-feira, 27 de março de 2014

JAPÃO, CHINA COM TIBET E CAMBODJA COM ANGKOR VAT

Seguidores e Seguidoras,

Chegou a vez da mais longa das viagens até aqui. Japão, China e Cambodja, com suas histórias milenares, seus sítios turísticos marcantes e inigualáveis, sua natureza e seus povos diferentes e até exóticos. É para lá que estaremos partindo no próximo dia 29 de março e de onde voltaremos no dia 30 de abril.

Começaremos  pelo Japão por uma simples mas inebriante razão. A florada das cerejeiras que tem duração de duas semanas. A última de março e a primeira de abril. Começou ontem, por isso, teremos suficiente tempo para alcançá-la e apreciá-la no seu apogeu. Lá teremos ainda o mítico Monte Mitake, com seus templos, suas trilhas, sua paisagem. O Monte Fuji com vista desde os cinco lagos que o rodeiam, se as nuvens, comuns na região, permitirem. A cidade sagrada de Nikko, o Ueno Park, famoso pela profusão e longos corredores cobertos pelas cerejeiras floridas. Kyoto e seus inigualáveis e ricamente esculpidos templos e santuários, o Castelo de Nijo-jo e seus jardins externos de tirar o fôlego, além do Distrito de Arashiyama, com sua pitoresca Ponte Togetsukyo, patrimônio da Unesco, suas montanhas, seu rio e seus templos. O Japão tem ainda Takayama e seu lindo e preservado casario antigo e Tóquio na sua inteireza, com Asakusa, casa o esplêndido Sensoji Temple, o Thunder Gate, a vibrante rua comercial Nakamisedori, a Ilha Hama Rikyu, a área de Yanaka, onde o antigo ambiente de Tóquio ainda sobrevive e, também no Ueno Park, o Museu Nacional de Tóquio, o Tokyo Metropolitan Art, o Museu de Arte Ocidental e o Museu Nacional de Ciências. E muito mais que estará aqui, dia a dia em detalhes e fotos.

Depois do Japão vem a China com sua mística, sua natureza e seus imperdíveis sítios históricos e turísticos. O que dizer de Pequim, com com seu Pato Laqueado e seus insetos comestíveis, a Praça da Paz Celestial, a Cidade Proibida, o Templo do Céu, o Palácio Imperial de Verão e o Mercado das Sedas. Ali perto, a Grande Muralha, os magníficos Túmulos Ming e o Caminho Sagrado. Depois, mergulharemos fundo na China, Chengde com o Palácio Potala Lesser, o templo Han/tibetano Puning, o Templo da Paz Universal  e o Templo Joy, todos preservados e bem representativos de uma China de liberdade religiosa de antanho. Tem Dantong com as Grutas de Yungang, escavadas 400ad, com mais de 50000 estátuas budistas, conjunto que deixa  todos hipnotizados. De perder o fôlego, também ali, o mosteiro pendurado na encosta, de 1400 anos e a Nine Dragon na entrada da mansão da dinastia Ming.  Tem ainda, Pingyao e sua cidade murada com maravilhas no seu interior, Chengdu, que leva a Leshan do maior Buda do Mundo na curva de um rio. De lá iremos para o Tibet, a 3700m de altitude, nos Himalaias onde em Lhasa tem o Distrito Bhakhor Atmosférico onde se localiza o Templo Jokhang, a casa do budismo tibetano. Tem ainda o pouco visitado Mosteiro Pabonka numa região remota e tranquila e a grande cerimônia de Debate no Monastério de Sera. No Tibet temos, também, o Palácio Potala, o Branco e Vermelho Palace, antiga residência do Dalai Lama. De lá iremos  para Xian, terra dos famosos Guerreiros de Terracota, o Mausoléu do Imperador Qin Shihuang, a Cidade Velha  de Xian e suas antigas muralhas. Depois iremos para o Hongcun Village com seu casario de 1100 anos preservado, hoje Patrimônio da Unesco, no estilo Ming and Quing Dynasty. Nas proximidades estão as famosas montanhas da cidade de Huangshan, com seus teleféricos até as nuvens, suas formações rochosas únicas, suas trilhas penduradas nas encostas das montanhas que todos, alguma vez já se arrepiaram vendo nos documentários de TV. A parte antiga dessa cidade também é imperdível e estará aqui em detalhes. Por fim, a metrópole  Xangai, com o Centro Bund e suas as magníficas mansões coloniais, os lindos Jardins YU, o Museu de Xangai, o calçadão Nanjing Lu, a Praça do Povo e, à noite um passeio de barco para apreciar um show de luzes dos arranha-céus de Xangai, sem contar um passeio no trem flutuante magnético, o Shangai Maglev. Estes apenas alguns destaques dentre muitas outras coisas que faremos na China e que, se o Sistema permitir e a internet funcionar, descreveremos aqui com muitas fotos.

