quinta-feira, 9 de junho de 2011

Suécia mostra sua cara

Seguidores e Seguidoras,

Hoje começamos, efetivamente, a desnudar a Suécia, país acerca do qual temos grandes expectativas. Acordamos hoje com o dia nublado,vento e alguns pingos de chuva, nada que nos impedisse de, bem agasalhado com japonas à prova de vento e de chuva, conhecer Malmö. Ontem, seguindo o bom gosto do amigo e comentarista Nelson Mendes, fomos jantar num dos muitos restaurantes que cercam a Lilla Torg(pequena praça), que fica em meio ao labirinto de ruas de pedestres, cheias de lojas e cafés e com seu calçamento de pedras e encantadoras casas antigas, todas restauradas. A praça está sempre cheia de muitos turistas e moradores da cidade. Em um dos seus lados fica o Saluhallen, um mercado coberto, com cafés e restaurantes especializados em peixes e inúmeras lojas de alimentos. Repetimos a visita hoje pela manhã, já que vale a pena. Malmö é a capital de Skane, província do sul do país. No século 16 era um porto pesqueiro e disputava com Copenhage o título de cidade mais influente dos países escandinavos. Hoje é mais conhecida pelo intenso fluxo de seu porto e por sua vasta riqueza arquitetônica. Destacam-se o Malmomuseer, onde concentram-se os museus da cidade, a Radhuset(prefeitura), cujo estilo renascentista holandês é evidente. O prédio, construído em 1546, destaca-se  na principal praça da cidade, a Stortorget. A nordeste da praça fica a St Petri's Kyrka, que não pudemos visitar por estar em reforma. Nela destacam-se  o altar, de 1611, o maior da Escandinávia e o púlpito, suntuosamente ornamentada. Esperávamos um pouco mais da cidade, pela sua fama, mas vale a visita.

No fim da manhã saímos em direção a Gotemburgo, que fica cerca de 261km de Malmö. Decidimos  começar pelo oeste da Suécia, deixando de visitar, por ora, no leste, lugares importantes como Växjö e a Ilha de Gotland, bem mais próximos que Gotemburgo, porque, quando retornarmos vindo da Finlândia, no final da viagem, por ali passaremos vindo em direção a Copenhage para o voo de volta. Assim, iremos até Gotemburgo e, de lá, para o Lago Malaren, Estocolmo e Uppsala.

Pois bem, a viagem de hoje, apesar da chuva, foi feita numa estrada em ótimas condições e duplicada, a E6/E20, num cenário variado e muito interessante. No início, grandes fazendas de agricultura, pontilhadas de suas sedes com o ranchos de cor forte. Depois, aqui e acolá pequenas cidades, com seus chalés de telhado inclinado para não reter a neve e, se destacando no horizonte, uma torre afunilada, da igreja. Mais adiante, florestas fechadas entrecortadas de rios que o GPS mostrava que iam dar no mar. De vez em quando o mar dava o ar da sua graça. Mais perto de Gotemburgo houve mudança de relevo, tornando-se mais acidentado e com alguns vales onde a estrada ia lá no fundo para depois subir novamente, além de vários cortes na rocha, que até aqui não havíamos visto, sendo que, inclusive, passamos por um túnel feito para superá-las.. Nesse diapasão chegamos na cidade portuária de Gotemburgo, por volta das 13h.

Nossa expectativa em relação à cidade não era das mais altas, mais em razão do porto. Ledo engano, foi uma das mais belas, senão a mais, que visitamos até agora na escandinávia, pelos motivos adiante expostos.
Gotemburgo, a segunda maior cidade da Suécia, distingue-se por sua arquitetura, com prédios de vários estilos arquitônicos, todos limpos e bem cuidados. Grandes centros comerciais e shoppings tipo ruas fechadas para os tempos frios.
O centro pulsante da cidade é a agitada Kungsportsavenyn, chamada simplesmente de Avenyn. Essa ampla avenida, com cerca de 900m de extensão, é repleta de bares, restaurantes, cafés, hotéis, além de ser o ponto preferido  dos músicos e vendedores de rua. Na extremidade sul da avenida, está  a Götaplatsen, com a famosa fonte  de Posêidon, de Carls Milles. Foi uma delícia caminhar por toda a sua extensão, mesmo porque, quase tão belas quanto ela são as suas ruas transversais, belas ruas de comércio a perder-se de vista para cada um dos lados que se olhasse. Outras formavam ramblas arborizadas que rivalizam com as de Barcelona. Tomamos uma delas, a Vasagatan e demos no centro velho da cidade, uma região com prédios antigos bem preservados, especialmente uma quadra, na Avenida Haga Nygata,  com antigas casas de madeira na sua estrutura original, todas bem pintadas e conservadas. Um show. Cruzamos também por canais, com suas margens bem urbanizadas, onde os turistas lotam barcos de passeio. A isso acrescente-se os museus, os parques bem cuidados e, principalmente, as altas e lindas loiras, segundo o blogueiro, e os rapazes altos, loiros e de olhos azuis, segundo a blogueira, formam um conjunto aprazível e imperdível. Quem ainda não conheceu, deve fazê-lo porque trata-se de uma das cidades mais interessantes que já visistamos.

Conhecida Gotemburgo, que deixa saudades, ao final da tarde, já com o sol de volta, viemos dormir no Landvetter Airport Hotel, já na saída da cidade para, amanhã cedo rumarmos para a região de Estocolmo, há mais de 300km daqui. Aí já é outra história. Até amanhã. Beijos. Narcísio e Dirlei.

Prédio da prefeitura, na principal praça de Malmö

Casario antigo preservado na Lilla Torg, em Malmö

Vista de prédio e dos restaurantes na Lilla Torg

Canais urbanizados de Gotemburgo com seus barcos de passeio

A av. Vasagatan, uma rambla em Gotemburgo e que dá no centro histórico

Mais uma visão da Vasagatan

A ampla, famosa e gostosa Avenyn, a principal avenida de Gotemburgo

Casario de madeira no centro antigo de Gotemburgo

Mais uma casa antiga na Haga, centro velho de Gotemburgo
  



Um comentário:

  1. Caros desbravadores nórdicos,

    Continuo viajando com voces. Realmente Gotemburgo, de onde atravessei de barço em direção à Dinamarca, já retornando à Alemanha, também me surpreendeu.Mas surpresa mesmo voces irão sentir a partir de agora, rumo a maravilhosa Estocolmo. Boa viagem.
    Abraços do Nelson

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