quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

VIAGEM DE NATAL NA PATAGÔNIA CHILENA

Seguidores e Seguidoras,

De 20 a 28 de dezembro, como de costume, passaremos mais um período de Natal num dos paraísos da América do Sul, descrito com um dos lugares mais lindos do mundo, o Parque Nacional de Torres del Paine. Desfrutaremos a fundo o lugar, hospedando-nos no Explora Patagônia, o único hotel dentro do Parque Nacional e no qual as aventuras já estão incluídas nas diárias. 

Quem acompanhou, no final do ano passado, nossa estada no Explora Atacama, sabe do que estamos falando. O Explora é um cinco estrelas voltado para fornecer aos seus clientes todo tipo de aventura que estiver ao teu alcance e forma física. Eles providenciam tudo. Desde a programação para toda a sua estada, feita no saguão do hotel, até cavalos, bicicletas, 4x4, barcos, equipamentos de todo o gênero e, mesmo, café da manhã no lugar em que você amanhecer, almoço de alto nível com vinho, salmão e verduras frescas lá no fim do mundo ou mesmo, um cordeiro patagônico feito no fogo de chão de uma fazenda alcançada no lombo do cavalo. Fantástico.

Gostamos tanto das aventuras no Atacama que vamos repetir a dose, agora na Patagônia Chilena. Lá o forte deles são uma dezena de possibilidades de passeios a cavalo e outras tantas de caminhadas, ambos de todos os níveis possíveis. Você que escolhe o que lhe apetece fazer. Até mesmo ficar sentado no passadiço de madeira ou na sua suíte, contemplando o lago, a cascata e as Torres del Paine logo ali, só prá você.  Nesse panorama será a ceia de natal.

Tudo, naturalmente, estará aqui. Não sabemos se durante a viagem, porque não sabemos da qualidade do sinal naquela vastidão da Patagônia,  onde só tem o hotel e a cidade mais próxima está há mais de quatro horas de viagem de carro, ou se faremos no final de viagem, como fizemos naquela do Atacama. Aguardem, porque as paisagens de tirar o fôlego e as aventuras prometem. Feliz Natal a todos. Até. Beijos. Narcísio e Dirlei.

sábado, 5 de outubro de 2013

BALANÇO FINAL DA VIAGEM AOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA

Seguidoras e Seguidores,

Dos Estados Unidos já conhecíamos New York, Washington e Las Vegas como base para conhecermos o Grand Cânion. O blogueiro já conhecia Chicago e região, por ter estudado lá em 1996.  Achávamos que era o suficiente para conhecermos daquele País, por cujo povo e cultura não nutrimos muita simpatia. Restava, todavia, lá no fundo de cada um de nós, pelos documentários que assistíamos na TV, se não valeria a pena conhecer os mais importantes parques nacionais americanos, por sua beleza natural e animais selvagens. O mote para quebrarmos a resistência de voltarmos foi o fato do visto do blogueiro vencer no próximo ano e a humilhação de providenciar um novo. Decididos, com um pé atrás, lá fomos nós. E, como verão ao final, valeu muito a pena, especialmente  pela região oeste do País. Antes, porém, algumas dicas importantes para os amantes de viagens e deste blog.

A EMPRESA AÉREA: A melhor oferta na classe executiva foi da Delta Airlines. Compramos um pouco preocupados, porque nossa filha Juliana viajou com ela anos atrás, também para os Estados Unidos, e teve sérios problemas com perda de conexão e atendimento ruim. Para nós, todavia, foi uma grata surpresa. Talvez a empresa aérea mais pontual dentre as quais já viajamos. Todos os voos, tanto da ida, com conexão, quanto da volta, direto de NY, saíram antes da hora programada. Incrível. O atendimento do pessoal foi muito atencioso, a comida boa e, mais importante, a cama reta e confortável, permitindo um bom sono. Por isso, a recomendamos.

