terça-feira, 29 de maio de 2012

ÚLTIMO DIA, MUITAS FOTOS, WINDSOR E A IRRACIONALIDADE DO SISTEMA DE TRÂNSITO INGLÊS

Seguidores e Seguidoras,

Hoje é o último dia de mais uma viagem de carro por uma região do mundo. Desta vez, o Reino Unido. Já estamos hospedados no Hilton do aeroporto de Heathrow, perto de Londres para, amanhã bem cedo pegarmos o voo para Amsterdam e de lá para o Brasil, onde chegaremos por volta das 23,00 horas. A propósito, uma dica. O Hotel Hilton tem uma passarela tubular que dá direto na área de check in do aeroporto. Uma comodidade e uma dica para quem tiver que se hospedar próximo do aeroporto para um voo.

Vamos às notícias de hoje e não são boas. Saímos um pouco antes das 10,00 horas de Oxford para visitarmos o Castelo de Windsor e depois entregar o carro e vir para o hotel. Pegamos a M40, uma das principais rodovias da região, ora com três, ora com quatro pistas. Tão logo entramos na estrada o GPS alertou que havia congestionamento, mas que não havia outra alternativa, porque todas estavam na mesma situação. E assim foi. Poucos kms depois e um monstro engarrafamento em todas as pistas. Parado. Quando andava, era muito lento. Teve um momento que ficamos literalmente parados por cerca de meia hora. Depois de um longo tempo nessa interminável fila, de cerca de 40 ou 50 km, chegamos na saída rumo ao Castelo de Windsor, na esperança de que ali o trânsito começasse a fluir. Ledo engano. Continou parado, apesar de pista dupla. Resultado. Já havia passado mais de três horas e meia e havíamos percorridos menos de 30 kms e ainda faltavam alguns para o Castelo. Fizemos as contas e concluímos que naquele ritmo estávamos correndo o risco de não entregar o carro a tempo, às 18,00, na Hertz. Abortamos a visita, que se tornou impraticável já que depois dela ainda tínhamos que abastecer e entregar o carro, num ponto cerca de 10km longe do aeroporto. Resumo, Windsor ficou para uma próxima vinda a Londres, como um convite para voltar.

Diante disso, aproveitaremos esta postagem para postarmos todas as  fotos em atraso já que a internet do Hilton é ótima, e relatar aos seguidores e seguidoras, o caos em que se encontra o sistema de trânsito da Inglaterra, somente por culpa deles. Por pura falta de investimento. Muito por causa das milhares de rótulas que colocaram país afora, ao invés de fazerem viadutos, túneis ou elevados.

A primeira irracionalidade do trânsito dos ingleses é dirigir no lado direito do carro. Uma solução da época das carroças e carruagens, onde o freio manual ficava no lado direito, porque exigia muita força do braço com mais força e habilidade, para acioná-lo. E continuaram na época das carroças, de forma irracional. Sempre achamos aquilo estranho. Por que, a maior parte do mundo dirige do outro lado, eles continuam assim? A Escadinávia dirigia assim e mudou na década de 60. Não expressávamos nossa opinião esperando passar por uma experiência como esta de dirigir durante um mês desta forma. Agora podemos dizer, com todas as letras que é irracional, no mínimo. Toda a força do braço direito, todas as habilidades da mão direita ficam embretadas contra a porta só para a simples e fácil função de segurar o volante. O resto, tudo tem que ser feito com o teu lado cego, com a mão com menos habilidades. Trocar a marcha, acionar todos os controles do carro, cd, gps, rádio, pegar um óculos de sol dado por quem te acompanha, um biscoito, etc., qualquer coisa tem que ser feita pela mão canhota, a mão sem habilidade, com muita dificuldade. Enquanto isso, a mão direita está lá, praticamente inutilizada, já que não tem mais freio de carroça.

