domingo, 7 de abril de 2013

BALANÇO FINAL DA VIAGEM À ÍNDIA

Seguidores e Seguidoras,



Como sempre acontece e é por todos esperado, no fim de cada viagem procuramos dar aos seguidores deste blog as impressões que trazemos e as conclusões a que chegamos, especialmente depois da visita de um país diferente, grande e complexo como é o caso da Índia, com seus mais de 1.3 bilhões de habitantes.



Os guias que tivemos durante a viagem e os indianos e turistas com quem conversamos, todos ficavam impressionados com o nosso roteiro e o tempo que dedicaríamos a conhecer aquele País. O nosso guia Jaideep, inclusive, nos falou que nunca tinha guiado alguém que tivesse tanta avidez em conhecer profundamente a Índia, como nós, apesar das dificuldades e coisas chocantes que se apresentaram a nós para cumprir esse desiderato. Os leitores deste blog, todavia, já sabem do nosso jeito de fazer turismo. Não nos basta conhecer os highlights turísticos de cada país, muitas vezes maquiados aos gosto médio dos seus visitantes e, muitas vezes, nem de longe, refletem a verdadeira cara daquele povo, sua personalidade, sua realidade social, sua ética, seu meio ambiente, seus gostos, e assim por diante.



Para nós, certamente, seria muito mais fácil e confortável fazer o triângulo de ouro da Índia, feito pela esmagadora maioria dos turistas que visitam aquele País, composto pelo circuito Délhi, Jaipur e Agra, com seu Taj Mahal. Voltaríamos para casa com o conceito simples de que a Índia é exótica, com tesouros turísticos e culturais maravilhosos. Para nós, todavia, seria um vazio, e a viagem não teria saciado nossa fome de conhecer mais e mais, e na sua inteireza, o mundo dos nossos tempos.



Procuraremos, por isso, abrir aqui uma janela onde possam vislumbrar tanto a paisagem agradável e bela como o lado escuro da realidade indiana, proporcionando aos leitores oportunidade de aguçarem sua curiosidade e, quem sabe um dia, aproveitando dos subsídios deste blog, decidirem ir lá ou até, de nunca visitar aquele país. O que vimos da azo às duas possibilidades.


MEIOS DE TRANSPORTE


A viagem de ida e volta, no trecho internacional, foi feita na classe executiva da Emirates. Tínhamos uma grande expectativa em relação a essa empresa aérea, já que todos os que tinham viajado com ela falavam maravilhas. É boa, mas foi abaixo das nossas expectativas. As poltronas da executiva reclinam muito bem e recebem colchão para dormir. São, todavia, um pouco desconfortáveis na posição normal. Ademais, as poltronas são separadas com uma parede alta o que dificulta muito a conversa entre o casal ou entre amigos que vão sentados juntos. A necessaire era bem completa, com produtos da Bulgari. Na ida, a equipe de bordo era muito  jovem e, por isso, o serviço careceu de excelência, o que foi corrigido na volta. Ótimos vinhos e champagnes  e muito boas opções de cardápio. Meio decepcionante foi o lounge da executiva, em Dubai. Tinham nos dito que era o melhor lounge do mundo. Muito longe disso. O do aeroporto de Londres, da British, por exemplo, é muito melhor, inclusive no seu lay out e no conforto das poltronas. Foi sempre muito pontual e o preço competitivo em relação à Qatar, tornou a Emirates uma boa opção custo/benefício para essa viagem.

Na Índia, as empresas aéreas locais prestaram um serviço médio, sempre cobrando pelo serviço de bordo. A Air Índia, todavia, empresa estatal para voos internacionais, deixou muito a desejar na assistência que nos deu em Varanasi, depois do fracassado voo para o Nepal. Descumpriu todas as regras de direito internacional e, para nos atender, tivemos que ser rude com o gerente, no aeroporto. O hotel que nos forneceu, um três estrelas, era horrível. Se tivéssemos feito a viagem nesse padrão, não teríamos suportado trinta dias na Índia e  sobrevivido sem problemas gastrointestinais. Fujam dela, se puderem.

A maior parte dos demais deslocamentos pela Índia foram feitos numa camioneta da Toyota, bem espaçosa e confortável, sempre com motorista e guia. No interior, conforme nos aprofundaremos mais adiante, as estradas são, no mais das vezes, terríveis e a desobediência plena das regras de trânsito nas estradas da Índia, tornou a viagem terrestre uma aventura cheia de riscos.

Utilizamos, também, outros meios de transportes, alternativos para nós e normais para os indianos. O rickshaw, o tuc-tuc, o camelo, o trator e o elefante. O rickshaw, uma bicicleta com três rodas, com um assento coberto atrás, que comportaria normalmente duas pessoas, mesmo porque, na maioria das vezes os condutores são indianos mirrados. Ocorre que, por falta de transporte para todo mundo na Índia de 1.3 bilhões de pessoas, tudo anda superlotado. Não é diferente no rickshaw. Coitado do condutor. Quando andamos, em Délhi, fomos nós dois e o guia, pelas ruelas apertadas e sujas da velha Délhi. É desconfortável, perigoso, dá pena do condutor que, nas pequenas subidas tem que empurrar à mão, sem contar que no congestionamento de motos, carros, carregadores, vacas, pessoas, tu-tuc, etc., as paradas são múltiplas.


