segunda-feira, 24 de setembro de 2012

O metrô de Moscou

Seguidores e Seguidoras,


Hoje o dia foi de descanso pela manhã e visita guiada pelo famoso Metrô de Moscou, no período vespertino. O guia chegou ao hotel por volta das 14,30 horas e, a pé nos dirigimos à estação da Praça Vermelha, que fica aqui bem próximo, onde começamos o tour.

O Metrô de Moscou teve sua construção iniciada em 1931, para melhorar o transporte público da cidade e como fator ideológico de propaganda comunista, tanto que aquelas construídas originalmente e no auge do regimão, têm vários motivos relacionados à revolução russa. Os trens começaram a circular em 15 de maio de 1935, quando foram inauguradas  suas primeiras 13 estações. Hoje já são 174 e continuam expandindo seus mais de 300 kms de linhas. As novas estações não trazem a pujança das primeiras, nas quais foram utilizadas vinte espécies de mármore vindos dos Montes Urais, Altai, da Ásia Central, Ucrânia e Cáucaso, além de outras tantas variedades de pedras preciosas, como o ônix, o granito a rodonita e o pórfido. Os solenes salões das estações estão decorados por estátuas, baixos relevos, mosaicos e vitrais.

Uma das mais belas estações é a Mayakovskaia. Tem aspecto elegante e majestoso. Seu salão se destaca por esbeltas colunas com inoxidável e granito vermelho. As abóbodas do teto contém toda espécie de mosaicos do pintor A. Deineka. Em 1937, os autores dessa estação foram premiados com o Grand Prix, na Exposição Universal de Paris. Nesse mesmo evento as primeiras estações do Metrô de Moscou receberam o prêmio por excelência em  urbanismo subterrâneo.

Outra estação das mais destacadas é a Kievskaya-Koltsevaya, de 1954, executada pelos arquitetos E. Katonin, V. Skúgarev e G. Gólubev. Lindos candelabros e molduras com pinturas nas paredes, dão a sensação de que você está num dos diversos palácios europeus.

A Estação da Praça da Revolução, de 1938, do Arquiteto A. Dushkin, se destaca por suas diversas esculturas homenageando os revolucionários, com homens e mulheres com armas, instrumentos de trabalho, livros, etc. A estação Arbatskaya, também se destaca pelos belíssimos candelabros, ao passo que a Komsomolskaya-koltsevaya, além dos candelabros, tem o teto com belíssimas molduras com armas e brasões e outros símbolos.

Outra coisa que impressiona no Metrô de Moscou é a inacreditável profundidade dele. Em algumas delas você desce radicalmente cerca de 70 a  90 metros solo adentro e, lá embaixo, desce mais um pouco para pegar outras linhas que por ali cruzam. Como já dito em postagem anterior, cada uma dessas escadas rolantes é iluminada por luminárias diferentes.

Hoje, o Metrô de Moscou transporta cerca de 3 milhões de passageiros por dia. Nele se pode cruzar a grande Moscou de um extremo a outro em cerca de 50 minutos, algo impossível de se fazer de carro.  O ticket custa cerca de um dólar e vale enquanto você não sair dele. Para quem não é russo é difícil circular por ele, já que tudo é escrito no diferente alfabeto daqui que não tem nenhuma similitude com o nosso. Você se sente analfabeto dentro dele. Essa é a crítica que a ele tem que ser feita, mormente porque, por ele, transitam muitos turistas, a maioria deles com guias, para não se perderem no seu labirinto de linhas e estações. Uma visita imperdível para quem passar por Moscou.

Feita a visita, no fim da tarde fomos dar uma última volta pela cidade, passeando pela região da sua principal rua de comércio, a Tverskaya, onde, numa de suas transversais, sentamos num café para um chocolate quente e alguns quitutes, já que estava muito frio e chovendo lá fora, e onde conversamos acerca da beleza da cidade e sua gente, mas também do excesso de fumantes (a perspectiva de vida de um homem é de 66 anos) e do quão perigosos motoristas e pouco educados eles são.  Uma cidade que merece ser visitada, por tudo o que relatamos aqui neste espaço nos dias que aqui estivemos. 

Amanhã é dia de pegar o voo para adentrarmos fundo na Rússia, com destino a Kazan e, se der tempo, a Bulgar. Tudo será aqui relatado. Aguardem. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.

Mostra da profundidade do Metrô de Moscou

Estação da Praça da Revolução, com suas esculturas marcantes

Esta e as próximas são detalhes das esculturas da estação da Praça da Revolução



Estação sob a estação ferroviária, simbolizada por molduras de ferro nas laterais

Esta e as duas próximas, inclusive com os blogueiros, são da linda estação Komsomolskaya-koltsevaya



Esta estação se destaca pela colunatas de mármore

Uma das mais belas, a estação Kievskaya

Mosaicos premiados, no teto da estação Kievskaya

Estação sob os teatros com motivos que a isso se referem, como atores e dançarinos

Shopping ladeado por restos da antiga murada e primeira entrada da cidade

Paredão de prédios do regime soviético que se destaca da principal rua de comércio, a Tverskaya

Rua Tverskaya







2 comentários:

  1. Tovarichy Narcísio e Dirlei,
    Concordo plenamente com as observações, tanto positivas quanto negativas, do metrô de Moscou. A profundidade e especialmente a riqueza da decoração são impressionantes. Agora, para nós é praticamente impossível andar neles sem o apoio de um guia. Uma grande diferença, por exemplo, do metrô de Atenas que além do grego tem todas as indicações em inglês, o que o torna totalmente acessível.
    Um grande beijo e boa viagem pelo interior.
    Paulo

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  2. Postando 3 anos depois, mas para quem ler será importante: O aplicativo Yandex Metro para smartphones deixa o metrô tão simples que nem precisa ler o idioma.
    Abraços

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