OS HOTÉIS: Costumamos viajar de carro no mês de setembro, por ser baixa temporada e termos facilidade para encontrarmos hotel. Fomos surpreendidos, todavia, nos Estados Unidos, em algumas cidades, porque eles costumam promover congressos e conferências nesta época do ano. Por esta razão, tivemos dificuldades de encontrar hotel no Parque de Yellowstone, Chicago e Boston. Nas demais cidades não encontramos qualquer dificuldade. Na maioria das cidades ficamos na Rede Hilton, da qual temos cartão fidelidade, e que inclui uma série de hotéis de nomes diferentes, como o Hampton Inn, do Double Three, o Hilton Inn e assim por diante. Todos de ótima qualidade e com ótimo ou bom café da manhã. Recomendamos essa rede de hotéis nos USA, porque estão por todos os lugares. Não recomendamos o Hyatt de Aspen, pelo preço e péssimo serviço e café da manhã. Recomendamos muito  o Hotel Ahwanee que fica no Vale do Parque de Yosemite.  Tradicional e chique, bom serviço e boa comida e com animais selvagens andando pelos seus jardins. O mesmo se pode dizer do Bardessono, em Yountville, no Napa Valley. Recomendamos, também, o Sheraton de Boston, pela localização e excelente café da manhã e o Hilton Midtown, na esquina da 6st com a 54st, em New York, pela ótima localização. Quase tudo ao alcance de uma pernada como o Central Park, a 5ª Avenida, a Broadway e estações de metrô. Existem, todavia, em profusão, hotéis para todos os preços e gostos, em todas as cidades pelas quais passamos, inclusive dentro de alguns parques nacionais.

DIRIGIR NOS ESTADOS UNIDOS (ATENÇÃO PARA AS DICAS): O carro que nos coube quando fomos na locadora Hertz,  em San Francisco, foi um SUV Ford Edge. Para uma longa viagem, foi um bom carro. Potente, consumo razoável, confortável e muito espaço para a bagagem. As estradas são bem conservadas, salvo algumas em lugares ermos, com asfalto um pouco irregular, mas sem buracos. Onde você pensar em ir, sempre haverá uma estrada boa asfaltada, inclusive nos parques nacionais. Os limites de velocidades são  geralmente baixos, em torno de 50 a 60 milhas e as máximas não passam de 75 milhas, ou 119 km, no oeste, com raríssima fiscalização nas estradas e com motoristas bem obedientes aos limites. Quando os superam, fazem sempre com moderação. No leste, os limites de velocidades baixam para 50 milhas e, mais raramente, 65 milhas, e com uma viatura policial a cada curva, quase sempre abordando alguém. Normalmente, quando viajamos no fluxo dos demais veículos, mesmo um pouco acima do limite, não fomos abordados. Dizem que eles sempre toleram 5 milhas acima do limite. Viajamos quase sempre assim e nunca fomos parados.

Nas estradas, o grande problema são as ultrapassagens.  Se o motorista da frente está a 50 milhas e o de trás 50,1, ele sai muito antes, nessa mesma velocidade e demora muitos kms para completar a ultrapassagem, tal qual, um caminhão pesado ultrapassando o outro, numa subida. Tem que ter paciência, porque como a diferença de velocidade é muito parecida, muitas vezes eles ficam um longo tempo lado a lado. Diferente dos escandinavos, todavia, eles não apresentam qualquer dificuldade para você ultrapassá-los.

Um grande problema das estradas americanas, nos quase 13 mil quilômetros que trafegamos, são os postos de serviço. Salvo nas estradas pedagiadas, a maioria dos postos são em cidades, tendo você que sair da estradas sem, todavia, saber, a que distância está o posto. E muito cuidado porque, principalmente no oeste e seus vastos desertos, você corre o risco de ficar sem combustível, pois são raros os avisos da distância do próximo posto. 

No abastecimento, algumas dicas. Todos os postos são self service, com uso de cartão de crédito. Alguns pedem o Zip Code, ou Código de Endereçamento Postal. A dica é digitar só cinco números. Sempre digitávamos 88015(Aqui de Floripa) e todos os postos que pediram aceitaram. Outra dica importante é sempre dizer sim para a opção "do you want receipt? e esperar a impressão, já que algumas vezes demora um pouquinho ou aparecem outras perguntas, como, quer lavação, quer seguro prá isso, doação para aquilo. O recibo é importante porque num posto isolado, no deserto, abastecemos e, mesmo tendo dito sim ao recibo, ele não apareceu. Seguimos em frente e, mais adiante, recebemos um aviso no celular de que havia sido descontado um valor superior ao do abastecimento (quase o dobro). Por isso, se a bomba não imprimir, vá ao caixa dos mercadinhos sempre existentes no local e peça o recibo.

Nas cidades, são poucos os motoristas que te dão a vez, quando você tem que entrar na pista, ou mudar dela. Tomar cuidado nos cruzamentos. A regra é que quem vai sair à direita pode seguir mesmo no sinal vermelho, desde que o trânsito esteja livre. Por isso, salvo quando você for infletir à direita, nunca fique na pista da direita, porque ela está reservada para quem vai fazer a inflexão nesse sentido. Quando essa manobra  não é permitida, tem um placa informando.