O mesmo se pode dizer do tuc-tuc, salvo que é um pouco mais sofisticado. Uma moto 125 transformada em um mini carro, todo coberto e sem portas. Também sempre superlotado e desconfortável e um pouco mais perigoso, já que anda como um carro no meio dos outros, sempre maiores a ameaçá-lo. Andamos com ele em Ahmedabad e em Fatehpur Sikri, um reino abandonado do dia para noite por falta de água, próximo de Agra.


Camelo, no deserto de Jaisalmer e elefante, para subida do Forte Amber, em Jaipur. Só para folclore e fotografia, porque na verdade, são bem desconfortáveis.


Por fim, como estávamos na fazenda, na roça, no interior do Punjab, em Saidowal, o trator até que foi divertido e é uma boa pedida para conhecer adequadamente a vida no campo da Índia.


HOTÉIS


Capítulo importante e fundamental para viajar seguro pela Índia, é a escolha dos hotéis, pela segurança e pela busca diária de um oásis onde você possa fugir das buzinas e congestionamento de gente e  de todo o tipo de transporte antes descritos, além de vacas, cachorros sarnentos, sujeira, lixo e tudo mais que você possa imaginar.


Por isso, nessa viagem conhecemos os melhores hotéis da Índia, alguns deles, dentre os melhores do mundo e outros nada recomendáveis, em cidades não turisticamente relevantes, por não haver outro melhor.


Se você quiser ir à Índia e se sentir como um marajá, um sultão, um rei, basta ficar num dos seguintes hotéis: 


Hotel Taj Mahal Palace, de Mumbaihttp://www.tajhotels.com/Luxury/Grand-Palaces-And-Iconic-Hotels/The-Taj-Mahal-Palace-Mumbai/Overview.html 

O Taj Lake Palace, no meio de um lago, em Udaipur

O Umaid Bhawan Palace, um palácio moderno, sobre uma colina, visto de qualquer parte da cidade de Jodhpur http://www.tajhotels.com/Luxury/Cities/About-Jodhpur.html

Hotel Rambagh Palace, em Jaipur, belíssimo, no meio de uma ampla área ajardinada, com piscinas, pavões e campo de polo com elefantes http://www.tajhotels.com/Luxury/Grand-Palaces-And-Iconic-Hotels/Rambagh-Palace-Jaipur/Overview.html

Hotel The Oberoi Amar Vilas, um luxo em Agra, com todas as suítes com vistas para o Taj Mahal http://www.oberoihotels.com/oberoi_amarvilas/

Hotel The Latit Temple View, em Khajuraho, uma pequena cidade, com cerca de 20 mil habitantes, com aeroporto e pelo menos cinco hotéis cinco estrelas, tudo para ver o templos seculares tobados pela Unesco http://www.thelalit.com/the-lalit-temple-view-khajuraho/overview

O The Leela Palace, como hotel, sem contar a paisagem e estrutura natural ao seu redor, o melhor hotel da viagem, em Délhi http://www.theleela.com/locations/new-delhi



Finalmente, para quem entrar ou sair da Índia por Mumbai e quiser ficar próximo do aeroporto o Hotel Hilton Mumbai Airport é sensacional http://www3.hilton.com/en/hotels/india/hilton-mumbai-international-airport-hotel-BOMAPHI/index.html



Todos esses hotéis são magníficos e imperdíveis. Outros foram ótimos mas tinham algum problema, como cozinha ruim, como o Hotel Suryagarh, em Jaisalmer, belíssimo, construído em forma de um forte, mas que não vamos mencionar todos porque depende de uma opinião subjetiva de cada uma acerca dessa avaliação.

Alguns, porém, fujam, corram, rejeitem como os hotéis Nilambagh Palace, de Bhavnagar e  Hotel Royal Oasis, em Wankaner, antigos palácios de marajás, mas que ficaram velhos, parados no tempo e, como são cidades de pouco afluxo turístico o tratamento, pouco profissional e a comida, deixam muito a desejar em termos de qualidade e segurança quanto à higiene. O de Wankaner era tão ruim e parecia abandonado, que nos recusamos a nos hospedar lá, e fomos para o ótimo Hotel Ista em Ahmedabad. Fujam, também do Hotel Ranjits Svassa, em Amritsar, um casarão colonial antigo, pouco confortável e com uma cozinha horrível. Há melhores hoje em Amritsar.


Como dito na postagem que fizemos sobre o guia Jaideep, para sair ileso de complicações estomacais, que atingem 80% dos turistas que vão à Índia, é fundamental ter um bom guia e bons hotéis. É que, os hotéis cinco e seis estrelas, de padrão internacional têm uma preocupação extremada com a higiene. Seus administradores nos falaram que para treinar um funcionário tirado das favelas indianas (e favelões são quase todas as cidades da Índia) tem que ser ensinado a ele o básico do básico, como apresentá-lo a um vaso sanitário e dizer para que serve e porque ele tem que ser limpo, e assim por diante. Por isso, se você for à Índia, gaste um pouquinho mais e tenha uma viagem segura sob o ponto de vista da saúde.