A viagem será encerrada no Cambodja em grande estilo porque, desde Siem Reap conheceremos  as maravilhas de Angkor Thom, o Bayon, o espetacular Templo de Angkor Vat, construído entre 1113 e 1150, o maior monumento da Grande Cidade Imperial de Angkor. Lá tem o Baphuon, o Royal Enclosure, Phimeanakas, Elephant Terrace e o Leper King Terrace. No Cambodja visitaremos também a cidadela da Mulher, o Banteay Srei, jóia do Khmerasrt, construído inteiramente de arenito rosa duro, ricamente esculpido. Visitaremos também o Museu de Minas, o Ta Prohm, Templo da Selva, os quais permanecem abraçados pela selva e foi palco do filme Tomb Raider com Angelina Joly. Tem ainda uma viagem de barco pelo Tonle Sap, um verdadeiro Oceano Interior, com suas aldeias de palafita, pescadores, carros de bois e a famosa Vila Kampong Phluk. Tudo sem considerar a pitoresca Siem Reap.

Enfim, a viagem promete coisas nunca dantes vistas nas nossas viagens anteriores e que certamente nos impressionarão e  nos marcarão sobremaneira. Para os fãs deste blog certamente muitas novidades e fotos de lugares que vocês nunca imaginariam ver. Aproveitem, comentem, sugiram, brinquem, façam piadas, enfim, tudo o que os comentários permitem, porque isso é parte importante da nossa viagem e a certeza de que vocês estarão próximos e viajando conosco através desta ferramenta, que começou modesta e hoje  já é internacional, com mais de 52000 acessos. Fica pois o convite para 'viajarem conosco'. Até. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei. 

quarta-feira, 5 de março de 2014

CARNAVAL NO MORADA DOS CANYONS

SEGUIDORES E SEGUIDORAS,
Como é praxe, aproveitamos os feriadões para conhecer algum lugar diferente, bonito e aprazível para descansar e, até mesmo, fazer alguma aventura. Não foi diferente neste feriado de Carnaval.

Com bastante antecedência, porque é muito concorrida, fizemos reserva na pousada Morada dos Canyons, www.moradadoscanyons.com.br na região dos canyons na divisa com o RS, no município de Praia Grande/SC. Na sexta-feira, dia 28, partimos pela BR-101 até quase a divisa com o RS, pegamos o acesso São João/Praia Grande e, cerca de 21kms depois, após passarmos por essas duas pequenas cidades, ambas de qualidade de vida invejável fundada na grande produção de arroz no Vale do Araranguá, começamos a subir a serra, no Parque Nacional dos Aparados da Serra, até chegarmos na pousada, um pouco antes do posto de fiscalização da Cidasc. Na serra, a estrada é intercalada de asfalto (nas retas) e estrada de chão(nas curvas) que está a espera de cimento para suportar o frio da região e evitar o congelamento da pista. Dizem os locais que para breve. 


A sede da pousada é bem acanhada, resumindo-se num pequeno balcão de recepção, sala para as refeições e cozinha. As obras da nova sede, todavia, já estão em andamento e pela maquete promete ser bem melhor. São oito chalés, a maioria deles para casais, sendo que algumas comportam famílias. Ficamos no Chalé 2. Quem tiver curiosidade, pode acessar o site e ver a sua configuração. 

