quinta-feira, 10 de maio de 2012

Liverpool e a beleza estonteante da Região do Lagos

Seguidores e Seguidoras,

Um hotel nas montanhas, num vale, um lago com patos selvagens ao fundo, uma vista da suíte para tudo isso. É onde nos encontramos agora, na belíssima região do lagos, tão pouco conhecida de todos nós mas a mais bela da Inglaterra, segundo já havia nos reportado e insistido que visitássemos, o nosso professor de inglês e de ascent inglês, Jon. Thanks Jon. Falaremos disso, porém, um pouco mais tarde.

É que começamos o dia na surpreendente Liverpool. Uma cidade que soube se resolver. Antes um porto sujo e manchado pela importação de escravos. Hoje um lugar limpo, moderno, renovado, com inúmeros museus, dentre eles o dos Beatles, o Marítimo, o de arte moderna e o Museu Internacional da Escravatura. Este, também por recomendação do Jon, visitamos. Um soco no estômago, um chamado para a realidade, uma visita imperdível. Vídeos, fotos, vestimentas, instrumentos, máscaras, documentários, enfim, tudo, desde os mais de 10 milhões de negros arrancados a fórceps da mama África até as inúmeras escravidões que ainda reinam nos nossos dias, mormente relacionadas à exploração econômica. Viagem, para nós, também é isso. Uma visita que deveria ser feita por todos, porque é um choque de realidade. Mais uma vez, thanks Jon.

A modernização de Liverpool não parou pelo porto. Entrou cidade adentro, nas regiões mais decaídas e hoje vimos grandes centros comerciais,  as melhores redes de hotéis, as maiores companhias, tudo se estabeleceu ali formando um conjunto moderno, funcional e fácil de ser acessado. 

Não se esqueceram, todavia, de sua riqueza arquitetônica, com a restauração dos mais belos edifícios neoclássicos da Grã-Bretanha, localizados no centro da cidade além de suas catedrais.  Fizemos um recorrido por tudo isso o que nos deixou uma ótima impressão do povo e da cidade que está sabendo se repaginar. Não depende mais apenas da fama dos Beatles. Vale a pena por si só. Visita muito recomendável, incluindo o Museu Internacional da Escravatura.

Depois desta manhã cheia, saímos em direção à região de paisagens mais lindas da Inglaterra. O distrito dos Lagos.

Começamos por Kendal, cidade famosa pelo seu Kendal Mint Cake, que compramos para experimentar ao longo da viagem. Um movimentada cidade-mercado, Kendal é o centro administrativo da região e o portão de entrada sul para o Distrito dos Lagos. Construída com calcário cinza, possui um arrojado centro de artes, a Brewery, com diversos museus. Uma cidade bem interiorana mas muito simpática e gostosa de se visitar. Fomos num centro comercial fazer algumas compras e duas atendentes, uma da Escócia e outra do local quando souberam da nossa viagem e de onde éramos, começaram a conversar e fazer perguntas de toda ordem que, em determinado momento, todos os atendentes e fregueses estavam atentos a tudo o que corria no nosso papo. Não queriam que saíssemos de lá, tamanho o interesse por nós, pela nossa viagem e estilo de vida e pelo Brasil. Sentimos como se fôssemos moradores da cidade, tamanho o carinho e a intimidade com que fomos tratados. E assim tem sido em toda a Inglaterra. Proximamente falaremos mais a fundo disso.

Não saímos de Kendal sem antes sentar num bom café, comer uns bolos típicos da região, especialmente um com frutas, tudo como preparação para as gostosuras que estavam por vir.

Extasiados, dali saímos para adentrar fundo na região dos lagos. Belíiiiiiissssima. Uma região montanhosa, com pastos verdes repletos de ovelhas e múltiplos filhotes, cercados de cercas de pedra, as nossas taipas, formando um mosaico indescritível. A primeira parada foi em Windermere, cidade com um lago com mais de 16km de extensão, este é o maior lago da Inglaterra. Magnatas da indústria construíram mansões às suas margens, muito antes  da chegada das ferrovias. Hoje são hotéis luxuosos, como aquele que hoje nos encontramos hospedados, em Keswick.

Antes de Keswick, passamos por Ambleside, uma pitoresca cidade na beira do lago, com seu píer repleto de barcos e diversas pousadas e hotéis estabelecidos nas antigas mansões antes referidas.

Estamos no The Lodore Falls Hotel,  nas margens de um lindo lago entre montanhas, um lugar paradisíaco. Nossa suíte, como dito, tem vista para tudo isso e muito mais. No jantar, acompanhado de um excelente branco Cordillera, Miguel Torres, do Vale Limari, no Chile, com tiras de filet suíno ao molho apimentado e confit de batata com cenoura. De sobremesa, um pincante crème Brullé com crocante de bolo de amêndoas e um Flambé de cerejas negras com kirsch e sorvete de baunilha. Ahh com a vida é boa.

Amanhã tem muito mais. Aguardem. Beijo a todos.
PS. Mais uma vez, o fraco sinal de internet nos hotéis desta região não permitiu a postagem de fotos. Quando encontrarmos um bom sinal, tentaremos postar as que estão em atraso.

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