A ÍNDIA QUE VALE A PENA CONHECER


A Índia é um país de cultura riquíssima, uma civilização que remonta 20 000 anos a.C. na sua pré-história e 7.000 anos a.C. dos primeiros assentamentos agrícolas organizados e, em 2.500 a.C. já tinha uma sofisticada civilização urbana, com ruas de tijolos, rede de esgoto e ruas em padrão de grade. Nessa remota época já tinha domínio de conhecimentos científicos altamente avançados que, até os dias de hoje não foram completamente entendidos e decifrados. Por tudo isso, a Índia é detentora de um patrimônio artístico, histórico, turístico e cultural ímpar, não encontrado em nenhum outro lugar. As religiões, o domínio de outros povos e o regime de marajanato redundaram em templos, fortes, palácios, castelos e obras de artes incríveis e típicos de lá e que merecem ser vistos por quem aprecia conhecer o mundo do seu tempo.


De tudo o que vimos e visitamos nesta viagem e que já está detalhadamente descrito nas postagens quase diárias que fizemos ao longo do mês de março/2013, gostaríamos de destacar as impressionantes Cavernas de Ajanta, com templos e alojamentos para os monges, totalmente entalhados numa encosta rochosa, alguns remontando há mais de mil anos, e as Cavernas Ellora, com templos budistas, hindus e jainistas, também entalhados em rocha dura, merecendo destaque um enorme templo jainistas, esculpido numa grande rocha, de cima para baixo, com perfeição e detalhes riquíssimos e com perfeita proporcionalidade que custa acreditar que foi construído dessa forma tão singular. Esses dois sítios ficam próximo de Aurangabad, uma grande cidade distante de Mumbai cerca de uma hora de voo.


Não menos impressionantes são os cerca de 1008 templos  da meca jainista, na cidade de Palitana, localizados no alto de uma montanha, todos em mármore branco e para alcançá-los, uma longa subida de mais de 4000 degraus, recompensada pela visão dos templos e de toda a região.


Em Ahmedabad, sua incrível mesquita muçulmana, o Ghandi Ashram, na beira de um rio num ambiente que transpira paz e tranquilidade e o Museu Calico, uma das melhores coleções do mundo de têxteis raros e uma história completa e rica do modo de vestir indiano. Nessa cidade também se destaca o mais incrível e sofisticado poço de água que já visitamos, o Adalaj Step. Vale a pena rever a postagem desse dia para ver que sítio impressionante.


Em Udaipur, uma paisagem montanhosa árida  enfeitada por grandes lagos. Ela  reina poderosa nas margens  do Lago Pichola, no centro do qual está o Taj Lake Palace, onde ficamos hospedados, e tendo o Grande Palácio da Cidade, dominando as encostas do lago. Udaipur também é o berço da melhor arte indiana, as pinturas em miniaturas, que sobrevivem com toda força na cooperativa local de pintores e mestres dessa arte tão típica daqui.

Impressionaram também, o magnífico e poderoso e impactante Forte Mehrangarh, perdido no meio de montanhas e do nada, no caminho Jodhpur/Jaisalmer e, em Jodhpur o Forte Kumbhalgarh, onde impressiona a profusão de filigranas e treliças esculpidas em pedra, parecendo renda ou finas esculturas em madeiras. Não tínhamos visto nada parecido antes.


No deserto indiano, em Jaisalmer, além da experiência de andar de camelo no deserto, impõe-se destacar a cidade e seu forte habitado, tudo construído em arenito amarelo que brilha ao sol como ouro. Lá, o que mais emocionou foi a cidade de Kuldhara de mais de 20 000 habitantes, abandonada numa madrugada, por volta do ano de 1650, para evitar que o Marajá local roubasse a filha do chefe do clã, que ele recusara-se a entregá-la voluntariamente no dia anterior. Sabedor que toda a aldeia, de casas e templos ricamente construídos e decorados, fosse destruída, na madruga deslocaram-se para outro reino próximo pedindo e conseguindo proteção. Foi chocante visitar aquele local.


Ainda no deserto indiano, no trajeto Jaisalmer Bikaner, a impressionante revoada de milhares de Grows cinzas vindos da sibéria e do Polo Norte e que lá se concentram porque são bem tratados por funcionários de uma fundação dedicada à sua proteção. Incrível aquela visão da natureza viva.

Em Bikaner valeu muito a pena visitar o Forte Junagarh, um dos mais conservados que encontramos nesta viagem, bem mobiliado e retratando com perfeição toda sua história e  os diversos estilos que foram se sobrepondo com o passar dos anos.

Em Jaipur, uma das três cidades do triângulo de outro mais visitado pela maioria dos turistas que vão à Índia (junto com Délli e Agra), se destacaram e merecem visita, o magnífico Hotel e Palácio Rambah Palace, onde nos hospedamos, no centro de uma rica área verde e ajardinada, o cartão postal da cidade, o Palácio dos Ventos, com sua profusão de janelas onde as damas da corte escondidas olhavam para os cortejos nas ruas e, por fim, a folclórica subida ao Forte Amber no lombo de um elefante. É desconfortável, mas a vista da região que se tem na subida, vale o esforço e o mico.