Alguns pequenos e necessários ajustes a tornarão mais sofisticada e confortável do que já é.

A área da pousada é toda gramada, arborizada, com três pequenos lagos e um deck de onde se tem uma visão ampla das plantações de arroz no vale até o mar e a Praia de Torres, no RS. Os cavalos da Pousada, pastam nas cercanias. Um lagarto dividia o Chalé conosco, já que residia debaixo dele. À noite, o céu estrelado é um espetáculo à parte, com o silêncio quebrado apenas pelo coro das rãs no lago próximo. A área carece, todavia, de uma calçada bem iluminada para os deslocamento dos hóspedes até a sede, hoje feita numa estrada de pedras, por onde circulam os carros e muito mal iluminada.

No que se refere às refeições, comida caseira local, bem temperada. O café da manhã, com uma enorme variedade de bolos, poderia ser incrementado com mais frutas, com iogurte de melhor qualidade e, um pouco mais de frios. Para o jantar, uma melhor carta de vinhos, hoje predominantemente nacionais e um melhor serviço de mesa, tanto numa qualificação do serviço do vinho, quanto na agilidade no recolhimento do serviço já usado, nas duas refeições. Sentimos falta de um café com algum acompanhamento no fim de tarde, como já encontramos em várias pousadas e hotéis semelhantes onde já nos hospedamos. O almoço só é servido mediante reserva, ao passo que o jantar já faz parte da diária. Poucos ajustes tornarão melhor o serviço e cardápio bem adequado ao local.

Um empresa conveniada com o hotel, oferece aventuras por toda a região, que fica próxima dos canyons Fortaleza, Itaimbezinho, Malacara e outros menos conhecidos. As reservas para o dia seguinte são feitas à noite, durante o jantar. A equipe é muito simpática e solícita mais carece de um pouco mais de profissionalismo, como definir, antes de sair do hotel, as regras do passeio, especialmente a idade e condição física próprias para cada um. Na aventura que fizemos no primeiro dia, pelo Canyon Malacara, permitiram a ida de uma criança de colo cujos responsáveis tiveram que desistir na primeira cruzada de um rio pedregoso e ficarem à espera do nosso retorno quase duas horas depois. No percurso percebemos que nenhuma criança, de qualquer idade, poderia fazê-lo, diante do seu grau de dificuldade. Recomendamos essa aventura, feita às margens e por dentro do rio, com algumas cachoeiras e lagoas próprias para banho. Como havia chovido no dia anterior a água estava muito fria. A paisagem montanhosa do canyon é de tirar o fôlego. De lá saímos cansados mais com o stress no nível 0.

No segundo dia, resolvemos visitar a Praia de Torres, RS, já que rumo a Porto Alegre passamos diversas vezes próximo dela, para pegar a Estrada do Mar e nunca entramos. Era domingo, muito movimento, nenhum lugar para estacionar, sol muito quente e a calçada da praia sem qualquer árvore, praia com uma parte toda gramada e outra mais larga, mar agitado, totalmente tomada pelos guarda-sol. Na cidade não encontramos nenhum calçadão, típico das cidades da serra gaúcha, onde se pudesse caminhar e curtir a cidade. Pelo menos, por onde circulamos nada localizamos nesse sentido. Uma breve volta de carro, inclusive nas margens do Rio Mampituba, retornamos para a tranquilidade da serra. À tarde fomos tomar um café colonial, que fica na estrada que leva ao hotel, um pouco mais para baixo. Ali também uma comida bem caseira, simples, mas bem feita e gostosa. Não inclui sucos, que têm que ser encomendados à parte. Custa só R$ 12,00 por pessoa. Achamos que poderiam cobrar um pouco mais e torná-lo um pouco melhor, com mais variedades, já que o poder aquisitivo do público que acorre àquela região turística isso comportaria. Nas duas vezes que estivemos lá estava sempre cheio.

