domingo, 12 de junho de 2011

Último dia e impressões sobre Estocolmo

Seguidores e Seguidoras,

Último dia nessa maravilha de cidade que é Estocolmo, agora na companhia de mais um amigo seguidor, o Dr. Demétrio Serratine, que infelizmente está prestes a deixar o Ministério Público de Santa Catarina, a nosso ver, prematuramente. Ele veio se juntar á nossa filha Juliana, ao comentarista assíduo Nelson Mendes, ao amigo Zucco, ao emérito Promotor de Justiça Davi e à nossa querida sobrinha Jossiane. O dia começou nublado e frio mas, mal passado o meio dia já era só sol, embora o frio vento norte teimava em nos lembrar que estávamos a caminho do círculo polar ártico. Programamos o dia para um museu e, no mais, mergulhar fundo na cidade de Estocolmo, especialmente regiões que ainda não conhecíamos.

Assim é que, tomado o ótimo café da manhã do Nordic Sea Hotel, nos dirigimos para a região da cidade chamada Stureplan. Depois de um incêndio no Sturebadet (banhos públicos), em 1985, o bairro de Stureplan foi reconstruído e readquiriu  a aparência dos seus tempos de glória, no fim do século 19. A reforma incluiu a construção da moderna Sturegallerian, shopping center com mais de 50 lojas. O Sturebadet foi refeito dentro do Shopping, seguindo o projeto original Art Nouveau, do final do século 19.  A região é formada por prédios residenciais de arquitetura bem elaborada, que se centralizam numa praça em frente à  Sturegallerian e que, em menor proporção, lembram as ruas que convergem ao Arco do Triunfo, em Paris.

Conhecida a região, após longa caminhada, chegamos a um dos museus de Estocolmo que não deixaríamos nunca de conhecer, mormente por estarmos nas terras Vikings. O Museu Histórico Nacional da Suécia, Historiska Museet. Foi inaugurado  em 1943. Guarda relíquias da era Viking, inclusive com filmes, reconstituindo o modus vivendi deles, além de coleções da Idade Média. Entre as peças do primeiro perído medieval destaca-se uma figura de Madona de madeira ricamente trabalhada em ouro. Da coleção pré-histórica, faz parte o Alce de Alunda, um machado cerimonial  descoberto em 1920 em Alunda e que se acredita ter sido fabricado por volta de 2000 a.c. . A inestimável coleção de peças de ouro e prata, que contempla o longo período entre a Idade Média, está espoxta no Salão de ouro. Impressiona sobremaneira, a quantidade de corpos, objetos e adereços dos Vikings que o museu contempla. Os filmes, com adaptações perfeitas da indumentária e locais onde os objetos foram encontrados, nos dão uma quase perfeita noção de como viviam os Vikings há centenas de anos. Foi uma experiência incrível para quem como nós, têm explorado profundamente a Escandinávia nesses últimos dias. Vimos, inclusive, uma maquete e um filme da cidade de Birka, onde Estocolmo foi fundada na Era Viking e que amanhã visitaremos. Para quem se interessa pelo assunto, é um prato cheio.

Terminada a visita ao museu, resolvemos mergulhar fundo na cidade. Do museu, seguimos em frente pela avenida Narvavagen, até a praça Karlaplan e lá, pegamos a belíssima avenida Karlavagen. Um larga avenida, numa região residencial, com um canteiro central  mais largo que as duas pistas para automóveis, com passeio central para pedestres, pistas laterais para ciclistas e duas fileiras de árvores frondosas, uma de cada lado. A sensação da qualidade de vida do povo local saltava aos olhos, ainda mais que, de quando em vez, se descosrtinava um grande parque, com  brinquedos para criança e amplo gramado para os adultos aproveitarem intensamente o sol que, para eles, é artigo de luxo. E assim, caminhando, passamos pelo parque Kungliga, onde se localiza a Biblioteca Pública e pelo parque onde está o Observatório Nacional da Suécia. Depois de ziguezaguear por mais uma parte da cidade de nós desconhecida, ao final, após o chopp de praxe, retornamos ao hotel para arrumar as malas já que amanhã é dia de recomeço da aventura. 

No jantar, confirmamos a dica que demos numa postagem anterior. Depois de dois dias só comendo frutos do mar, resolvemos voltar à indispensável carne. Como queríamos o entrecote ao ponto, pedimos bem passado. Como esperávamos, veio ao ponto e, um dos cortes, inclusive, malpassado para o gosto brasileiro. Achamos que eles estão certos já que, o ponto mais passado deles ainda preserva os saborosos sumos da carne. O jantar foi acompanhado de um cabernet sauvignon chileno, que harmonizou perfeitamente. 

Dito isso, imperativo nossas impressões acerca da cidade de Estocolmo. Uma cidade belíssima e peculiar, considerando-se que é formada por várias ilhas. Apesar disso, o trânsito flui normalmente, um pouco por conta do metrô de superfície que funciona em sintonia com os veículos, experiência que deveríamos colocar am prática na nossa Florianópolis. Cidade, como falamos, muito humanizada, com ruas largas e, nos bairros residenciais, muito arborizada e com um parque público sempre à mão. O povo, de beleza média, embora mais esperássemos, é receptivo, mas de gosto para nós, um pouco questionável, no que toca à moda. Os homens com calças das cores mais exóticas possíveis e, as mulheres, como roupas um tanto alternativas que roubam sua natural beleza. Muito volvo e saab, na cidade e nas estradas, demonstrando um apreço do povo pela produção local de veículos.  Um reparo, todavia, tem que ser feito. A decepção, já vivida em Copenhage, acerca do cuidado do povo com sua cidade. Restos de cigarros, lanches, papéis, garrafas plásticas, latas de cerveja, usados e, muitos vezes, na nossa frente, jogados no chão ou nas fontes da cidade. Comportamento por nós inexperado e de todo incompatível com o alto nível de vida e de IDH deste povo. 

Enfim, conhecemos mais uma importante capital de um país e amanhã levantaremos acampamento rumo ao norte. Sobre isso diremos na próxima postagem. Beijo a todos. Narcísio e Dirlei. 

Belos prédios residenciais no Stureplan

Prédios com arquitetura belíssima convergindo para praça da Sturegallerian

Barco Viking exposto no Museu Histórico da Suécia

Conjuntos residenciais  da Av. Karlavagen

Péssimo exemplo do povo de Estocolmo. Lixo nas fontes da cidade.

Cidade humanizada. Parques para os pedestres e ciclistas na parte central das avenidas

Mais uma visão da humanização e qualidade de vida de Estocolmo

3 comentários:

  1. Adorei que vocês citaram os nomes de quem acompanha o blog! Estamos viajando com vcs com certeza!
    beijoca

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  2. Dr. Narcísio,
    Os comentários passam ao leitor a impressão de estar viajando junto com vocês!
    As fotos também estão ótimas!
    Por sinal, qual a máquina fotográfica de vocês ?
    Pelo jeito vocês estão com bastante sorte, pois os dias lindos, de sol, os tem acompanhado na viagem. E que continue assim...
    Abs.
    Rodrigo Carlin
    (assistindo ao Fantástico e lendo o blog...)

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  3. Amigos,
    A viagem, como era de se esperar, parece estar sendo realmente incrível. A riqueza no relato dá uma verdadeira noção das peculiaridades que marcam os lugares e desperta ainda mais a curiosidade dos seguidores.
    Aliás, uma delas é quanto à qualidade do tradicional chopp do final de tarde...
    Abraço, Marcelo e Letíca

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