sexta-feira, 4 de abril de 2014

MONTE FUJI E SEUS CINCO LAGOS

Seguidores e Seguidoras,

Hoje foi dia dedicado ao maior ícone do Japão, já declarado Patrimônio Cultural da Humanidade. O Monte Fuji e as coisas belas ao seu redor. Saímos do centro de Tóquio às 9 horas, temerosos de que nada veríamos já que a cidade estava escura e tempo fechado, dando pinta de que a chuva de ontem iria continuar. Os deuses dos viajantes, todavia, estavam de olho em nós. Mal saímos da grande Tóquio e o tempo começou a abrir e, quando chegamos, duas horas depois, na região do Fuji, o céu estava azul, com apenas algumas nuvens. E lá estava o majestoso Fuji. Com 3.776m, é o pico mais alto do Japão, hoje com mais da metade dele coberto por neve, quase sempre com sua cobertura coberta por nuvens, apesar do céu azul.
Inativo desde 1707, o vulcão entrou em erupção há 8000-10000 anos. As encostas mais altas são de cinzas vulcânicas solta, sem vegetação ou cursos d'água já que há total absorção, como esponja, pela rocha vulcânica. Há 100 anos o Fuji era considerado tão sagrado que só monges e peregrinos podiam subi-lo; as mulheres só foram autorizadas em 1872. Hoje o número de peregrinos é menor do que o de alpinistas. Os cinco lagos, Sai, Shojin, Motosu, Kawaguchi e Yamanaka, no sopé, oferecem instalações de esporte e parques de diversão, principalmente aos habitantes de Tóquio.
Antes de chegarmos no Lago Kawaguchi, de dentro do carro já o vislumbramos no horizonte, só com nuvens no topo. Ao chegarmos lá, tomamos um barco  para um passeio de vinte minutos e que nos proporcionou uma visão única de Monte Fugi sob o ponto de vista daquele lago. Como descobrimos depois, cada lago oferece uma ângulo particular do vulcão, fato que confirmou o acerto que fizemos de escolher este roteiro.
Saídos do Lago Kawaguchi, fomos visitar um museu único e espetacular. O Museu de Arte Itchicu Kubota, o mais famoso designer dos quimonos modernos do Japão. Tem uma exposição chamada Sinfonia da Luz, imperdível, com uma série de quimonos esculpidos e pintados de maneira muito original, como vimos num filme, sendo que a imagem de um continua na do outro, sucedendo as estações do ano. Algo que só vendo para se ter a verdadeira noção da importância dessas obras de arte. Pena que não temos fotos para retratar a magnitude dessas obras peculiares. Quem passar por esta região, não pode perder.
Depois da visita do Lago Sai,  e de sua versão do Monte  Fuji, fomos visitar um conjunto tradicional de casas de teto de palha. Há apenas duas ou três cidades do país onde essas estruturas interessantes podem ser encontradas. A aldeia original foi completamente destruída em um deslizamento de terra em 1966, durante um forte tufão. Quarenta anos depois as fazendas foram reconstruídas e a área virou um museu ao ar livre, mostrando um pouco da história rural. As construções atuais são lar de galerias, lojas de souvenirs, restaurantes e cafés, exibindo o tradicional artesanato da região.
De lago em lago, cada um com uma visão do Fuji, hora mais acanhado, escondendo seu topo nas nuvens, ora mais aberto e esplendoroso, chegamos no Lago Motosu, o mais profundo e mais claro de todos, centro de pesca artesanal da região. Oferece uma bela vista do Fugi. Tão bonito, na verdade, que ele é representado, daquele ponto de vista, nas de 1000 e 5000 ienes.
Um dia inesquecível pelas maravilhas que vimos naquela região, com destaques para o Museu de Arte, as casas rurais reconstruídas e, obviamente, o icônico Monte Fugi.
Amanhã, de trem bala, vamos para Kyoto, antiga capital do Japão e com coisas imperdíveis para se ver. Levaremos de Tóquio e região ótimas recordações. Não esqueçam de ver a postagem de ontem, publicada com um pouco de atraso, mas que tem Tóquio e a florada das cerejeiras e muitas outras coisas interessantes. Aqui na região fomos guiados pela competente e simpática  guia Munakata Nanako, que é free lancer e, por isso, pode ser contatada pelo celular 090-8722-7604, nanako.mnac@i.softbank.jp  ou pelo Facebook. O Motorista de hoje e da ida a Nikko foi o excelente Shigeo Itoh da www.tokyoluckytaxi.co.jp, com o carro sempre limpo, com água e snaks já dentro do carro desde a saída e com um mimo em cada parada, além de simpático e ótimo motorista. Recomendamos para quem precisar de motorista quando aqui vier. Quanto ao hotel Shangri-la, muito bem localizado, inclusive da estação Tókio, ótimo café da manhã, dois restaurantes, suíte muito confortável e toda automatizada e pessoal muito atencioso, tudo sem contar a bela vista da rua das cerejeiras e da parte mais importante da cidade. Recomendamos.
Até Kyoto. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.
Visão do último dos cinco lagos, o Motosu, todos com vistas para o Fuji




Nosso motorista, o Shigeo Itoh

O Fuji deste o lago Motosu




Esta e as próximas são das casas de teto de palha perto do Lago Sai

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Visão do Fuji desde o lago Kawaguchi, onde passeamos de barco

O que pudemos fotografar do Museu de Arte Itchiku Kubota





Mais visões do Fuji desde o lago Kawaguchi




Pequena cidade que fica à beira do lago



Essas são as primeiras visões do Monte Fuji, desde a rodovia



3 comentários:

  1. Olá, lindíssimas paisagens dessa postagem e também de Tókio (apesar da chuva), tenho recebido as postagens por e-mail e estou guardando para o futuro (espero que próximo), beijos aos dois!

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  2. As cerejeiras são lindas, mas essas fotos dos lagos estão surpreendentes! Que vista incrível!
    Beijos, aproveitem!

    Samantha.

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  3. Linda foto do Fugi refletindo nas águas do lago...

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