quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Vale D"Aosta e Alpes Franceses

Seguidores e Seguidoras,

Ontem, no Ibis de Briançon, a cidade mais alta da Europa, não havia sinal de internet para postar. Por isso, aos fãs do blog, desculpas pelo inconveniente involuntário. Nada, porém, deixará de ser relatado.

Ontem começamos o dia em Chamonix. Que maravilha de cidade. Cada ângulo que dela se olhasse dava numa bela montanha dos Alpes. A cidade, toda voltada para o turismo, especialmente no inverno, é bem cuidada, muitas ruas fechadas para os veículos, comércio e restaurantes abertos e um visual estonteante. Lembramos da belíssima Whistler, no Canadá. A curtimos bem e depois resolvemos ir para o Itália já que o túnel Mont Blanc, que liga os dois países, fica em Chamonix.

Quando chegamos na praça do pedágio para entrar no túnel vimos que havia uma grande demora para liberar cada carro. Depois entendemos o motivo. É que, com a tragédia de 29 de março de 1999, quando 39 pessoas morreram dentro do túnel após um caminhão pegar foto, as medidas de segurança se tornaram extremas, diferentes, porém, de outros túneis de igual tamanho. Não dá para entender. Os carros só podem transitar na distância mínima de 150 um do outro, delimitado por luzes azuis, e em velocidade máxima de 70km/h. Assim, cada carro, consideradas todas as cabines de pedágio, só era liberado depois que o anterior já tivesse trafegado um bom tempo.

Liberados e após atravessar o enorme túnel, chegamos ao vale da Aosta, na Itália. Testemunha da rica história dessa região autônoma da Itália, encontramos castelos medievais no Vale D'Aosta e extraordinários conjuntos de capelas conhecidas com sacri monti(montes sagrados) construídas no sopé dos Alpes.

Seguindo vale afora chegamos em Aosta. Situada em uma planície cercada por extraordinárias montanhas, a cidade de Aosta exibe uma cultura antiga em cenário espetacular. Os romanos a capturaram dos gauleses salassianos em 25 a.c., até hoje, a cidade preserva muitas ruínas romanas construídas em honra do imperador Augusto. A moderna Aosta é uma cidade movimentada, por conta das indústrias locais e dos turistas a caminho das montanhas. Seu centro, entretanto, preservou grandes praças e valiosos tesouros arquitetônicos que justificam o apelido de 'Roma dos Alpes'. Seguindo-se pela rua principal encontra-se a Porta de Pretória, uma fileira dupla de arcos de pedra ladeados por uma torre medieval. O portão ficava originalmente 2,5 metros mais alto que hoje. A fachada de 20 metros de altura do Teatro Romano atualmente está sendo restaurada. Um pouco mais ao norte, chega-se ao anfiteatro, passando pelo convento de San Guiseppe. Na cidade antiga, ao lado da Catedral, está o Fórum romano, ou praça do mercado. Destaca-se, ainda,  no final da rua principal ou Grande rua, o Arco de Augusto, hoje desfigurado por um telhado acrescentado no século 18.

Seguindo pelo Vale chegamos finalmente a Turim, que não havíamos conhecido quando viajamos por toda a Itália. E também não foi desta vez e nunca mais será. Chegamos na cidade no meio da tarde com um calor beirando os 30 graus. Um trânsito caótico. Por mais de uma hora rodamos pela cidade em busca de um estacionamento e estavam todos "completos", na língua deles, ou totalmente ocupados. Como viajamos para ter prazer de visitar os lugares e não stress resolvemos não visitá-la mesmo porque, pelo que vimos das andanças em busca de estacionamento, é uma cidade suja, mal cuidada, com um trânsito insuportável, nada que valesse a pena o stress que passamos. Demos meia-volta e retornamos para a França. Voltamos pelo Piemonte, cruzando os Alpes, agora por cima, sem qualquer túnel. Radical e exuberante. Paramos em Briançon, na França, a cidade mais alta da Europa, a 1.320m de altura. Ela tem sido uma fortaleza importante desde os tempos pré-romanos, protegendo a estrada para Col de Montgenèvre, uma das mais antigas e importantes na direção da Itália. No início do século 18, a cidade contava com baluartes e portões, ainda intactos, de Vauban, arquiteto militar acerca do qual já falamos em postagem anterior. A Porte de Pignerol conduz à Grande Rue, uma rua estreita e íngreme, com um riacho e belas casas. A Église de Notre-Dame, próxima, é de 1718 e também foi construída por Vauban, sempre pensando em proteção. Briançon é um grande  centro de esportes, oferecendo esqui no inverno e rafting, ciclismo e parapente no verão.