Outra dica importante é relacionada aos cruzamentos sem semáforo. Todos as esquinas tem sinal de Pare. Não vale a regra do Brasil, da preferência de quem vem da direita. Lá, todos param e a preferência é de quem chegou primeiro no cruzamento. Funciona perfeitamente. 

AS CIDADES: Nossa prioridade nesta viagem era a natureza e os parques nacionais americanos. Todavia visitamos algumas cidades importantes, sobre as quais, deixaremos aqui breves impressões, já que nos aprofundamos a respeito nas postagens respectivas.

Começamos por San Francisco. Vale muito a pena visitá-la. Muito bonita, com grandes parques, jardim japonês, jardim botânico, obras de arte, etc. e de onde se tem belas vistas do mar, da Golden Gate, de Alcatraz e da própria cidade, sem contar que lá está a maravilha do Palácio de Finas Artes e Exploratorium, conforme mostram as fotos da segunda postagem da viagem. São um pouco distantes do centro mas vale pegar um táxi ou um transporte público para ir até eles. O Fisherman Wharf, as antigas docas, hoje um shopping a céu aberto, com muitos restaurantes, variadas lojas, museu do mar, sem contar os leões marinhos que tomaram os antigos ancoradouros dos pescadores para si. E ainda tem a Lombard Street,  Chinatown, seus morros íngremes e ondulados e seus bondes tradicionais.

Ali perto de San Francisco, a bucólica Yountville, no Napa Valley, merece uma visita quando estiver na região. Uma jóia de cidade. Mais pro sul, Monterrey, com seu aquário e a chique Carmel, que tem mais  galerias de arte por m² que já vimos, além do fato de ter, ao mesmo tempo, um clima de montanha e de cidade praiana, conforme descrevemos na postagem respectiva.

Fresno é um cidade base para visitar os Parques de Sequoia, o Kings Cânion e Yosemite. Se você quiser visitá-los indo de avião, a cidade tem um aeroporto com muitos voos.

Aspen e Vail, duas pérolas das Rochosas, no Colorado, famosas estações de esqui. Pequenas e charmosas, um lugar para descansar, beber e comer bem, e apreciar as lojas de grife, o clima de serra, suas montanhas.

Denver, capital do Colorado, apesar de chuvosa quando a visitamos  se mostrou com potencial de ser visitada por quem passar pela região, especialmente por sua rua principal, a 16ª Street Mall, com calçadas largas e ajardinadas, ótimo comércio e belos prédios.

Salt Lake City. Uma cidade dominada pelos mórmons, mas de uma beleza indescritível. Quase perfeita. Toda ajardinada e florida, ruas com caçadas largas, shoppings e prédios comerciais com lobbies arborizados e floridos. Uma maravilha de cidade. Somente seu Salt Lake, que fica distante do centro, não vale a pena ser visitado.

Em Montana, Missoula é uma cidade estratégica, especialmente  quem quiser visitar o Vale do Bitteroot e a região rochosa do Estado.

Keystone é a cidade base para quem pretender visitar o Mount Ruhsmore National Memorial, onde se encontram as faces de quatro presidentes e o Crazy Horse, entalhados nas rochas, além de ser um região montanhosa muito linda.

Chicago é belíssima. À beira do Lake Michigan, com um parque verde e cheio de atrações, o Navy Pier e a cidade, com lindos prédios de arquitetura moderníssima que privilegiaram grandes espaços urbanos entre eles, belas ruas e avenidas. Uma cidade plasticamente linda, grande e completa. Vale visitá-la.

Boston, em Massachusets, uma cidade historicamente importante dos EUA, tem uma parte mais humanizada, com lindos parques, o Beacon Hill e duas ruas de alta classe, a Marlborough e a Newbury,muito bonitas. Outra parte, especialmente o distrito financeiro e o dos teatros, já é mais labiríntica e não muito atraente. Dá, porém, na região das docas, o Waterfront, muito interessante e agradável de se visitar. Vale para quem passar pela região.

Por fim, New York. Cosmopolita, já não se mostrou muito atraente, com trânsito congestionadíssimo, muito suja, decadente, (muitos sacoleiros) e afetada pela crise de 2008, está muito menos charmosa do que em 2000/2001, quando a visitamos. Mas, é sempre New York, com suas inúmeras atrações, shows, museus, restaurantes. De se destacar, todavia, a maravilha que é o The High Line, um parque suspenso, numa antiga linha férrea abandonada que cruza algumas ruas na parte sul da cidade.