De lá fomos para Agra. No caminho, um reino inteiro, o Fatehpur Skri, com palácios suntuosos, pátios, jardins, enormes muradas, tudo também abandonado da noite para o dia, agora por falta d'água. Em Agra, duas emoções fortíssimas. Dois lugares imperdíveis para quem vai à Índia. O belíssimo Forte de Agra, local onde viveu e depois morreu, o famoso sultão Shah Jahan, que construiu várias das coisas mais belas e suntuosas  da Índia afora e culminou com o Taj Mahal. Do forte morreu, preso que estava pelo seu próprio filho, olhando a sua mais famosa obra de arte, construída em homenagem à sua mais amada esposa Muntaz Mahal. Impossível ficar indiferente.

O mesmo acontece com o magnífico Taj Mahal. Por mais que já o tivéssemos visto, em documentários de TV, revistas turísticas, livros de história ou, até mesmo, desde o Forte de Agra e da sacada da nossa suíte do ótimo Hotel Oberoi Amar Vilas, não há como ficar indiferente quando se defronta pessoalmente com essa colossal obra de arte de mármore branco. Só indo lá para sentir o que sentimos.

De Agra entramos mais fundo no coração da Índia para ver maravilhas como o enorme e massivo Forte de Gwalior, guardando no seu interior o impressionante Palácio Man Mandir, tanto de dia, como no espetáculo de luzes à noite. Imperdível. E lá você ainda tem uma profusão de templos espetaculares e, de brinde, a estrada da descida está ladeada por majestosas estátuas jainistas entalhadas nas encostas rochosas. Não esperávamos muito de Gwalior mas ela nos pegou de jeito.

De Gwailor, numa estrada que retrata todas as mazelas de Índia, fomos até Orchha. Lá se destacaram e merecem o sacrifício da viagem, o enorme Templo Hindu Chatubhuj e os imperdíveis, porque obras de arte diferentes, cenotáfios ou mausoléus milenares dos reis bundelas.

Seguindo em frente, Khajuraho é uma cidade pequena, mas com aeroporto e uma profusão de hotéis cinco estrelas porque lá estão, inteiramente preservados pelo tempo, o Patrimônio da Unesco, os incomparáveis 25 templos milenares, de 85 que haviam no local, das três principais religiões indiana, o hinduísmo, budismo e jainismo, ganhando destaque a profusão de esculturas eróticas que decoram as paredes externas do principal templo, numa demonstração de que, há mil anos, os hindus eram muito mais liberais e tranquilos no que toca ao sexo, época em que foi criado do famoso Kama Sutra, do que atualmente, altamente influenciados pelas invasões islamitas. Uma pena. Um dos lugares mais impressionantes que visitamos na Índia.

Das belezas de Khajuraho  para a Meca do hinduismo, Varanasi. A cidade é horrível, talvez a pior da Índia. Vale para conhecer os rituais de homenagens ao deus Ganges, cremações, enfeites de corpos para jogar no Ganges, suas procissões, seus Ghats,(mansões dos Marajás e ricos nas marges do rio) os banhos dos fiéis no rio sagrado, o nascer e o por do sol. Lá vimos também, um inusitado templo à deusa Índia, com o mapa do país esculpido em alto relevo em mármore branco. Sim, o país também é um deus.

Inviabilizada a ida para o Nepal, curtimos mais intensamente Délhi. Vale muito a pena para ir a Délhi, para conhecer a Nova Délhi, um oásis de civilização da Índia, mostrando que é possível sim, para eles, construírem uma cidade limpa, ordenada, ajardinada, arborizada, agradável. Foi, porém, uma exceção, em termos de urbanismo, em toda a Índia. Vale ir lá, também, para ver o Templo de Lótus, uma homenagem à concórdia e solidariedade humana, para ver a mesquita Jami Masjid, caso você não possa ir ver a de Ahmedabad, para andar de rickshaw pela cidade velha e ter uma boa ideia do que é a verdadeira Índia, para ver o "Taj Mahal" de Délhi, o magnífico túmulo de Humayun e, por fim, para ver o indescritível Complexo de Qutb, a única Minar Qutb, uma torre magnífica e de muita decoração artística, rodeada por templos, o início de uma nova torre que seria maior que a atual, escolas antigas, túmulos, jardins e muito mais. Vimos tudo isso baseados no melhor hotel onde estivemos na Índia, o The Leela Palace. Não percam.

Agora de trem, percorremos o Punjab, a região mais fértil e rica da Índia. Em Amritsar, a surreal cerimônia de hasteamento das bandeiras do Paquistão e da Índia, uma provocação diária na fronteira  dessas duas nações que já foram uma só. Os mais impressionante, porém, a cereja do bolo desta região, é a meca dos Sikhs, o Templo de Ouro. Um lugar cativante, hipnotizante, mormente aquele templo todo de ouro no meio de um lago, a paz e a mensagem de humildade e igualdade fundamentos daquela religião, fazem desta visita um dos pontos mais importantes dessa grande viagem.