De Briançon seguimos, por uma estrada serpenteando os Alpes em direção a Grenoble. A Estrada é magnífica. Cada curva um cartão postal. Lagos verdes, montanhas nevadas, montanhas rochosas, marmotas cruzando a pista, pequenas e pitorescas cidades, todas com ótimos hotéis e estrutura para o turismo.

Nesse cenário, chegamos em Grenoble, ainda nos Alpes. antiga capital da região de Dauphiné e sede dos jogos olímpicos de inverno de 1968, Grenoble notabiliza-se pela universidade do mesmo nome, voltada para a ciência; também é centro de indústrias químicas, eletrônicas e de pesquisa nuclear. Situa-se na confluência dos rios Drac e Isère, entre os maciços de Vercors e Chartreuse.
Um teleférico saindo do cais Stéphane-Jay sobe ao Fort de la Basille, do século 19, onde se é contemplado com uma bela vista da cidade e montanhas circundantes.

Na margem esquerda do Isèdre a vida se concentra na área de pedestres ao redor da place Grenette, ladeada por cafés na calçada. Próxima, a Place St- André é o coração da cidade medieval, avistada das edificações mais antigas de Grenoble, como o Collégiale St-André, o Palais de Justice, o Museu Stendhal, etc. Para quem pretender visitá-la, destacamos o seu lado cultural e a beleza plástica do Rio Isère, seu casario das margens, suas pontes e as montanhas que circundam a cidade.

Por um vale muito lindo dos Alpes, chegamos à encantadora  Aix-Les-Bains, um pouco mais ao norte, já na direção de Lyon. Um sonho de cidade. O grande poeta romântico Lamartine fez versos sobre a beleza do lago Bourget, local da graciosa  estância hidromineral Aix-Les-Bains. O coração da cidade são as Thermes Nacionaoux, do século 19. No subsolo ainda se podem ver restos das termas romanas originais -  os romanos foram os primeiros a aproveitar  os banhos aqui, há mais de 2000 anos. Hoje é uma das estâncias que mais recebem visitantes na França. A cidade é chiquérrima, com campos de polo, golfe, casinos, ótimos hotéis e total estrutura para os muitos idosos endinheirados que para lá acorrem. Por toda a cidade, nos parques e nos cafés, música francesa e grupos de idosos dançando, dando um clima especial para a cidade. A sofisticação está no ar. Lembramos de Baden-Baden, na Alemanha, enquanto tomávamos um café com quitutes, em uma de suas linda praças. Visita altamente recomendada para esse encantador lugar.

Cerca de 100 km para o centro da França e finalmente chegamos a Lyon, já no fim da tarde. Suas praças e monumentos que vimos de passagem, prometem muito. Assunto para amanhã, todavia. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.
Idosos dançando nas praças e bares de Aix-les-Bains


Ruínas de 2000 anos, romanas, em Aix


Cassino de Aix-les-Bains


Prédios sofisticados em Aix-les-Bains


Rio Isère, em Grenoble


Grenoble


Estrada Briançon/Grenoble


Montanha acessível por teleférico, Grenoble


Place ST-André, Grenoble


Chamonix


Chamonix


Águas dos Alpes, em chamonix



Arco de Augusto, Aosta


Rua principal de Aosta


Centro Velho de Briançon


Muralhas de proteção da cidade, Briançon


Anfiteatro romano em Aosta


Briançon


Aqueduto em Briançon


Estrada Briançon/Grenoble, esta e as próxima fotos





Um comentário:

  1. eu estive en todos esses lugares en julho eu me apaixonei por la thuile na italia meu sonho e voltar no inverno para o meu 15 aninversario de casamento com meus 2 filhos adriano e enzo claro o maridao davir

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