OESTE AMERICANO E SUAS BELEZAS NATURAIS: Este o ponto alto e imperdível dos Estados Unidos. Vale uma viagem só para isso. Há coisas nessa região que não vimos em nenhum outro lugar do mundo. A última era glacial deixou uma herança magnífica, que o povo americano soube, como ninguém, preservá-la e prepará-la para seu povo e os turistas aproveitá-la intensamente e com todo o conforto e comodidade.

Começamos pela estonteante beleza da Pacific Coast Highway, desde Carmel e mais de 100 kms ao sul. Uma das estrada mais lindas que já visitamos, por suas paisagens de perder o fôlego.

O SEQUOIA NATIONAL PARK E O KINGS CÂNION NATIONAL PARK. Indescritível a sensação de conhecer esta maravilha da natureza. Sequoias e pinheiros americanos gigantes fazem você ter a sensação de que é minúsculo. Como é possível entrar no parque de carro até o início da trilha para a maior das árvores, a General Sherman, você começa a experimentar a sensação de ser um inseto já dentro do carro, passando por entre as gigantes. O ápice é a trilha que leva à big one, quando se caminha entre sequoias de várias idades e tamanhos, algumas caídas ao solo, tendo uma sensação que não pode ser descrita. Só vivida. A General Sherman é somente o ser vivo na terra com a maior massa e tida com sendo um dos mais velhos do mundo, com cerca de 1600 anos. Imperdível.
Por uma estrada que liga os dois parques pelo seu interior, chegamos ao Kings Cânion, menos famoso mas de uma beleza ímpar. Quem visitar as sequoias, é só andar mais um pouquinho, por uma densa floresta, e acessará mais essa beleza natural americana.

YOSEMITE. Em termos de beleza plástica, sem dúvida é um dos mais lindos, senão o mais lindo dos parques americanos. Ali a última era glacial deixou sua marca indelével. Paredões rochosos, como o El Captain, impactantes, quedas d'água e vales de tirar o fôlego. O mapa do parque recomenda várias saídas do caminho principal, cada um deles dando numa paisagem mais linda que a outra. Aqui, realmente cabe aquela vulgarizada expressão, de que não há palavras suficientes onde caibam tantas sensações e emoções profundas.

MONUMENT VALLEY. Talvez o mais conhecido dos filmes de Far West americanos. Nenhum deles, todavia, foi capaz de retratar a sensação de ver aquelas monumentais esculturas rochosas brotando do chão. Um sensação única. Pena que a manutenção do parque está nas mãos dos índios, que não têm o mesmo respeito e capricho que os americanos dedicaram aos demais parques.

ARCHES NATIONAL PARK E CÂNIONLANDS. Para quem visitar o Monument Valley, mais famoso, é só seguir a estrada até a cidade de Moab, com farta estrutura hoteleira, para visitar essas duas maravilhas da natureza que a água e o vento esculpiram através dos milênios. Os arcos de pedra são alguma coisa do outro mundo, tão inverossímeis e diferentes de tudo. As paisagens rochosas dessa região, tão conhecida dos americanos e negligenciada pela maioria dos turistas estrangeiros, são tão belas, tão impactantes, tão diferentes, que são definitivamente imperdíveis.

MONTANHAS ROCHOSAS. Um lugar para ser curtido e saboreado devagar. Dirigir por suas estradas na garganta do cânion, visitar e ficar em algumas das suas inúmeras e famosas estações de esqui, como Aspen e Vail, já darão uma visão fantástica das famosas Rocky Mountain americanas, no Colorado.

GRAN TETON NATIONAL PARK. Aqui o destaque é sua cadeia montanhosa, onde se destaca o pico do Monte Grand Teton e, no pé dessas montanhas, lagos, queda d'água, rios, animais selvagens. Um lugar para se ver com sol, já que se trata de uma cadeia montanhosa de picos nevados que forma uma paisagem estonteante com tudo o que há no seu entorno. 

