segunda-feira, 28 de abril de 2014

Oceano Interior, Carro de Boi, Museu de Minas e Templo Rosa

Seguidores e Seguidoras,

Hoje foi dia de mergulhar fundo no Camboja. Logo cedo o carro da agência de turismo veio nos pegar para nos levar ao grande lago Tonle Sap, o grande mar interior do País. Logo que saímos do centro de Siem Reap já estávamos na área rural. Muitas áreas de plantação de arroz conjugada com gado, plantações de flores de cujas sementes extraem alimentos, servindo elas também para enfeite dos melhores hotéis da cidade. Vinte minutos depois alcançamos o porto de um grande canal onde um barco, especialmente reservado para nós e com poltrona de vime nos esperava. Embarcamos e começamos a navegar por um grande canal muito movimentado de barcos e que daria no Grande Lago, o Tonle Sap. Tem uma extensão de 2.950 km² e pode chegar até os 24.605 km² durante a estação das chuvas. Representa a maior extensão de água doce do sudeste asiático e se localiza na planície central do País.
Quando o barco saiu do canal e entrou no lago o mesmo realmente parecia um oceano já que não se consegue enxergar seu fim. Adentrando nele ao fundo demos de cara com uma cidade flutuante. À medida que nos aproximamos vimos que era uma cidade com tudo o que qualquer cidade pode ter. Igreja, supermercado, posto de combustíveis, escola, restaurantes, hotel e até criação de porcos, crocodilos e bagres. O meio de comunicação entre os aglomerados de casas são barcos a motor, muito barulhentos que vão e vêm espalhando água para todos os lados. Desembarcarmos num local com lojas e restaurantes, além de criação de bagres e crocodilos para alimentação. Circulamos pelas vias aquáticas do lugar apreciando as peculiaridades dessa cidade diferente. Um lugar único e incrível que esperamos que as fotos possam dar uma dimensão do que vimos.
Dali entramos mais fundo no Camboja e cerca de 40 kms. depois, apreciando a vida simples do povo do interior deste pobre País, paramos numa vila rural e o guia nos disse que o 'pessoal' já estava chegando. Não entendemos até que ao fundo, na estrada, apareceu um carro de boi que veio em nossa direção. Quando chegou perto o guia nos disse que iríamos entrar nele para visitar a comunidade. Para a blogueira, foi a primeira vez que andou de carro de boi. Para o blogueiro foi uma oportunidade de voltar à sua infância onde, na roça, se utilizava este tipo de transporte. Viajamos numa estrada de terra por entre as casas daquela comunidade agrícola com suas atividades rotineiras de secar arroz, cuidar dos animais domésticos, fazer comida, etc. Uma experiência diferente e marcante que não imaginávamos viver nesta viagem.
Próximo dali, num lugar bem estruturado para o turismo, fomos visitar um templo diferente de todos os outros existentes no Camboja. O Banteay Srey, dedicado ao  deus Hindu Shiva. Consagrado em 22 de abril de 967 dc, foi o único templo  de Angkor não construído por um monarca. A sua construção é creditada a um cortesão chamado Yajnavaraha. Foi construído em grande em duro arenito rosa, rica e detalhadamente entalhado e, diante da consistência do material, os entalhes estão muito bem conservados até nossos dias, como as fotos mostrarão. O que mais chama atenção, todavia, é que ele é um templo em miniatura e, por isso, por muitos anos, suas construção foi creditada às mulheres. Por isso, se tornou muito popular e hoje muito visitado pelos turistas, apesar de distante da capital e de Siem Reap. Valeu muito a visita, pelas peculiaridades inigualáveis desse curioso e belo templo.
Por fim, no retorno, passamos pelo Museu de Minas Akira, que conta a história da guerra do Camboja de 1970-1993, provocada pelo famigerado Pol Pot, que além de ter dizimado milhões de vidas dos Cambojanos, deixou como herança mais de vinte milhões de minas que ceifaram vidas, braços e pernas de crianças e adultos, especialmente na região rural. O museu é um tributo a essas pessoas e se dedica a coletar fundos para cuidas dessas crianças e mostrar ao mundo o horror das minas terrestres. Ainda restam entre 4 a 5 milhões de minas para serem desenterradas e que ainda ceifam centenas de vidas todos os anos. Lugar ideal para reflexão de quanto o homem pode ser cruel e insensível com seus semelhantes.
Retornamos para o hotel, molhados de suor pelo calor infernal que faz aqui. Banho tomado, descemos para o lobby onde saboreamos um serviço completo de chá ao estilo inglês, muito bem servido. Para a noite já reservamos o jantar no hotel que será acompanhado de um show de dança clássica do Khmer e de suas artes marciais. Promete.
Amanhã iniciaremos o retorno para casa. Siem Reap-Banckoc-Abu Dabi-SãoPaulo-Floripa, onde chegaremos na noite do dia 30. Como já foi dito, a parte chinesa da viagem, em função da censura odiosa que nos foi imposta, será reportada aqui após a nossa chegada no Brasil. Coisas muito interessantes e únicas os esperam. Aguardem.
Agradecemos a grande audiência que o blog teve nesta viagem, batendo todos os recordes apesar do problema chinês. Os comentários nos divertiram e nos incentivaram. Fiquem ligados, porque o melhor da China vem aí. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.

Os blogueiros, confortavelmente sentados no barco que os levaria ao Grande Lago(Tonle Sap)

O canal engarrafado de barcos, rumo ao Tonle Sap

Esta e as próximas, da cidade flutuante no meio do mar interior do Camboja, o Tonle Sap














Criação de crocodilo, num restaurante flutuante





Esta e as próximas são do nosso passeio de carro de boi no interior do Camboja




Cena do interior do Camboja

Esta e as próximas são do incrível templo Banteay Srey e seus magníficos entalhes na pedra





Estátua de touro, já depredada, no interior do Banteay Srey













Esta e as próximas, são do Museu de Minas Akira



5 comentários:

  1. Vocês são bem corajosos hein?! Aquele carro de boi deu medo ...
    Boa viagem de volta!
    Beijos!

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  2. Queridos amigos
    Boa viagem de regresso.
    Estou ansioso pelas histórias da China.
    Abração, do Zucco.

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  3. Este último templo foi mesmo o mais bonito. Belo encerramento de viagem. Boamente retorno. Abraço.

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  4. Querido Doutor Narcísio, inicialmente sobre ao Japão, acabei de ver os últimos posts da viagem e, novamente, estou ainda mais fascinada com a beleza dos lugares!
    Quanto a China, fiquei impressionada ao saber que o governo havia censurado o blog de vocês.
    E o Camboja, pelo olhar de vocês, está sendo mostrado como um lugar sensacional, os templos, em especial, são magníficos!
    Aproveitem e continuem nos encantando!
    Abraços,
    Ana.

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  5. Lugar exótico, lindo templo, bela viagem vocês fizeram...

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