De outra parte, o sitema de trânsito deles está inviabilizado. Encontramos engarrafamento a qualquer hora do dia em todas as partes do país. O principal motivo. As rótulas e  sinaleira nos grandes cruzamentos, aliadas à falta de viadutos ou elevados. E olha que eles se orgulham delas. Só não tem rótula nas grandes rodovias tipo M1. Nas demais, seja com quatro, três, duas ou uma pista, todas tem. É um anda e para interminável. Muitas vezes, numa estrada de velocidade máxima deles aqui, ridículos 113 km/h, com três ou quatro pista, você chega numa rotatória de 4 ou até cinco saídas. É uma zona. Carros se cruzando dentro da rótula, com iminentes batidas, buzinadas e tudo mais.  E o trânsito engarrafado alguns kilômetros antes de cada rótula. E o mais absurdo. Você vem andando numa estrada de duas ou três pistas e, no outro lado da rótula, na continuação da estrada, ela se transforma em pista simples. Imaginem o engarrafamento de gente vinda de três para entrar só numa pista. O caos, repercutindo em todas as quatro estradas que ali chegam. Só para não investirem em viadutos e elevados.

Outro problema. As grandes rodovias passam distantes da maioria das cidades, que são acessadas por rodovias simples ou de mão dupla, cheias de rótulas, sinaleiras e que passam por dentro de pequenas cidades, onde, invariavelmente a rua principal é transformada em rodovia com velocidades mínimas de 32 a 48 km/h. Resultado, todas essas estradas de acesso estão saturadas. Mesmo as grandes estradas estão sempre saturadas, sempre cheias na iminência do engarrafamento. Isto que eles estão em crise. Se crescerem mais um pouco o País vai parar nas suas rodovias.

Outro absurdo é o sistema de radares. Tem radar aos milhares, por todos os lugares. Alguns colocados de sacanagem. Nas estradas de pista simples, onde todos andam em filas atrás de caminhões, de vez em quando fazem uma milha ou duas de pista dupla para ultrapassagem. Quando você aumenta a velocidade para ultrapassar, lá está o radar para te pegar, já que como a velocidade é baixíssima, os caminhões andam quase no seu limite. Para ultrapassá-los você normalmente ultrapassa um pouco esse limite já que todos querem aproveitar para passar os mais lentos. Você será multado por isso, mesmo que tenha, somente por alguns segundos, ultrapassado o limite até voltar para sua pista.

A propósito. Esperávamos encontrar poucos caminhões e muitos trens. Foi o contrário. As estradas lotadas de caminhões enormes e pouquíssimos trens.

Amanhã será dia de retorno. Tão logo chegarmos em casa faremos um balanço da viagem, como sempre fazemos. Adiantamos que foi muito positivo, como puderam perceber das postagens. Abordaremos mais fundo questões tais como fomos tratados nos cinco países, os pontos altos e baixo de cada um deles, seu meio ambiente, etc. Aguardem. Até lá. Beijos a todos.

Esta e a próxima foto são  do engarrafamento que enfrentamos hoje na M40


Centro comercial de Norwich

Esta e as próximas duas fotos são da Elm Hill, uma das mais belas ruas medievais da Inglaterra em Norwich



Catedral de Norwich, feita com pedras que vieram de Caen, França

Casario de Norwich

Interior da Catedral de Norwich, com seu teto trabalhado


Pedra comemorativa do milênio da Catedral

Arquitetura de Norwick

Esta e as próximas fotos são de Lavenham, considerada a mais perfeita das pequenas cidades inglesas




Little Hall, em Lavenham, cuja história foi contada na postagem respectiva

Catedral de Lavenham

Ruínas da rica Abadia de Bury St Edmunds, destruída a mando de Henrique VIII

Catedral de Bury

Esta e as próximas duas fotos, do casario de Bury St Edmund's



Teto de madeira, lindamente trabalhado, da Catedral de Bury

Um dos muitos parques da bela praina Bournemouth

Agitada rua da ensolarada Bournemouth

Praia de areia fina e píer de Bournemouth

Casario da brasileira Exeter


A Mol's Coffee House, de 1596, na Praça da Catedral, Exeter

Escola de samba de Exeter, descrita na postagem respectiva


A blogueira, posando numa rua florida de Exeter

Esta e a próxima foto são da região portuária de Exeter


Esta e a próxima do Monte Saint Michel, no extremo sul da Inglaterra


Esta e as duas próximas fotos são de Truro, Capital administrativa da Cornualha


 

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Oxford e Churchill no Blenheim Palace

Seguidores e Seguidoras,

Hoje foi dia de nos aprofundarmos em Oxford e na vida de Winston Churchill, conhecendo o Palácio de sua família, o Blenheim Palace, próximo 15 kms daqui.

