sábado, 26 de maio de 2012

Idade Média (Bury and Lavenham), Praia (Brighton and Bournemouth) e natureza(Stourhead ande Cheddar Gorge) (

Seguidores e Seguidoras,

Primeiro, gostaríamos de dizer que ontem não postamos porque, ao chegarmos em Brighton, no extremo sul da Inglaterra, os bons hotéis estavam todos lotados porque, com sol de 29 graus, os londrinos, mesmo sendo quinta-feira, já haviam descido para curtir a praia. Resultado. Tivemos que nos contentar com um hotel popular, o Travellodge, que não disponibiliza internet. Por isso, hoje faremos o relato do que fizemos ontem e hoje.

Ontem, um dia de voltar à Idade Média e terminar na praia. As duas cidades, embora pequenas, que mais retratam a Idade Média são Bury ST Edmunds e principalmente, Lavenham. E qual o motivo disso. É que a peste negra dizimou praticamente toda a população das cidade Inglesas. Com não havia ninguém para cultivar a terra, as ovelhas tomaram conta. Com isso, para lá vieram pessoas de Flandres, na Bélgica, que havim sobrevivido, para explorar a indústria da lã. Com o advento da revolução industrial e dos teares, essas cidades entraram em decadência profunda. Como não tiveram condições de progredir junto com a revolução industrial, suas casas e ruas permaneceram quase como na Idade Média.

Primeiro visitamos Bury. O que mais chama atenção e choca,são as ruínas da abadia destruída por Henrique VIII, umas das mais ricas que a Europa já viu. Elas ficam num enorme parque ajardinado, sendo elas parte da decoração. Um passeio para lá de agradável, apesar do exagerado número de crianças e bebês que vimos nesta cidade. Parece que nasceram todos juntos, num programa de massivo aumento da população.

Bury Santo Edmundo. Este foi o último rei saxão da Ânglia Oriental. Ele foi decapitado durante um ataque surpresa dos dinamarqueses em 870. Diz lenda que um lobo pegou a cabeça cortada, uma imagem que aparece em vários entalhes medievais. Destacam-se, além dos jardins e ruínas mencionadas, a catedral Saint James, cujos tetos de madeira decorada, que tentaremos mostrar em fotos, são o seu destaque. Quanto ao casario de época, encontramos boas mostras, não tanto como Lavenham, mas está bem preservado.

Dali saímos para, cerca de 18 km depois, encontrarmos a beleza medieval preservada na sua essência, de Lavenham. Considerada, por muitos a mais perfeita das pequenas cidades  inglesas, a cidade está repleta de casas com estrutura de madeira. A disposição das ruas permance quase inalterada desde os tempos da idade média. Durante 150 anos, entre os séculos 14 e 16, Lavenham era o próspero centro do comércio de lã da região de Suffolk. Ainda preserva muitos prédios  importantes, sendo que 300 deles foram tombados peloa patrimônio histórico, incluindo o  magnífico Little House. Esta uma casa bem preservada, próxima da parte central da cidade, foi por nós visitada, tendo como guia um senhor de quase noventa anos. História magnífica, tanto da casa como das pessoas que ali viveram. A sua estrutura e móveis estão bem preservado, permitindo que ali se perpetuem os seus mortos, especialmente crianças de Londres que por força da segunda guerra, foram tiradas de Londres, para cidades do interior. Na Little House há uma estante com quatro gavetões sendo que, em cada um deles está escrito o nome de uma criança. Histórias magníficas foram contadas pelo guia e que ficarão na nossas memórias. Visita altamente recomendável, imperdível.

No final da tarde chegamos em Brighton que, para nossa decepção, apesar de lotada, tem cara de porto, muito suja,  muita prostituta e leões de chácara e seu castelo com jeito de abandonado. Devido à proximidade de Londres, Brighton sempre foi bastante movimentada e lota os hotéis nos finais de semana de sol.  O centro da cidade segue a linha suja e feia. Somente a região de restaurante, onde comemos um peixe inteiro, assado, um sea bass, é um pouco mais ajeitada e agradável.