YELLOWSTONE. Sem dúvida foi o ápice da viagem. É o mais completo dos parques nacionais americanos. Se puder visitar apenas um, visite este. Gêiseres, um mais lindo e diferente que o outro, cânions, quedas d'água magníficas, ursos, bisões, alces, lobos, tudo ao alcance da visão, às vezes até próximo demais, quase ao alcance da mão e em profusão. Paisagens exuberantes, montanhas, lagos, pradarias, tudo está lá formando um conjunto sem igual. É só alugar um carro, pegar um mapa e seguir as indicações. Tudo estará ao teu alcance, inclusive por trilhas bem estruturadas. Para terem uma sensação do que foi a visita a Yellowstone, dêm uma olha na postagem "Yellowstone - 12 horas indescritíves", com 96 fotos. Em resumo. visitar Yellowstone é imperdível, imperdível, imperdível.

MONTANA. Sempre foi um sonho nosso conhecer o Estado de Montana, tanto por filmes que assistimos ambientados em suas paisagens, como pelo livro Colapso, de Jared Diamond, que havíamos lido. Três características nos impressionaram. Os seus espaços abertos, ou Big Sky, extensas regiões onde se tem a impressão de que se está numa grande e interminável cratera rasa, cercados de montanhas sempre muito distante, uma sucedendo a outra, parecendo-se com um outro planeta. Esses espaços vão se sucedendo até se chegar numa região montanhosa, no parque e vale do Bitteroot, mais ao norte, repetindo-se essa paisagem, agora mais linda, por outro vale, quando retornamos em direção ao leste. A terceira característica marcante foi seu povo. Por onde andamos, sempre muito receptivo, caloroso mesmo, como se fôssemos velhos conhecidos.

MOUNT RUSHMORE NATIONAL MEMORIAL. O último dos parques nacionais que visitamos, que nos impressionou, primeiro pela beleza da região montanhosa, depois pela intervenção artística humana na natureza, esculpindo na rocha, com perfeição de detalhes e perspectiva, o busto de quatro presidentes americanos e o Crazy Horse, um tributo aos índios daquela região, expulsos de suas terras pelos brancos e que, quando pronto, será a maior do mundo no gênero. Duas obras impactantes, que emocionam e que merecem muito serem visitadas.

OS DESERTOS. Como atravessamos os Estados Unidos desde o Pacífico até o Atlântico, impressionou a vasta extensão do território americano coberta por desertos e semi desertos áridos, apenas com vegetação rasteira típica e intermináveis. Foram muitos milhares, literalmente, de quilômetros  percorridos só nesse ambiente, muito maior do que imaginávamos.

Foi, sem dúvidas, uma viagem que valeu muito a pena, especialmente pela beleza e organização dos parques nacionais, pelo litoral oeste e por cidades como San Fancisco, Chicago e Boston. Setembro não é o melhor mês para conhecer a região do Monument Valley, Moab e o Colorado, onde pegamos chuva além da conta. Fomos ler a respeito e constatamos que isso é normal naquela região no referido mês. Talvez junho tivesse sido mais adequado para ela, já que os parques dessa região, com a cor vermelho/alaranjada do seu solo e rochas, seriam muito mais lindos com o sol neles refletindo.

Lógico que os detalhes deste balanço final estão nas postagens diárias que fizemos durante toda a viagem, ilustradas com muitas fotos. Elas estão todas aí para serem consultadas a qualquer tempo.

Muitas comentários dos amigos e admiradores deste blog, como o Zucco, o Brandão e a Eloisa, o Nelson Mendes, os colegas do MP, as meninas do gabinete e os parentes, nos divertiram e melhoraram nossa viagem. Como sempre fizemos, desta vez a homenagem especial vai para o entusiasmo de pessoas que nem nos conhecem pessoalmente, mas parecem íntimos por este meio, o Paulo Hanauer e a Inês Santos e o maridão, estes também blogueiros e amantes de viagens como nós. Obrigado a todos pelo carinho.

A próxima viagem já está programada e também estará aqui. Será no final de Dezembro, para a belíssima Patagônia Chilena, mas especificamente no Hotel Explora Patagônia, o único dentro do Parque Nacional de Torres del Paine, com suite de frente para elas e com muitas aventuras incluídas. Aguardem. Até. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei. 




  







segunda-feira, 30 de setembro de 2013

REVISITANDO NEW YORK E THE HIGH LINE

Seguidoras e Seguidores,

No dia 25, depois de sairmos de Boston, demos uma passada em Providence, Capital do Estado de Rhode Islan. Só demos uma volta no seu centro, que não é muito atrativo, já que suas principais atrações turísticas estão em áreas mais distantes. Como não tínhamos tempo para vê-las, abaixo algumas fotos da região central da cidade, que vive em função dos eventos que ocorrem em Boston.

