domingo, 17 de março de 2013

Taj Mahal, Agra e grandes atrações

Seguidores e Seguidoras, 


Hoje acordamos em Agra, no excelente hotel Oberoi, hospedados numa suíte com sacada de frente para o Taj Mahal. Mágico. O Hotel, apesar de ser excelente, tem um sinal de internet muito fraco, o que nos impediu de fazer a postagem de ontem. Por isso, antes de contarmos tudo sobre a visita ao Taj Mahal, relataremos como foi o dia de ontem, que também foi muito especial, diante coisas interessantes que vimos.

Saímos bem cedo do maravilhoso hotel de Jaipur para adentrar mais 230 km pelo coração da Índia, agora rumo à cidade de Agra. A paisagem, uma planície sem fim, se tornou um pouco mais verde por causa da agricultura extensiva, especialmente de trigo. Como em toda a Índia, árvores são poucas, predominando as acácias, cujas folhas são utilizadas para alimentação dos animais. As cidades na beira da estrada, pequenas e médias, com a mesma paisagem. Pura miséria, lixo, vacas, búfalos, cocô......Assunto que nos aprofundaremos no relatório final de viagem.

Pouco depois do meio dia chegamos na primeira atração do dia. Uma cidade, sede de um reino, abandonada da noite para o dia, agora por falta de água. Como as construções eram muito fortes e de arenito vermelho, está muito conservada e nos apresentou um cenário memorável.

Fatehpur Sikri, fundada pelo imperador Akbar entre 1571 e 1585, em homenagem a Salim Chishti, famoso santo daqui, Fatehpur Sikri foi capital mongol por 14 anos. Ótimo exemplo de cidade murada mongol, possui áreas públicas e privadas bem definidas  e portas imponentes. Sua arquitetura, uma mistura de estilos hindus e islâmico, reflete a visão secular de Akbar, assim como o estilo de seu governo. Depois que a cidade foi abandonada por falta de água, muitos tesouros foram pilhados.

Nele encontramos lindos jardins, a casa de banho do Rei com suas centenas de consortes, o Panch Mahal, de cinco andares abertos, este pavilhão de arenito está voltado para o grande pátio. Era ali que as rainhas de Akbar e suas criadas tomavam a fresca brisa do fim da tarde. O mais espetacular, porém, é o grande palácio construído pelo Rei para a esposa que lhe deu o primeiro filho homem, depois de dezenas tentativas que só resultaram mulheres. Esperamos que as fotos possam retratar a magnitude deste lugar, que era cercado por grandes muralhas, hoje quase todas desparecidas.

Dali saímos no meio da tarde e logo em seguida estávamos nos arredores de Agra. Antes de irmos para o  hotel, fomos visitar o famoso Forte de Agra, onde estava o Palácio de Shah Jahan, que construiu o Taj Mahal e onde ele morreu, preso pelo filho, que matou todos os irmãos para subir ao trono, e onde morreu olhando para a maravilha que havia construído para sua mulher amada, falecida no parto de seu 14º filho, história essa de todos conhecida.

Situado na margem oeste do rio Yamuna, o Agra Fort foi construído pelo imperador Akbar entre 1565 e 1573. Suas imponentes fortificações de arenito vermelho formam  um crescente ao longo do rio (desde o Taj Mahal é possível ver, de longe, toda a sua imponência e grandeza) e englobam um complexo de construções  palacianas, em estilos que vão  do ecletismo inicial de Akbar à extrema elegância de Shah Jahan. Os alojamentos ao norte são  acréscimos britânicos do século 19. Um fosso profundo, antes cheio de água do rio Yamuna, rodeia o forte. 

Seus portais de entrada são imponentes e ricamente decorados. Impressiona, também, o pátio interno, com dezenas de aposentos para as mais de cem concubinas do rei, com um lindo gramado central, onde ele se deliciava do seu harém. A grande sala de audiência públicas, a maior que já vimos em todos os castelos que visitamos, já que desde Agra se governava toda a Índia na época dos reis Mongóis, é de beleza ímpar, que as fotos mostrarão.

O que mais choca, todavia, para quem conhece a história de Shah Jahan, é ver os aposentos onde ele passou seus últimos dias - preso que foi pelo filho Aurangzeb - apreciando o Taj Mahal, de onde se tem uma excelente vista, que Shah Jahan construiu e quase levou o reino à falência, em homenagem à sua esposa favorita Mumtaz Mahal. O aposento  é de beleza ímpar. De mármore branco, projetando-se no precipício abaixo, com pedras preciosas encrustadas, trabalho fino de escultura na pedra em alto relevo e filigranas.  Um castelo completo, com diferentes tipos de arquitetura e muito bem conservado. Um visita altamente recomendada.

Hoje acordamos muito cedo para visitar uma das maravilhas do mundo e o local mais visitado da Índia. O Taj Mahal. Ele fica próximo do hotel Oberoi, onde ficamos hospedados e de cuja suíte tínhamos uma vista espetacular dele. O hotel nos providenciou um carro elétrico para nos levar até perto do monumento, já que dispensamos a carruagem com cavalos, pois não valia a pena pela pequena distância.

Um dos monumentos mais famosos do mundo, o Taj Mahal foi construído pelo imperador Mongol Shah Jahan, em memória da esposa favorita, Mumtaz Mahal, que morreu em 1631, dando a luz ao seu décimo quarto filho. As proporções perfeitas e a fantástica perícia artesanal têm sido descritas como visão, sonho, poema, maravilha. Este grandioso túmulo jardim, uma imagem islâmica do jardim do paraíso, custou quase 41 milhões de rupias e 500 kilos de ouro. Cerca de 20 mil operários trabalharam 12 anos para terminá-lo em 1643. 