Por fim, para relaxar, encher o espírito de paz, de ar puro, de vida no campo, de luar nos trigais, de andar de trator  no mais profundo interior da Índia, à beira do Himalaya, fomos até Saidowal, no resort de campo Hotel The Pajabiyat. Um lugar mágico.

Como puderam ver, vale muito a pena ir à Índia.


A ÍNDIA QUE NÃO VALE A PENA CONHECER 


Propositalmente não mencionamos Mumbai no capítulo anterior, cidade pela qual iniciamos nossa aventura na Índia, justamente  porque, apesar de ser um lugar conveniente para começar a conhecer a Índia profundamente como nós fizemos, ela é uma síntese do que não vale a pena naquele país. Como mencionamos na primeira postagem desta viagem, quando o nosso voo, vindo de Dubai, se aproximou de Mumbai, como era de manhã, pensamos que ela estava coberta por um fog matinal bem denso. Para nossa surpresa, quando chegamos ao solo constatamos que era poluição nos mais altos níveis possíveis. Perguntamos ao guia o que estava sendo feito para controlar aquilo e nos foi dito que nada. Não conseguíamos enxergar os prédios numa distância de menos de cem metros.

Esse fenômeno, infelizmente se repetiu por quase toda a Índia. Como não há recolhimento de lixo, muitas pessoas e, até mesmo, prefeituras, optam por colocar fogo no lixo, na rua mesmo. As cidades vivem com permanente cheiro de fumaça. As chaminés das empresas, inclusive de muitas fábricas de tijolos, lançam a fumaça negra diretamente no ar sem qualquer tratamento e os carros na sua maioria são muito velhos e contribuem significativamente na poluição do ar. Como dito, nas inúmeras cidades que visitamos, nunca vimos recolhimento de lixo. Mesmo nas grandes cidades, de mais de 5 milhões de habitantes, o lixo está por toda a parte. Na beira das estradas, lixo permanente. Nas ruas, alguns varrem o lixo na frente de sua lojinha ou barraco e faz um monte na divisa com o barraco vizinho. No fim do dia, está espalhado novamente, chutado pelos transeuntes, chafurdado por porcos, cachorros, vacas, ratos....

A Índia é carente de água em praticamente todo o seu território, salvo no Punjab. Todavia, todos os lagos, rios, cursos d'água que vimos pela Índia, estão todos poluídos. Como não há banheiros nas casas ou públicos, todos defecam e urinam por toda a parte, inclusive rios e lagos. Flagramos várias pessoas e até órgão público, jogando toneladas de lixo dentro dos rios. Numa cidade, no norte da Índia, flagramos um pequeno trator, com carregadeira que estava  pegando um monte de lixo próximo de uma ponte e o lançando, inclusive com o chorume já formado em baixo, para dentro de um riacho. Foi chocante. Mais chocante ainda, foi ver as pessoas bebendo diretamente da fonte, essa água poluída, na nossa frente.

O sagrado Ganges é a síntese de tudo. Nele são lançados química das indústrias, cinzas dos hindus cremados nas suas margens, corpos de hindus mortos,  de uma facção que não admite a cremação, vacas sagradas mortas, óleo dos barcos e higiene das pessoas. Apesar disso, em Varanasi vimos os fiéis afastando o lixo com a mãos para depois banharam-se e, por fim, beberem daquele caldo de poluição. Outros chegavam com galões brancos, de plástico, mergulhavam ele no Ganges e, quando emergia, estava negro, com água que era levada para casa ou para outras cidades, para os hindus que não puderam vir até ali, beber. Água onde nós e todo mundo teve que lavar os pés para entrar nos templos, era bebida pelos fiéis na nossa frente.

Essa uma ligeira visão da tragédia ambiental que presenciamos durante toda a nossa viagem.

A tragédia social não é menos grave. O analfabetismo pleno ou funcional atinge mais de 50% da população de 1.3 bilhões de pessoas. A maioria da população vive na extrema miséria, ganhando cerca de 1 dólar por dia. Há pedintes e vendedores de rua por toda parte, implorando por centavos. Nas cidades e nos enormes povoados de beira de estrada, havia uma sucessão de barraquinhas, tipo caixote, com pouco mais de 1m², onde as pessoas, no mais das vezes, tinham um único produto para vender, quase sempre um chips apimentado. A maioria estava às moscas. As ruas, quando pavimentadas, não têm calçadas de pedestres. As pessoas vivem, e muitos dormem, no barro onde, durante o dia, circula todo o tipo de animal. Neste particular, merecem capítulo especial as vacas.