Chegamos em New York no dia 26 e, depois de mais de 8 mil milhas viajadas de carro, constatamos o caos do trânsito da cidade. Impossível transitar nela de carro. Em plena meia tarde, caminhões e carros de entrega estacionados em todas as ruas, às vezes em fila dupla, congestionando tudo. Para devolvermos o carro para a locadora, algumas quadras do Hilton, demoramos cerca de 1h30. 

Ontem dedicamos o dia a revisitar a cidade, 13 anos depois da última visita, de mais de 10 dias. Existem cidades no mundo que você pode voltar várias vezes, e elas estão cada vez melhores. Outras, todavia, especialmente quando você guarda ótimas lembranças, você nunca mais deveria voltar lá, sob pena de decepção. Foi o caso de New York, ressalvado pela criativa, interessante e linda The High Line, sobre a qual falaremos mais tarde.

Ficamos no Hilton Midtown, estratégicamente muito bem localizado,com quase tudo podendo ser alcançado a pé e com estação de Metrô bem próxima. Recomendamos.

Depois de um café da manhã muito bom, começamos por rever o Central Park. O tínhamos visitado no inverno. Pensamos que, agora verde, estaria mais bonito e interessante. Ledo engano. Com ar de abandonado, mal cuidado, sujo, algumas obras, nem de longe foi aquele de 13 anos passados.

De lá pegamos o metrô para o sul da ilha para ver como estava a região do World Trade Center. Dois grandes edifícios  já estão prontos no local mas uma grande área ainda está vazia, faltando a maior parte do projeto para ser concluída. A crise de 2008 atrasou tudo.

Andamos por aquela região e parecia que estávamos num país latino. O ar era de Paraguai. Quase toda a cidade está assim. Só se escuta espanhol. A aparência da população em nada pareceu com a que havíamos visto país afora. Aqui mais uma confirmação do que já constatamos pelo mundo. Se você quiser conhecer o povo de um país, não vá a cidades cosmopolitas como New York, Londres, Paris etc. Aliás, não julgue o povo de um país pelo dessas regiões. Nenhuma similitude.

Como não o havíamos feito na visita anterior, por causa do frio, agora andamos até a metade da Ponte do Brooklin a pé. Vale apenas para ver a majestosa obra, que custou muitas vidas, conforme documentário que já assistimos. Quanto ao mais, a parte central, onde poder-se-ia ter uma visão do rio está com defensas altas que impedem qualquer visão.

Mais uma caminhada pela cidade, muito suja e cheia de obras, com regiões grandes de calçadas cobertas ou impedidas, fomos conhecer a única coisa de interessante que não havia na cidade na época da visita anterior  e que agora valoriza uma extensa região da parte sul da cidade. A The High Line. Espetacular.

O que era um elevado, no meio do prédios e por cima das ruas, para o trilho do trem e que estava há muito abandonado, enferrujado e enfeiando a regão, hoje é um lindo parque suspenso, todo ajardinado, arborizado, gramado, com uma pista bem cuidada para caminhada no seu centro e com várias partes com obras de arte, áreas para tomar sol, bancos para ler e descansar, bares, sorveterias, feirinhas e, até uma pequena arquibancada, sobre uma rua, onde você pode ver o trânsito de outro ângulo, fluindo lá embaixo. Nos prédios e nas placas de publicidade que circundam a área, obras de arte, pinturas modernas. Um show, com muita gente circulando por aquela maravilha criativa de quase 2 kms. A fotos abaixo darão para todos uma ideia desta obra fantástica.

Segundo notícia que lemos, a urbanização daquela linha de trem, valorizou em muito uma região quase abandonada da cidade, com aluguel e preços de imóveis nas alturas e diversos projetos novos estão sendo implementados.

Ela situa-se entre a Gansenvoort Street, três quadras abaixo da 14st e  a 30st west. Um grupo de amigos da região se uniu pela ideia que depois foi assumida pela empresa ferroviária e pela Prefeitura de NY, sendo que sua última parte foi concluída em 2011. Hoje o parque suspenso é mantido pelo órgão responsável pelos parques da Cidade. É imperdível para quem hoje vem a New York.  

À noite, fomos assistir o divertidíssimo Mamma Mia, na Broadway. Demos boas risadas, escutamos as músicas da época de juventude, do ABBA e assistimos ótimas performances do atores, cantores, dançarinos.

Depois jantamos no italiano Gattopardo, de ótima carta de vinhos italianos, mas de comida apenas razoável.

