sexta-feira, 1 de março de 2013

MUMBAI - ÍNDIA

Seguidores e Seguidoras,

Já estamos em Mumbai. A viagem foi longa, mas não tão desgastante como imaginávamos. A executiva da Emirates teve pontos altos e baixos. Os baixos ficaram por conta da poltrona mais estreita que as demais executivas pelas quais já viajamos e o atendimento das comissárias foi muito impessoal em contraste com a forma carinhosa com que sempre fomos tratados nas outras executivas. Quanto ao mais, serviço com produtos de alta qualidade como vinhos de Bordeaux, champagne legítima, chocolates godiva, grande TV com tela touch e filmes do último Oscar, colchão macio para forrar o assento quando reclinado, teto do avião com estrelinhas, cama que reclina bem, além de pontualidade dos voos. Quanto ao lounge em Dubai, é muito bom, mas perde para o da Britisch de Londres. O aeroporto de Dubai, por seu turno, é um show de modernidade.

O voo de Dubai a Mumbai foi feito em 2 horas. Quando nos aproximamos do aeroporto estranhamos vimos que tinha um denso fog sobre toda a cidade. Quando aterrizamos e o transfer  nos trazia para o hotel, não conseguíamos ver os prédios no outro lado da baía. Perguntamos, então, para o guia se era uma neblina ou era poluição. Para nossa tristeza, a resposta foi poluição causada pelos carros, já que as indústrias ficam longe da cidade. 

Quanto à cidade, a sua periferia é tudo o que se vê na TV. Muita favela, sujeira e tuc tucs. O trânsito, sempre caótico, com muita buzina, mas nenhuma batida. Já estão acostumados com o caos.  O hotel, o Taj Mahal Mumbai Palace, fica num prédio majestoso, de frente para o mar, na parte mais rica da cidade. Muito bem decorado, com uma piscina muito bonita, no seu interior, além de convidativa, diante do forte calor que faz por aqui. Hoje a temperatura chegou aos 34 graus. Quanto ao horário, estamos 8,30 h. na frente do Brasil. Portanto, cuidado para não nos ligarem fora de ora.

Hoje, já alojados numa enorme suíte, de frente para o Arco da Índia e do mar proliferado de todo o tipo de barcos e navios, tomamos um bom banho, descansamos um pouco e, às14,00 h., o carro veio nos pegar para um City Tour.

Mumbai, antiga Bombaim, capital de Mabarasbtra, é a cidade mais povoada, cerca de 20 milhões de habitantes, dinâmica e cosmopolita da Índia. Centro financeiro do país e seu porto mais movimentado, ela também abriga a maior indústria cinematográfica do mundo, conhecida como Bollywood, com produção de mais de 1000 filmes por ano. Formada por sete ilhas pantanosas quando os portugueses a conquistaram, em 1534, Bombaim(corruptela da expressão portuguesa "boa baía") foi parar nas mãos da Coroa Britânica, em 1661, como dote de Catarina de Bragança, quando casou com Carlos II.

O passeio de hoje mostrou que Mumbai tem grandes contrastes. Arranha-céus se erguem junto às construções vitorianas suntuosas, bazares tradicionais e barulhentos convivem com shoppings modernos e bairros ricos  estão cercados de favelas. Como absorve muita mão de obra, aqui aportam indianos e todas as etnias.

Seus prédios e ruas mais bonitas ficam na região da Kala Ghoda, logo atrás no hotel onde estamos. Kala Ghoda(cavalo preto) tirou o nome da estátua equestre do rei Eduardo VII, que ficava no cruzamento da rua Mahatma Gandhi com a K. Dubash Marg. Esta área histórica, centro de atividades culturais, estende-se da Wellington Fountain, na ponta sul da Mahatma Gandhi Road até a Bombay  University, ao norte, ladeada pelo Oval Maiden e pela base naval de Lion Gate. Conta com galerias de arte, cafés, restaurantes, lojas finas e boutiques.

