quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Montpellier, Carcassonne e muito mais

Seguidores e Seguidoras,


Dia de sol e muito calor de mais de 30º, como tem sido a nossa rotina nos últimos dias.  Começamos o dia com um café maravilhoso do Hotel Pullmann, de Montpellier, ótimo, por sinal. O recomendamos.

Montpellier nos encantou. Ontem à noite, quando saímos para jantar, quando entramos na Place de la Comédie, saindo da Galeria Lafayete, tivemos uma ótima impressão da cidade. Os prédios art nouveau todos adequadamente iluminados, o povo todo na rua, nas praças, nos restaurantes, como se fosse uma festa. Não. Era apenas uma noite normal de verão aqui na França. E os franceses adoram. Todos os dias  as cidades são uma festa. Vocês não imaginam a quantidade de gente nas ruas. Uma delícia. Por isso é que a cidade é conhecida como uma das mais avançadas e animadas do sul da França, com um quarto da população com menos de 25 anos. Como a cidade é universitária, também, os estudantes contribuem para o clima festivo das noites de verão. O movimento concentra-se na Praça de la Comédie, que tem forma de ovo, com seu teatro de ópera do século 19 de frente para a Fonte des Trois Graces e cercada de animados cafés. Um esplanada de plátanos e fontes leva ao Corum, centro de teatros e convenções. Caminhamos pela Rue de la Loge, a principal da cidade. Toda bem calçada e com longos vasos de flores pendurados por ela. Na Place Jean Jaurés, mais cafés e restaurantes. Mais adiante, a Prefeitura. No final, as Universidades e o Arco do Triunfo e a promenade de Peyrou e o Chateau D'Eau.


A Maior surpresa estava por vir. Tínhamos a impressão que atrás do Chateau D'Eau havia um local onde pudéssemos ver toda a regão, já que Montpellier fica no alto. Para nosso espanto, ali era o começo de um enorme aqueduto romano, quase intacto, e que segue a perder de vista, mas que os guias da cidade não o mencionam, nem os mapas dela que nos deram. E ele é monumental. Pena que a cidade deu as costas para ele. Nada foi feito para realçá-lo, destacá-lo. Nada. Debaixo dele, da parte que vimos, estacionamento de carros. Uma pena.

No balanço, Montpellier, apesar de pouco falada, é uma cidade que vale muito a pena ser visitada. A recomendamos com veemência.

Dela, saímos em direção a Carcassonne. No caminho paramos em Béziers, que o guia recomendava como belíssima. Decepcionante. Nada, absolutamente nada, vale a pena desviar o caminho para visitá-la, salvo a visão da Catédrale Saint Nazaire, vista de uma ponte romana, no rio abaixo. O grande destaque é a sua história. Em 1209 milhares de seus cidadãos foram massacrados nas cruzadas contra os cátaros. As tropas do Papa receberam ordens para não fazer distinção entre os católicos e os cátaros. O comando foi "Matem todos. Deus reconhecerá os seus".

Os cátaros, do grego katharos - puros, formavam, no século 13, uma seita que criticava a corrupção na igreja. Lutaram, inclusive, contra a nefasta inquisição, matando inquisidores o que lhes custou perseguição, tortura e massacres violentos promovidos pelos "corruptos". Nos tornamos fãs incondicionais deles.

Dali, num pulinho, estávamos em Carcassonne, uma cidade medieval bem restaurada e patrimônio da Unesco. Cenário de contos de fada, suas fortificações coroam  a margem íngreme acima do rio Aude. A posição estratégica da cidadela, entre o Atlântico e o Mediterrâneo, no corredor entre a península ibérica e o resto da Europa, levou à fundação  desta vila, consolidada pelos romanos no século 2º a.c. tornou-se chave dos conflitos militares medievais, até sua decadência quando  o Tratado dos Pirineus em 1659, mudou as fronteiras Franco-espanholas e tornaram a fortaleza obsoleta. Sua visão de longe lembra Ávila, na Espanha, que já visitamos. Tem duplas muralhas, com diversas torres, uma mais bela que a outra. Visitamos o castelo existente no seu interior, donde pudemos, do alto, apreciar a majestosa obra. Lá também está a basílica de São Nazaré e a cidade antiga e labiríntica. Um espetáculo maravilhoso e que merece ser apreciado e reverenciado. Vale muito a visita.

De Carcassone resolvemos ir até Toulouse, onde dormiríamos. Não foi possível. Todos os hotéis lotados. Seguimos em frente e estamos no Crowne, um hotel/Spa em Montauban, cidade turística 51 km ao norte de Toulouse. Visitaremos as duas amanhã e muito mais. Até lá. Beijos. Narcísio e Dirlei.

Hoje, por deficiência do sinal de internet do hotel, não pudemos publicar as fotos. Se possível, faremos amanhã.

2 comentários:

  1. Oi, amigos Narcísio e Dirlei
    Estamos precisando urgentemente de muitos "katharos" aqui no nosso país.
    Abraço, do Zucco

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  2. Olá!!!
    Pelo visto a viagem está a mil.. Que bom!!
    Acho que Toulouse promete ainda mais!! Será?? hehe
    Bjs, Taís

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