Tomado o ótimo café da manhã do Malmaison, saimos para conhecer melhor Oxford. Como cidade é muito melhor do que a bagunçada Cambridge. Mais agradável, mais fácil de se conhecer, mais limpa, Oxford causou boa impressão, embora essas cidades vivam às custas de suas universidades. Aqui, plasticamente, elas não são tão bonitas quanto às de Cambridge. Muito mais difíceis, porém, de serem visitadas. A maioria está fechada ao público, até mesmo seus pátios e jardins. Para conhecê-los, e somente algumas, tem que passar por um rígido controle e caro pagamento.

Muitas das 36 faculdades que formam a universidade foram fundadas entre os séculos 13 e 16 e situam-se em torno do centro da cidade. Como o ensino era privilégio  exclusivo da igreja, os prédios foram inspirados  na arquitetura dos monastérios, mas normalmente cercados e belos jardins, mas não tanto quanto os de Cambridge. Apesar de muitas faculdades terem sido alteradas com o passar dos anos, várias ainda conservam partes de suas características originais.

A mais famosa  biblioteca da cidade, a Bodlein Library, fundada em 1320, ela foi ampliada em 1426 por Humphrey, duque de Gloucester e irmão de Henrique V, quando sua coleção não cabia mais na antiga. Foi reinaugurada  em 1602 por thomas Bodley, um rico erudito, que fixou regras rígidas: o guardião, por exemplo, não podia casar. A biblioteca recebe um volume de todo livro publicado na Grã-Bretanha, pois é uma das designadas a controlar os direitos autorais.

Quanto á cidade de Oxford, há muito tempo é um ponto estratégico no caminho de Londres e o oeste do País. Seu nome daí surgiu: era um local  apropriado para cruzar o rio, a ford for oxen, uma passagem para bois. Em 1667, chegaram da França os eruditos, que fundaram  a primeira universidade do País. A multiplicação de seus prédios criou uma espetacular paisagem de "agulhas sonhadoras".

Em todas as faculdades, os estudantes  ainda comem em longas mesas onde os professores ocupam a cabeceira e rezam em latim.

Pela proximidade de Londres a visita é fácil e, por isso, vale a pena.

No meio da tarde, com é bem próximo, fomos conhecer o lindo Blenheim Palace. John Churchill, o primeiro Duque de Marlborough, derrotou os franceses na batalha de Bleinheim em 1704. Para demonstrar sua gratidão, a rainha Ana lhe deu o Domínio de Woodstock e mandou construir o Bleinheim Palace para ele, uma obra prima barroca projetada por  Nicholas Hawksmoor e John Vanbrugh. Neste palácio nasceu, em 1874, o lider inglês Winston Churchill. A história do líder, com sua vóz ao fundo, é completa e mostra toda sua genialidade. Destacam-se a Longa Biblioteca, o Great Hall e o Saloon.

Seus magníficos jardins são um caso à parte. Neles a ponte Grand Bridge, construída em 1708, conta com quartos dentro da sua estrutura.
Um lugar belíssimo e culturalmente importante. Vale a sua visita.

No fim da tarde, um chopp (draft) desceu redondo, diante do céu azul e forte calor que tem feito há quase duas semanas. Depois, no jantar, acompanhado de um tempranillo espanhol, um entrecôte no restaurante do hotel, coroou o dia.

Amanhã, aprofundaremos a visita ao Castelo de Windsor, o mais belo da Inglaterra. Contaremos aqui em detalhes. Até lá. Beijos a todos.

Visão aérea da universide Mary the Virgin church

Mais uma faculdade de Oxford

Casario da principal rua de Oxford

Uma das mais antigas casas de Oxford

Prédio de outra faculdade

Bridge of Sighs, de 1914, une o prédio velho ao novo da Hertford College

Sheldonian Theatre

Mostra dos pátios das faculdades de Oxford

Rio Tâmisa, aqui em Oxford

Fundos do Bleinheim Palace


Visão geral do Bleinheim Palace, onde Churchill nasceu

A Grand Bridge, com quartos para dormir

Lago do Bleinheim Palace

Obelisco nos jardins do palácio

Casario do centro de Oxford

Visão de uma das torres das faculdades de Oxford