Na Índia as vacas são sagradas, são deusas. Por isso, são respeitadas no trânsito, das quais todos se desviam, e não são mortas para carne apenas tiram o leite. As nossas vacas aqui no Brasil, todavia, são mais sagradas, porque mais bem cuidadas e alimentadas. Lá, nas cidades, praticamente todo mundo tem uma vaca. Como não tem um curral para alojá-las, as soltam nas ruas das cidades, nas estradas, por todos os locais públicos, deixando-as à sua própria sorte. Assim, elas passam o dia comendo lixo, jornal, plástico (era muito comum) e tudo o que pudessem engolir. Como é bom carma tratar a vaca, de vez em quando alguém dava um trato verde para uma delas. No período noturno, como o dono sempre tem alguma coisa para oferecer à vaca, ela retorna para casa. Lá é tirado o leite contaminado, para o consumo e para a venda, e recolhido o cocô para secar e depois usá-lo ou vendê-lo para combustível de fogão. Era muito comum, na beira das estradas, pirâmides de cocô de vaca para vender. No dia seguinte pela manhã, a vaca é solta novamente para infernizar a vida de todos, por toda parte, inclusive grandes rodovias, ruas, palcos, monumentos históricos, etc.  Saliente-se que, por séculos de subalimentação, criou-se uma sub raça de bovinos, inclusive a zebu, que se tornaram anãs, bem menor do que seus similares bem alimentados.

Não menos triste a história dos cachorros, todos vivendo nas ruas, magros e sarnentos. Os filhotes, como as cadelas não conseguem se alimentar, estão agonizantes, à espera da morte, por toda parte. Uma tristeza.

Como a população é muita, e o sistema de transporte público insuficiente, todo meio de transporte está sempre super lotado. Motos 125, para duas pessoas, carregam no mínimo três e chegamos a ver famílias de cinco ou seis pessoas sobre um pequena moto. No interior, Jeeps fazem as vezes de ônibus. 15 a 20 pessoas, em cada um deles. Os ônibus e trens com portas abertas e pessoas penduradas e o teto repleto de pessoas e bagagens. Vimos, pelas estradas, situações de aperto que não podíamos acreditar. O mesmo se repete quanto ao transporte de mercadorias. Postamos algumas fotos mostrando caminhões e tratores carregados com lonas fazendo as vezes de carroceria, transbordando pelos lados e pela traseira, arrastando no chão. Era muito comum ver esses carros e tratores virados na estrada, por excesso de carga.

A frota de carros é velha e arcaica. Caminhões, cujas portas tinham fechadura de portas comuns, de residência. Carro popular nosso, para eles é luxo. Raríssimo, de contar nos dedos, salvo em Nova Délhi, carros médios ou de luxo. 

Nas construções, todos os andaimes eram feitos de bambus amarrados com corda ou cipó. Nada de modulados de ferro. Capacete, nem pensar.

Não há previdência social. Os filhos têm que cuidar dos pais na velhice. Se você adoece no emprego, tem trinta dias, sem remuneração, para se recuperar. Se não se recuperar nesse período, você está exonerado sem qualquer direito ou indenização.

O sistema de castas, apesar de ilegal desde a independência, em 1947, continua em pleno vigor. Os casamentos são arranjados e só casa a moça que tiver um bom dote. Ela é, então, retirada da sua família, para sempre, mesmo que divorciada (o que é raro) ou viúva, não pode voltar. Ficará para sempre na casa do marido, onde todos vivem juntos, com pais, irmãos e cunhados, sendo que a nova mulher que chega é a última na hierarquia e muito subjugada. Na última estatística a respeito, feita em 2010, 74 mil dessas jovens mulheres se suicidaram por não terem qualquer apoio emocional no seio da nova família. Uma tragédia social. 

Nas ruas, o sistema de castas é visível. Quem é de casta superior, manda e desmanda em quem é (a maioria) da casta inferior, que obedece cordeiramente.

As castas são próprias das religiões, especialmente o hinduísmo e, isso, a nosso ver, é motivo da grande miséria que vimos por toda a Índia. A maioria das pessoas vive em extrema miséria, como na idade média ou pior. Estão conformadas, todavia, com isso, porque acham que isso é o seu carma. Se nasci numa casta inferior, é o meu carma e tenho que me conformar. Por isso, não vimos qualquer protestos ou inconformismos com situações extremadas, como uma cidade, pelo meio da qual passa uma rodovia permanentemente movimentada e, como a rodovia ali é de terra, a poeira densa tomou toda a cidade, num calor infernal, e as pessoas continuam, pacificamente, a tocar suas vidas naquilo que denominamos, quando lá passamos, de inferno na terra. Esse é um exemplo do quão nefasto é o hinduísmo e o regime de castas na Índia.

Fica no ar, pois, a pergunta. Onde está a riqueza da Índia dos BRICS, crescendo a índices da China? Nas mãos de uma minoria, de umas poucas famílias que concentram toda a riqueza do País. Não cresce o país, crescem essas oligarquias. Um exemplo é uma empresa chamada TATA. Ela domina uma enorme parcela da economia do País. Diante disso, se vê Tata em tudo. Tata Sky, Tata Mercedes Benz, Tata Marcopolo, sim aqui do no Rio Grande do Sul, Tata Pepsi, Tata batata frita, informática, carros, caminhões, tuc-tucs, tata isso, tata aquilo, quase tudo é tata. E assim é Maruti, Mahindra, etc.. Uma meia dúzia de empresas que domina a política do país e nada entra sem se associar a essas famílias, que são o PIB da Índia.