No terceiro dia, como o tempo estava fechado, reservamos a manhã para descanso e leitura. No período da tarde os guias nos sugeriram uma caminhada, no alto da serra pelo Canyon dos Índios Coroados. A neblina, todavia, nos fez desistir depois de pouco tempo de caminhada já que não se conseguia enxergar um palmo adiante do nariz. Achamos que os guias poderiam ter previsto isso pelas condições do tempo. Pastéis de banana, carne e queijo com suco, junto com nosso guia, um gaúcho bem falador, o Leandro, no café colonial, encerraram as atividades do dia.

Os jantares foram acompanhados de um muito bom Cabernet Sauvignon Casillero del Diablo, um Syrat muito bom do Latitud 33 e um não muito bom Cabernet Sauvignon do mesmo Latitut 33, de Mendoza, todos safra 2011.

Tivemos muita sorte com o trânsito já que não pegamos nenhum engarrafamento saindo de Florianópolis na sexta-feira por volta das 9,30h e na terça-feira, saindo da pousada por volta das 10,00h.

De contatos pessoais, lá encontramos nosso amigo o Desembargador Carlos Adilson e sua esposa, uma grande família e amigos lá de Pinheiro Preto e Tangará, no meio oeste, gente de Curitiba mas, acima de tudo, o povo local representado pela poetisa Dona Zilma da Rocha Rosa que, enquanto almoçávamos no tradicional Nossa Casa, na estrada para o Canyon Malacara, declamou, apesar da saúde precária aos seus 76 anos, uma longa poesia de um diálogo entre todos os animais e pássaros da região acerca de suas preocupações com a destruição do meio ambiente. Uma aula de vida e da rica cultura escondida pelos grotões do Brasil. Pena que seu livro Do Fundo da Alma já está esgotado e espera reedição, senão o teríamos trazido. Essas ocasiões são os bônus que trazemos de cada viagem. Para vocês, uma passagem do seu livro:

FELICIDADE
“Se você não é feliz faça uma programação diferente quem sabe no fim de semana tente e invente
Imite os cânticos dos pássaros, felicidade é essa, bata palma, prossiga 
sua vida em festa
a natureza canta, o vento é um belo cantor, goste de ouvir o seu toque 
nas árvores.
Amigo, se algo lhe entristeceu não fique decepcionado, depois que a 
poeira abaixa o sol volta novamente a brilhar
Faça uma programação bem diferente que tal!
Abrace o seu gatinho, seu cachorrinho seu amigo bem legal
Desposa-se do eu, felicidade é essa, contenta-se com a natureza que 
sempre esta em festa
Cante, cante para o senhor, isso é gratificante engrandece o seu amor
Convide seus amigos para participar dessa oferta junto aos passarinhos 
que sempre estão em festa”.
(a natureza sabe provar melhor a vida).

A beleza do lugar é ímpar e as opções de pousadas e aventuras a cavalo, rapel de todos os níveis, canyons por cima e pelo interior do seus vales, alguns com caminhada radical de dia inteiro, tudo recomenda uma visita a este local ainda rústico e de natureza bem preservada.

Em breve voltaremos aqui para apresentar uma grande e radical aventura pela Ásia. Enquanto isso, curtam as fotos do Morada dos Canyons e região. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.


Lagarto que dividia nosso chalé. Morava debaixo dele. 

A Poetisa, Dona Zilma da Rocha Rosa 

Os blogueiros e a turma de Tangará e Pinheiro Preto na aventura pelo Canyon Malacara 

A blogueira descansando na metade da jornada pelo Malacara 

Pequena cachoeira no rio que esculpiu o Malacara 







Esta e as próximas fotos são das paisagens do Canyon Malacara 

Os aventureiros reunidos 





Uma perereca dormindo na folhagem do vale do Malacara 











Esta e as próximas são as paisagens dos canyons vistas desde a Pousada Morada dos Canyons 



Visão do nosso Chalé 





Um dos lagos do terreno da Pousada 



Mais paisagens do terreno da Morada dos Canyons 

O galo dos ventos, no deck da Pousada 

Visão da praia de Torres desde a Pousada 

A cidade de Praia Grande e as arrozeiras do Vale do Araranguá