quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Enfim, Saint Petersburg

Seguidores e Seguidoras,

A viagem foi longa. Floripa-Rio-Frankfurt-Saint Petersburg. Viemos pela Executiva da Lufthansa. Avião muito velho e a pior executiva que já pegamos. Com o Airbus 347-300 não recomendamos porque as poltronas são muito estreitas e tudo muito velho. Tudo sem contar o atraso de mais de duas horas, enm decorrência da greve dos funcionários da Lufthansa em Frankfurt. Sorte que a nossa conexão tinha uma boa folga. O atendimento e a comida são bons, mas tem coisa muito melhor no mercado.
Para começar, a diferença de fuso horário é a maior que já pagamos. 07 horas. Isto faz diferença. No dia de hoje, ao final da tarde sentimos as consequências de um fuso tão longo, mormente porque tivemos um dia cheio. Vale como experiência para as viagens longas que estão por vir, quando o primeiro dia no novo território deve ser bem leve.
Desde o aeroporto até o hotel Anglaterre já percebemos o quanto a cidade é grande. Numa planície, num estuário do Báltico, a cidade tem longas, muito longas avenidas a perder de vista. Hospedados, depois do banho um bom sono, de manhã um bom café da manhã para, então, começarmos a explorar Saint Petersburg a fundo.
A empresa responsável pelo tour particular nos pegou às 10,00 horas, no horário combinado(que mundança em relação às últimas viagens...).nos pegou no hotel para conhecermos a Catedral Ortodoxa de São Nicolau dos Marinheiros. Belíssima por fora, em branco e azul claro com cúpulas douradas, no seu interior, com pé direito muito baixo para manter o calor no inverno, rolava um culto ortodoxo, bem diferente. Cantado pelo sacerdote, a igreja não tem bancos ou cadeiras. Ou você fica em pé ou ajoelhado. Sua construção foi custeada pelo imposto cobrado pelos que passavam na ponte flutuante de Santo Isaac. A primeira missa foi em 1770. Ela integra dois templos, o inferior e o superior.  O edifício azul e branco de dois pisos, com cinco cúpulas, admira pela opulênciada da decoração, tanto das fachadas, como do interior, muito bem conservado, uma das obras mais perfeitas da arquitetura Russa.
Dali saímos para completar o roteiro de visita aos mais importantes e famosos museus do mundo (O Metropolitan de New York, o British Museum de Londres e o Louvre de Paris). Só faltava o Ermitage. Agora não falta mais, a coleção está completa.
O museu do Ermitage fica às margens do grande Rio Neva, sendo do século XVIII, Palácio de Inverno dos Imperadores Russos. Construído em estilo barroco que se caracteriza por maior dinamismo e expressividade das formas. Hoje é composto por três palácios. O de Inverno, o Pequeno Ermitage e o Velho Ermitage.
Considera-se que a sua data de fundação como museu remonta ao ano de 1764, quando Catarina II adquiriu a coleção de pinturas  do comerciante I. Gotzlowski. Ela Incluía 225 telas de pintores da Europa. Hoje as coleções contam com cerca de três milhões de obras expostas. Passamos horas no seu interior.
Destacamos duas dentre a doze pinturas de Leonardo da Vinci (a Virgem da Flor e a Madonna Litta) que estão aqui, uma escultura de Michelangelo,  todos os impressionistas, Picasso, Rafael, Rubens, Ticiano, Rembrant, os maiores Espanhóis além de vastas coleções de todas as principais escolas de pintura, objetos antigos, esculturas e toda a sorte de arte. Para quem aprecia os gênios das artes, um prato cheio.
Missão cumprida, em relação aos maiores museus do mundo. Daqui prá frente, somente aqueles que reservarem algo muito especial e imperdível.
Dali saímos para conhecer a cidade. O rio Neva. o grande rio que atravessa Saint Petersburg e dá no Báltico, tem suas margens enfeitadas por grandes palácios, como o Ermitage, portentosas e históricas pontes que, há uma da manhã todas abrem para um espetáculo que remonta a passagem dos grandes barcos e só voltam ao normal por volta das 4,30 horas. Quem está em cada um dos seus ladoslá ficará até as pontes retornarem ao que eram antes.
Já mais para o fim da tarde fomos visitar uma das obras primas de São Petersburg. A Catedral Ortodoxa do Salvador do Sangue Derramado. O Templo foi construído em memória da ressurreição de cristo e do lugar do ferimento mortal do Imperador Alexandre II, cujas pedras por onde o sangue derramou estão no seu interior. A Catedral é de uma beleza ímpar. Tanto por fora quanto por dentro. No exterior sua cúpula e arquitetura coloridas. As fotos mostrarão. Por dentro, toda decorada de mosaicos que cobrem toda a sua superfície interna. Um espetáculo inigualável. 7000 m2 de mosaicos. Nem em Ferrara, na Itália, tínhamos visto algo dessa magnitude. Uma visita imperdível, que esperamos que as fotos possam dar uma idéia do que vimos.
Por fim, visitamos a Catedral da Virgem de Kazan. Por fora, uma meia lua de colunas imitam a Catedral do Vaticano. Por dentro, todavia, bem comum e pouco conservada, não vale a pena a visita. Vale só pelo fato de ali estar enterrado o general que derrotou Napolão quando pretendeu invadir a Rússia.
Este o primeiro dia em Saint Petersburgo. A impressão que tivemos da cidade, deixaremos para o último dia. Amanhã o magnífico Palácio Ekaterina e o Palácio de Inverno como seu chafariz  inigualável e seus jardins. Os detalhes estarão aqui. Um beijo a todos. Narcísio e Dirlei.
Catedral Ortodoxa de S.Nicolau dos Marinheiros