Enfim, New York, salvo a exceção que mencionamos, parece mais pobre, mais latina, mais suja, mais caótica e sem o charme de antanho. Muitas coisas, porém, tem para se fazer aqui e, para quem ainda não a conhece, ainda vale a pena.

Voltaremos em breve ao blog para, como sempre fazemos e porque tem sido a postagem mais lida em todas as viagens, o balanço final desta aventura do Pacífico ao Atlântico nos Estados Unidos da América. Não percam. Até lá. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.


Esta e as próximas fotos são de Providence, capital de Rhode Island, onde estivemos um dia antes de irmos para New York







Esta e as próximas fotos são do Central Park, em NY e que, apesar de mal cuidado, ainda tem suas belezas







Esta e as próximas fotos são da região do antigo Worl Trade Center, agora em reconstrução, com os prédios já prontos ou quase


Esta e as próximas são visões de NY desde a Ponte do Brooklin



Esta  e as próximas fotos são da imperdível e interessante The High Line, velha linha férrea suspensa entre os prédios do sul de NY, transformada em parque 








Tem até arquibancada para ver o trânsito de outro ângulo



E até um casamento sendo celebrado lá na incrível The High Line


Áreas de descanso e leitura e obras de arte








sexta-feira, 27 de setembro de 2013

FINALMENTE, NEW YORK

Seguidores e Seguidoras,

O restaurante era o Le Bernardin. O dia era do aniversário do blogueiro. A cidade, New York, depois de mais de 8 mil milhas viajadas desde San Francisco até aqui. Na entrada, uma taça de champagne, para celebrar. O  jantar francês, consistia em, pelo menos, cinco fases. De todas, destacamos a Lasanha de Lagosta. Divina. Para harmonizar, um Poully Fumée do Vale do Loir, que reinou soberano por todas as fases do serviço. O serviço, ao mesmo tempo imperceptível mas, sempre presente. O vinho e a água nunca atingiram níveis perigosos. Depois do último gole, não passou dez segundos sem que os copos fossem recolhidos. As sobremesas, não se pode definir se o melhor foi a apresentação ou o sabor. Quase três horas de degustação vagarosa. A vela acesa, com uma mousse de chocolate e um sorbet, venho com a discrição devida. Enfim, isso é que o basta por hoje. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

BOSTON NA SUA INTEIREZA

Seguidoras e Seguidores,

Ontem não publicamos nada de Boston, por problemas técnicos na internet do Sheraton. Agora, já no Hilton de Providence, em Rhode Island, lá vai.

Ontem foi dia para se dedicar integralmente a conhecer Boston. Após o ótimo café da manhã do Sheraton, talvez o melhor da viagem, sol e pleno céu azul, guia na mão, fomos conhecer a famosa Boston. 

Na região onde nos encontramos a cidade é mais espaçosa e humanizada, com uma grande área aberta, onde há um enorme espelho d'água, na Christian Science Plaza e dois grandes parques, o belíssimo e ajardinado Public Garden e o maior, gramado e arborizado Boston Common, propiciando qualidade de vida ao povo daqui.

Próximo do  Boston Common se localiza o Beacon Hill, por onde demos uma caminhada. As encostas no lado sul de Beacon Hill constituíam, entre as décadas de 1790 e 1870, a área mais procurada de Boston, até a elite se transferir para Back Bay, mais exclusiva. Diversas casas do bairro foram projetadas pelo consagrado arquiteto Charles Bulfinch e seus discípulos, e a encosta sul cresceu como modelo de arquitetura de estilo federal (neoclássica). As casas mais bonitas  ficam em Boston Common ou no alto da colina, de onde se têm lindas vistas. Embora as primeiras fossem construídas bem afastadas da rua, a crise econômica de 1807-12 produziu uma série de casas geminadas à beira da calçada.

Dali, passamos pela Massachusetts State House. A pedra fundamental da Massachusetts State House foi lançada em 1785 por Paul Revere e Samuel Adams. Terminada em 1798, a sede do governo do estado, com projeto de Charles Bulfinch, serviu de modelo para o edifício do Capitólio, em Washington, DC, e de inspiração para a sede de governo de outros estados. Sua cúpula dourada serve de marco zero para Massachusetts.