A falta de educação, já que ela não é obrigatória, o regime de castas, a religiosidade doentia e mística, resultam numa corrupção generalizada, desde o mais humilde até o topo da pirâmide. Na base, as leis existem mas, como disse um guia no início da viagem, se ninguém obedece elas não existem. Assim, salvo raríssimas exceções, ninguém usa capacete no enxame de motos que toma todas as cidades. O país vive racionamento de energia. No interior só durante cerca de 8 horas diárias tem energia. Nas cidades as quedas são constantes, tanto que várias vezes ficamos presos em elevadores. É que o furto de energia, com os famosos "gatos", é prática generalizada. Há lugares que não dá para ver o céu, tamanho o emaranhado de fios. Assim, a empresa produz energia, mas tem baixo retorno, porque ninguém paga e como isso acontece com a maioria dos eleitores, eles não são molestados para que não se perca do voto.

A corrupção está à vista de todos. Segundo nossos guias, somente 50% dos valores das obras contratadas pelo poder público são realmente investidos em melhorias. Os outros 50% ficam nas mãos dos funcionários públicos e políticos. Por isso, é comum ver estradas que deveriam ter duas pistas e só tem uma, bem no meio da estrada. Assim, todos têm que transitar por ali e prevalece a lei que regula todo o trânsito na Índia. A do maior e mais forte. Lá não tem mão e contramão, não tem sinaleira para indicar mudança de direção, nada. Só tem buzina e a lei do mais forte. Quem é maior fica na estrada, quem é menor dá passagem. E o menor de todos é o pedestre. Nos cruzamentos o maior chega e vai entrando, mesmo que tenha outro se aproximando dele. Se for menor, que pare, freie, arraste pneu, desvie. O maior entra. A buzina é permanentemente usada. Uma mão no volante, outra na buzina. Todos os caminhões, tratores, camionetas, têm escrito na traseira: "buzine por favor". Este caos já está institucionalizado, e raramente acontece um acidente ou batida leve. 

Vimos, também, poucas obras pelo país afora, inclusive muitas  estradas começadas e paradas, mas com a base já começada, tornando o trânsito um inferno.

A corrupção também está nos aeroportos, especialmente os do interior, com voos para o exterior. A burocracia é toda feita nos sentido de dificultar a saída, e algum dinheiro ser achacado. Por isso, uma dica. Se você for sair do país, não leve rupias indianas, mesmo que você vá retornar. Eles exigirão que deixe o dinheiro com eles e, tchau e benção, tudo sob a alegação de que não é permitido sair da Índia com dinheiro deles, especialmente notas de 500 (uma fortuna de cerca de 20 reais nossos). 

A pobreza é tão grande que tudo é feito nas ruas, com ferramentas rudimentares. O barbeiro, o mecânico, inclusive pintura de carros a céu aberto, o médico, o dentista, tudo na rua. Neste particular, postamos uma foto onde, num tabuleiro, o dentista tinha exposto dentaduras usadas que eram experimentadas pelos transeuntes. Se servisse, levava. A extração de dente era feita ali mesmo, na rua, poeira, céu aberto.

Por falta de educação, o povo também é muito rude na rua. Se interpõem entre os casais, não pedem licença e, se esbarram em você,  não pedem desculpa. Os vendedores, especialmente de rua, são pegajosos e só nos largavam quando o guia, de casta superior, os advertia. Os homens, especialmente no interior, pouco trabalham e estão sempre em grupos, no centrinho do povoado, a jogar conversa fora, enquanto as mulheres fazem a colheita nos campos, cuidam dos filhos, carregam água, lenha, trato para as vacas e tudo mais, na cabeça, sempre vestidas, da cabeça aos pés, com o saris muito colorido.

A comida indiana, na primeira garfada, é muito saborosa. O grande problema, para nós ocidentais, é o excesso, mas excesso mesmo, de pimenta. Quando diziam que estava fraca, para nós era de queimar os lábios e trancar a garganta. Muitas vezes tivemos que desistir literalmente depois da primeira garfada. Há um ditado entre eles, que comida sem pimenta é comida de enfermo. A comida é predominantemente vegetariana, tudo cozido em curry apimentado. Nos buffets de comida indiana não vegetariana sempre há pratos preparados com galinha, peixe e ovelha. Para beber, o vinho na Índia é caríssimo, com preços proibitivos, quase dez vezes mais que os praticados na Europa.

Quanto ao patrimônio histórico e turístico, a maioria deles só está de pé porque feito de mármore ou pedra resistente. Mesmo assim salvo alguns tombados pela Unesco, estão muito mal conservados. Inclusive o Taj Mahal, onde percebemos  muitas rachaduras e lascas no mármore, com restauração grotesca, conforme foto que postamos na postagem sobre Agra e o Taj Mahal. Muitos palácios enormes e templos magníficos estão em ruínas e não há interesse na restauração, desde que haja algo na região que continue de pé gerando renda. Mesmo em alguns palácios que visitamos, como em Orchha, com afrescos antiquíssimos expostos ao desgastes do tempo e à corrosão de cocô de pombos, que estão por toda a parte já que é bom carma dar comida a eles. O mesmo acontece com algumas portas e janelas antigas, caindo aos pedaços, sem conservação adequada. Uma pena. Um crime contra a humanidade.

Enfim, essa a Índia que não vale a pena visitar.