O seu monumento mais importante, o Royal Pavilion. Construído pelo Príncipe de Gales, atraído pela região praiana, mesmo que praia de pedras. Aqui ele casou secretamente com uma plebéia e mandou reconstuir o palácio em estilo oriental. E assim foi. Hoje encontra-se um tanto quanto abandonado e desprezado, como monumento histórico  mais importante de Brighton. Outra atração é o seu longo pier, o Brighton Pier, de 1899, hoje é um típico quebra-mar  vitorinano tardio.  Está tomado por casino e diversos brinquedos para a família européia. Não recomendamos a visita, enquanto ela permanecer do jeito que hoje se encontra.
  
No dirigimos em direção a Bournemouth, cerca de 200 km dali. Um cidade muito bem estruturada, também com um pier, muito ajardinada, com vários parques abertos à população local. A fama de Bournemaouth como um dos balneários mais  apreciados da Inglaterra deve-se à praia de areia branca, igual a nossa,  e quase ininterrupta e muito extensa. 

Demos uma ótima caminhada por lá, fizemos lanche e seguimos para Stourhead que figura como um dos jardins com um dos mais belos exemplo de jardinagem inglesa do  século 18. A formação do jardim  que herdou a propriedade  em uma impressionante obra de arte, com templos em estilo Italiano e grego, grutas, pontes, igreja e muitas animais selvagens, além de belíssimos lagos cercados por densa floresta, fazem deste lugar, um lugar de contemplação, tanto a beleza ali acumulada. Demos uma longa caminhada ao redor do grande lago e fomos parando em cada um desses monumento naturais e artificiais, num passeio inspirador e  e recuperador de energias. entaremos reproduzir em fotos esse momento sublime da viagem. O mais impressionante, todavia, ainda estava por vir, o Chedar Gorge.

Poucos kilômetros do Stourhead e já estávamos nesta inacreditável maravilha, em plena Inglaterra, destoando de todo o relevo que havia visto até então.

Descrito pelo romancista Daniel Defoe em 1724 como "um abismo profundo e assustador", o Cheddar Gorge é um espetacular desfiladeiro situado no Planalto de Mendip, que surgiu devido ao rápido fluxo das águas durante as fases glaciais do fim da Era Glacial. O nome veio do queijo cheddar, original daqui e hoje reproduzido em todo o mundo. As cavernas ofereciam condições ideais de umidade e temperatura para a produção e armazenamento do queijo. Viajar de carro, parando em pontos apropriados para isso na estreita estrada que o serpenteia, deixa você sem fôlego e maravilhado com tanto beleza. Em cada parada encontrávamos pessoas se preparando para escalar as íngremes escarpas no fim do dia. Esperamos que as fotos façam justiça à inigualável experiência que vivemos neste local com talento esculpido pela natureza. Sua visita é imperdível.

Com esta região é composta de pequenas cidades, acabamos por encontrar, nos campos, um hotel fantástico, o Charlton House, onde chegamos por indicação do pessoal de um bar numa cidade próxima. Nele também funciona um spa. Um luxo. O jantar foi dos deuses. Uma entrada de salmão salpicado com ervas e carne de caranguejo, o jantar, com ovelha com um cake especial e verduras, deliciosa e que harmonizou perfeitamente com um Chateauneuf du Pape, 2008, aveludado. De sobremesa, um chocolate com pistache e um  Trio de Ruhbarb inglês, com crocante e sorvete. Um final de tarde/noite, que merecemos.

Amanhã rumaremos mais para o sul, no extremo da Inglaterra, onde coisas interessantes nos aguardam. Até lá. Beijo a todos.
PS. Por problemas técnicos não deu para publicar as fotos de Bournemouth, Bury e Lavanham, que publicaremos quando pudermos.

Esta e as próximas cinco fotos são do belíssimo Chedar Gorge






Esta e as próximas oito fotos são dos jardins de Stourhead









Esta e as próximas 4 fotos são de Brighton









  

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