A entrada no complexo do Taj Mahal, é triunfal. Você entra pelo grande portão e é desde logo impactado pelo monumento/túmulo, no final de um lindo jardim, com um espelho de água no centro. Por mais que você já o tenha visto, em revista, documentário, fotos, etc., você não fica imune àquela visão. Depois de um momento de contemplação, você é compelido a tirar fotos de todos os ângulos e distâncias. À medida que fomos nos aproximando e os detalhes aparecendo fomos percebendo a magnitude da obra, sua engenharia, seus detalhes, seus segredos de perspectiva, tanto dos minaretes como dos escritos do alcorão ou, até mesmo, da decoração das colunas que de um ângulo parece em zigue-zague e, quando você se aproxima, ela parece reta. Quando entramos e vimos que tudo aquilo era para os restos mortais de uma pessoa,  tudo soa megalomaníaco. Mas a beleza  dos desenhos florais delicadamente marchetados com pedra preciosa que vimos embelezando a superfície fria do mármore branco logo se vê que se trata de uma pura obra de arte para deleite de toda a humanidade. Neste particular, foi de especial encantamento ver que, encostando-se a luz de uma lanterna nas pétalas das flores elas adquirem vida, com uma cor bem viva. A mesma luz, no mármore branco, faz com que se ilumine e pareça transparente. Maravilha.

Pena que os Indianos, como acontece em todos os seus monumentos históricos, não estão dando a ele o devido cuidado. A poluição está no ar e no cheiro em volta dele. As partes que se desprendem são repostas de forma grosseira e visível. Esperamos que criem logo a consciência da importância deste maravilhoso monumento, para eles e para toda a humanidade.

Ficamos, nós dois sozinhos, por um longo tempo a admirá-lo, percorrer todo o seu entorno, vendo os prédios laterais que o complementam, a reação das pessoas e nos sentimos privilegiados por estar ali, tão longe de casa, curtindo aquele momento.

Com esses sentimentos no coração, retornamos para o hotel onde tomamos o melhor café da manhã da viagem e depois pegamos novamente a estrada para Gwalior, onde estamos neste momento. Muitas coisas interessantes vimos aqui e ainda vamos ver esta noite. Por isso, amanhã, junto com o que virmos em Orchha, nosso próximo destino, contaremos aqui. Até. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei. 


Os blogueiros, de tuc-tuc, indo visitar Fatehpur Sikri, o império abandonado

Portão de entrada da cidade abandonada de Fatehpur Sikri

Salão de audiência de Fatehpur Sikri, abandonada por falta de água

Visão do grande pátio do castelo de Fatehpur

Visão dos corredores do castelo

Outra visão do portão principal de Fatehpur Sikri

Visão do portão de entrada e do túmulo sagrado de Salim Chisti, que previu que o rei teria um filho homem

Riqueza da decoração do palácio abandonado

Interior do portão principal de Fatehpur Sikri

Palácio construído pelo rei Akbar para a consorte que lhe deu o primeiro filho homem

Piscina onde o rei usufruia suas concubinas

Jardim islâmico mongol, de Fatehpur Sikri

Mais uma visão da piscina das concubinas

Prédio vazado de cinco andares onde a rainha e suas consortes tomavam ar fresco pela tarde

Prédio de audiência do Rei


Jardim interno, do palácio abandonado


Portão principal de acesso ao Forte Agra

Fosso, que antigamente tinha água e crocodilo, no Forte Agra

Outra visão do portal de acesso do Fort Agra

Visão do palácio do Fort Agra

Visão dos jardins do castelo do forte Agra

Decoração interna dos aposentos onde Shah Jahan viveu seus últimos dias preso por ordem do filho

Decoração com pedras encrustadas no mármore, dos aposentos de Shah Jahan

Corredores de mármore do palácio

Vista dos aposentos de Shah Jahan, com o Taj Mahal ao fundo

Dependências das concubinas do rei

Salão de audiências do rei, no Forte Agra


O Taj Mahal

Tumba de de Mumtaz Mahal, a preferida de Shah Jahan, no centro e a deste, à esquerda

Visão da entrada da sepultura

Decoração com pedras encrustadas no mármore do Taj Mahal

Mesquita, no lado direito do Taj Mahal

Minarete do Taj Mahal

Restauração mal feita, no Taj mahal

Descuido dos indianos pelo Taj Mahal

Os jardins do Taj Mahal


O blogueiro, com o Taj Mahal ao fundo

Portão de acesso aos jardins do Taj Mahal

Taj Mahal

Os blogueiros no Taj Mahal

Portão de acesso do Taj mahal

Oberoi, o hotel onde ficamos com vista para o Taj Mahal

Decoração do hotel

Visão de Agra, desde o Hotel Oberoi

Visão do Taj Mahal desde nossa suíte no Oberoi

Visão da nossa suíte dos jardins do hotel e do Taj Mahal

2 comentários:

  1. Caros Dirlei e Narcisio,
    Viagem fantástica e fotos do mesmo nível. Agora, não tem como deixar de comentar como vocês estavam à vontade no lombo do elefante... rsrs.
    Beijos.

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  2. MARAVILHOSO!!!!!! Parabéns pela incrível viagem.

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