O balanço, todavia, é muito positivo. Viajamos para isso. Conhecer os países na sua inteireza. E eles são o que são, só queremos conhecê-los, curtir suas coisas boas e ter uma visão o mais abrangente e real possível, do mundo em que vivemos. E este mundo, como a Índia, não é feito somente de sítios turísticos interessantes e belos, muitas vezes maquiados ao gosto do turista. Existe também o povo com sua cultura, suas virtudes e suas mazelas.

Podemos resumir a Índia como um país de profundos contrastes. A extrema riqueza de um punhado de gente e a pobreza medieval de quase um bilhão de pessoas. Hotéis moderníssimos e de altíssimo luxo, vizinhos de grandes favelas. Um enorme potencial de desenvolvimento mas inexplorado por uma multidão de pobres conformados com sua realidade. Monumentos históricos e culturais belíssimos e únicos, ao lado de outros, tão ou mais importantes, esperando recuperação.


Esta foi a viagem de maior audiência aqui do blog. Mais de 2500 acessos durante o mês de março. Tivemos a companhia mais presente de diversos seguidores que, com seus comentários, se fizeram mais próximos de nós e tornaram nossa viagem mais mais agradável e com prazeres mais intensos. Esperamos que tenham curtido a viagem conosco e gostado das postagens e da profusão de fotos que publicamos. Aliás. Tudo está aqui. Quem não viu e quiser conferir com mais profundidade o que destacamos neste balanço final, é só acessar.

Até nossa próxima viagem ou passeio que mereça destaque aqui. Grande beijo a todos. Narcísio e Dirlei.















terça-feira, 2 de abril de 2013

UM GUIA PARA A ÍNDIA

Seguidores e Seguidoras, 


Segundo estatísticas existentes na Índia, cerca de oitenta por cento dos turistas que visitam aquele país são vítimas de problemas de saúde, especialmente estomacais, decorrentes das precárias condições de saneamento básico e higiene que assolam a Índia. Normalmente esses turistas permanecem no país entre 05 e 15 dias.

Os blogueiros, todavia, lá permaneceram por trinta dias e terminaram a viagem sem qualquer problema de saúde. Duas razões fundamentais. Se hospedaram nos melhores hotéis da Índia e tiveram um guia competente e acima de tudo honesto. O guia esteve sempre atento ao que iríamos comer durante toda a viagem, só parando para fazer refeições em lugares seguros sob o ponto de vista da higiene e nos impedindo de consumir qualquer coisa que pudesse nos apresentar riscos.

Por isso, se você for viajar para lá aqui damos a dica de um guia, free-lance, muito preparado, conhecedor profundo da história da Índia, dos seus sítios turísticos, suas cidades, tudo aliado à simpatia e honestidade.

Seu nome é Jaideep Singh Rathore, telefone +91 9828455701 e seu e-mail para contato é jaideepbana@hotmail.com . É diplomado em tourism&hotel managment, bacharel em artes, diplomado em front office managment com experiência em trabalho na rede de resorts de alto luxo Aman Resorts, no Welcome Heritage Hotel  e nos hotéis de alto luxo da rede Taj Group of Hotels.

Tem licença para trabalhar em praticamente toda a Índia e está em vias de conseguir permissão para abranger todos os estados. Fala fluentemente o inglês, o espanhol além do indiano e, o que é mais importante, todos os dialetos locais, que são muitos, por toda a Índia. Conhece bem todo o país.

Nos tratou, desde o início, com muita cordialidade, respeito e bom humor. Se apresentou sempre com asseio pessoal impecável e sempre bem vestido. Sempre que aconteceu qualquer problema, até mesmo com a empresa de turismo na Índia, a Minar, que o contratou para nos guiar, brigou como um leão pelos nossos direitos, sendo sempre bem sucedido.

Já trabalhou com vários brasileiros, inclusive autoridades e, por isso, tem muita afinidade com o Brasil e com muitas palavras da nossa língua. Sempre que passávamos por um local com um sítio turístico e histórico importante e que não estava no nosso roteiro, fazia questão de incluí-lo e fazer a visita, o que enriqueceu muito nossa viagem.

Jaideep nos foi indicado pela Açoriana Turismo, aqui de Florianópolis-SC, que fez um esforço muito grande para que ele trabalhasse conosco,  justamente pela excelência de trabalhos anteriores que ele havia prestado para seus clientes.

Como ele é free-lance, é importante que antes de contratar uma agência turística, aqui ou na Índia, primeiro falar com ele para ver se está disponível e depois indicá-lo para a empresa turística dizendo que prefere os trabalhos dele.

Assim, pela importância de um ótimo guia na Índia, tanto para a sua saúde como para a qualidade da viagem, é que indicamos JAIDEEP SINGH RATHORE, celular +91 9828455701 e e-mail jaideepbana@hotmail.com . Ele também tem conta no Facebook, bastando procurá-lo pelo seu nome completo, parecendo sob seu nome a cidade de Jodpur. Abaixo a foto do mesmo. Esperamos que a sua viagem para a Índia seja consistente e segura como foi a nossa, com o guia Jaideep. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.
Jaideep Singh Rathore, nosso guia na Índia