Esta e as fotos seguintes: Interior do Palácio do Museu Ermitage




A madonna Litta, de Leonardo da Vinci (Ermitage)

Portas de Casca de tartaruga e bronza, no Ermitage

Passagens bíblicas pintas no teto de um corredor do Ermitage


A Volta do Filho Pródigo, de Rembrant, símbolo do Ermitage

A avenida dos ricos, em S. Petersburg

Visão externa do Ermitage

Os canais de S. Petersburg, uma Venza em grande escala

Os blogueiros, às margens do grande Neva

Mosaicos no interior da Catedral do Salvador do Sangue Derramado



Visão externa da Catedral do Salvador do sangue Derramado

5 comentários:

  1. Queridos Narcísio e Dirlei
    Mais uma vez, desejo a vocês uma excelente viagem.
    Em Saint Petersburg, algum resquício dos tempos de Leningrado - URSS? Ou o passado comunista está completamente esquecido?
    Grande abraço, do Zucco.

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    1. Querido Zucco. O passado comunista ainda não está esquecido. Volta e meia se faz comparações entre os dois regimes. Saudades de algumas coisas e outras que acham melhor hoje. Os prédios de residências feitos pelo regime ainda podem ser vistos, caindo aos pedaços, na perfiferia. Na volta conversamos. Abraços.

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  2. são lindos os meus amores né?
    Adorei o primeiro post de viagem. magnífico!

    beijoca

    blog Café das Quatro
    www.cafedasquatro.com

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  3. Queridos Viajantes!
    Eu tive a grande sorte, para os meus padrões, de conhecer Leningrado... Pena que no final da festa. Mas os monumentos que vocês visitaram ainda são os mesmos. A Igreja de São Niclolau e especialmente os enormes salões (que já são uma atração a parte) e o acervo do Ermitage são inesquecíveis. Sei que vocês também conhecem, mas eu incluiria o Prado na lista dos maiores e mais importantes. De qualquer forma, está mesmo completo o rol. Acaso estejam em um andar alto no hotel que vocês estão, ou se forem em qualquer lugar que estejam em um plano alto, observem os telhados de S. Petrsburgo para ver que como são lindos, um pouco como Paris (penso que hoje um pouco decadentes, mas...).
    Uma grande continuação de viagem e estaremos sempre por aqui. Beijos
    Paulo e Heloisa

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  4. Que bom que chegaram bem de viagem!!
    Belas fotos do Museu do Ermitage e da Catedral do Salvador do Sangue Derramado!!
    bjss

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