De lá fomos para o labiríntico e repleto de prédios altos e modernos, o centro financeiro de Boston. Emparedada entre esses grandes prédios está  a Old State House. Hoje apequenada pelas torres do Distrito Financeiro, ela foi sede do governo colonial britânico entre 1713 e 1776. Em 1776 a Declaração de Independência dos Estados Unidos foi lida de um balcão da fachada leste. Um círculo de pedras arredondadas marca o local do que ficou conhecido  como o Massacre de Boston. Em 5 de março de 1770, colonos provocaram os guardas britânicos com  com insultos, pedras e bolas de neve. Os soldados abriram fogo e mataram cinco colonos. Depois do Tea Party, este foi um dos acontecimentos mais inflamados que levaram à Revolução Americana.

Ziguezagueando por aquela região, passamos pela prefeitura velha, um prédio clássico bonito e, pela nova, de muito mau gosto, além do Cemitério da Kings Chapel, dos pioneiros desta região.

Dali fomos para a região das antigas docas, hoje transformadas em hotéis de luxo. Os grandes mercados públicos, como os nossos, um ao lado do outro, hoje porém, já transformados em lugares agradáveis, com o seu centro tornando-se um calçadão, com bares, restaurantes e outras opções de lazer. Menos mal que o nosso atual prefeito acordou para isso e está dando a mesma destinação para o nosso, atualmente mal cheiroso e de mau gosto.

De lá fomos até o mar, com suas marinas, seus barcos de passageiros, grandes navios entrando e saindo, o aeroporto ao fundo. Ficamos ali a admirar o Atlântico, como já havíamos feito com o Pacífico, em San Francisco. O local é conhecido como Waterfront de Boston. É uma das áreas mais fascinantes da cidade. A orla margeada por desembarcadouros e armazéns - um lembrete do passado da cidade como grande porto comercial, conta com várias atrações, com aquário e museus. Um lugar para ser visitado.

Por outra região, começamos o retorno em direção ao hotel. Passamos pelo distrito dos teatros e depois fomos visitar a mais bela e importante igreja da cidade. A Trinity Church. Esta obra prima de Henry Hobson Richardson, considerada uma das melhores edificações  dos EUA, data de 1877. A Igreja é uma belíssima estrutura românica de granito e pedra calcária, apoiada sobre estacas de madeira que atravessam  a terra até um leito de rocha, encimadas por pirâmides de granito. John Lafarge projetou o interior, enquanto algumas janelas foram desenhadas por Edward Burne-Jones e executadas por William Morris. Vale muito a visita. Apesar de católica, lembra rapidamente as igrejas ortodoxas que vimos na Rússia e região.

Hoje, antes de sairmos da cidade, resolvemos visitar outra região que não havíamos visitado ontem. Na Marlborough Street encontramos uma rua toda arborizada com um belo casario de estrutura neoclássica, do mesmo estilo do Beacon Hill antes mencionado. Uma quadra antes está a não mesmo bela e chiquérrima Newbury Street, sinônimo de estilo de Boston. Ladeada de lojas de alta moda, galerias de arte e restaurantes chiques, lugar para apreciar os bem vestidos daqui. 

Concluindo, Boston é uma bela e interessante cidade, cheia de regiões muito bonitas e agradáveis e outras mais confusas e labirínticas. Não nos provocou, todavia, o mesmo encantamento que Chicago, que consideramos imperdível.

Agora estamos em Providence, no Estado de Rhode Island, mais uma bela cidade desta região para, amanhã, nos dirigirmos para New York, onde terminaremos a viagem no dia 28. Voltaremos aqui em breve. Até. Beijos. Narcísio e Dirlei.


Esta e as próximas fotos são da região mais moderna e humanizada de Boston, com espaços abertos e ajardinamento de calçadas e hall de prédios





O Public Garden, um dos belos parques que aumentam a qualidade de vida em Boston




Esta e as próximas são do casario neoclássico do Beacon Hill, local onde antigamente residiam os endinheirados de Boston




O Massachusetts State House, sede do Governo e marco zero de Boston

Cemitério dos colonizadores da região de Boston

O Distrito Financeiro da Cidade

A Old State House, antiga sede dos colonizadores Ingleses, perdida entre os prédios do distrito financeiro

Esta e as próximas são fotos do Waterfront, de Boston, a antiga região portuária transformada em centro de lazer, arte e cultura







Alguns prédios antigos perdidos entre os novos

Antiga prefeitura de Boston



A Trinity Church, a mais bela e importante da cidade


Cadillac restaurado, numa rua do centro

Esta e as próximas são da chique região leste da cidade



Esta e as próximas são do casario neoclássico das duas ruas mais chiques da cidade, a Marlborough e a Newbury