Destacam-se na região a Torre do Relógio, com 78 metros, que se destaca num complexo de prédios universitários de Mumbai, tem figuras que representam  diferentes comunidades indianas. Ali também está o belíssimo e enorme prédio da Corte Suprema, semelhante a um forte, é o segundo maior prédio público da cidade. Tem grandiosa escadaria central e uma famosa e grande biblioteca. Ali também estão o Elphinstone College, em cuja parte gótico-veneziana abriga o State Archives, a Nacional Gallery de Arte Moderna, a Galeria de Artes Jehangir e o Prince Wales Museum, que visitamos.  Afamado pelas magníficas esculturas e pinturas em miniatura, o acervo do Prince of Wales Museum está instalado em um grandioso prédio indo-sarraceno, projeto por George Wittet. A pedra fundamental foi assentada pelo príncipe de Gales(depois Jorge V), em 1905. Nele destacamos uma completa coleção temporária de múmias do Egito, arte indiana de todas as idades, inclusive antes de cristo, a estatueta de marfim da jovem pársi Bai Aimai, com suas roupas tradicionais e o Buda Maitreya, belo exemplar da arte nepalesa, esta imagem dourada de bronze do século 12.  Suas tapeçarias, esculturas e objetos históricos desta exótica região, faz com que valha a pena visitá-lo.

Visitamos, também, o Museu Ghandi, que está localizado numa casa de um amigo seu aqui na cidade e onde ele se hospedou nos primeiros anos da revolução pacífica que destronou os ingleses destas terras. Destacam-se o seu aposento singelo, com todos os utensílios que usava no dia a dia, inclusive vários teares manuais, onde ele fazia suas roupas. Em duas salas, em ordem cronológica, caixas/quadro contêm a representação, com mini esculturas, do cotidiano da sua vida, desde jovem, com seus estudos em Londres, suas lutas até sua morte. Além disso, manuscritos, documentos históricos, objetos de uso no dia a dia, fazem com que seja imperdível para quem vem para este lugar tão distante.

Outro destaque ficou por conta da Victória Terminus, exemplar mais notável da arquitetura gótica vitoriana, a Victória Terminus Railway Station é uma obra excêntrica, com cúpulas, torres e arcos. Projetada por Frederick William Stevens e decorada por estudantes de arte e artesãos locais, foi terminada em 1888. Seu nome comemorava o Jubileu de Ouro da Rainha Vitória. Agora é sede da Central Railway, por onde passam, todos os dias, mais de mil trens e 2 milhões de passageiros, o que inclui a multidão que mora nos subúrbios. Em 2004 foi declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

Nos impressionou sobremaneira, também, uma favela dedicada à lavação de roupa. Na verdade, uma verdadeira lavanderia da cidade. Tanques de cimento enfileirados, cheios de água, com homens lavando as roupas. sim, aqui a tarefa é deles. Por incrível que pareça, mesmo naquelas condições, as roupas brancas lá penduradas para secar, estavam mesmo brancas. Esperamos que as fotos retratem com mais precisão essa cena inusitada.

Logicamente que a cidade tem potencial para ser muito mais bela e interessante. Seus boulevares arborizados perdem a beleza porque as árvores e os prédios estão impregnados de poluição, tirando todo o seu vigor e beleza. Dois parques ajardinados que visitamos, um deles, o Hanging Gardens, que dá vista para a praia de Mumbai lá embaixo, imprópria para banho em razão da poluição, apesar de terem alguns canteiros bem cuidados, seus caminhos são de barro, com poeira e lama, tornando desagradável, lugares que poderiam ser belíssimos.

Amanhã, antes de viajarmos para Aurangabad, daremos mais uma volta a pé pela cidade, inclusive pelo famoso Portal da Índia, quando estão daremos a final impressão da cidade. Teremos mais fotos, inclusive, porque viajando de carro muitas vezes não dá para parar para um foto. Até a manhã. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.



Visão do mar de Mumbai, repleto de barcos, deste a suíte do nosso Hotel

Também da nossa suíte, a visão do Portão da Índia

A blogueira, na suíte, com o colar de flores que ganhamos na recepção

Torre do Relógio de Rajabai, na Universidade de Mumbai

Vitória Terminus, terminal de trem de Mumbai

Esta e as próximas fotos, da lavanderia a céu aberto de Mumbai



Visão da Praia de Mumbai, desde o parque da Taowers of Silense

Esta e as próximas, fotos dos parques e jardins de Mumbai, com bonitos canteiros mas com estrutura ruim





Biblioteca de Ghandi, no seu museu

Estátua de Ghandi, no interior do museu

Museu Príncipe de Gales

Visão dos corredores do nosso hotel















Um comentário:

  1. Caros Amigos,

    Iniciei hoje a viagem com vocês.
    Gostei muito das fotos, principalmente das lavanderias a céu aberto.
    Não esqueçam de saciar a sede com sagradas águas do Ganges, olhando sempre, antes, para ver se algo estranho não vem boiando.
    Segunda´feira estarei em Las Vegas, onde devo ficar por uma semana.
    Abraços do amigo,
    Nelson

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