sexta-feira, 10 de junho de 2011

Suécia de oeste a leste até Estocolmo

Seguidoras e Seguidores,

Hoje amanhecemos em Gotemburgo, com dia chuvoso. Acordamos mais cedo e iniciamos a viagem rumo a Estocolmo, de mais de 400 km, em meio a chuva torrencial e em um trecho, até neblina. O frio era de cerca de 11°. No início o relevo era bem montanhoso, coberto por coníferas, com poucas cidades que não mereciam parada, salvo Husqvarna que fica à beira de um extenso lago cujas fotos não foi possível fazer ante a chuva e a neblina. Aos poucos, porém, o tempo foi mudando. A chuva parou e o tempo restou apenas nublado. Já estávamos numa região de muitas rochas e, aos poucos, começaram a aparecer fazendas, não tão grandes quanto às relatadas nas postagens anteriores. Finalmente, faltando cerca de 200km para Estocolmo, uma barra de céu azul apareceu no horizonte e foi subindo até o céu ficar todo azul e o calor chegar a 28°. E assim foi o resto do dia.

Chegamos em Estocolmo por volta das 13h e, após arrumar hotel e descarregar as malas, colocamos o pé na estrada para conhecer a fundo esta bela e interessante cidade. Primeiro passamos pela Stadshuset, a prefeitura de Estocolmo, considerado o maior projeto arquitetônico do Século 20, foi concluída em 1923 e tornou-se símbolo de Estocolmo. foi projetada por Ragnar Ostberg, o edifício combina estilo gótico nórdico e das escolas da Itália. Renomados artistas suecos colaboraram para a decoração de seu interior, a exemplo de Einar Foseth, autor de mosaicos de inspiração bizantina trabalhados em ouro que adornam as paredes do salão dourado. Releva o fato de que ali se realiza, todos os anos, a cerimônia do Prêmio Nobel.

Depois seguimos pela Drottning, um extenso calçadão, cheio de gente, comércio, restaurantes e que deu na Gamla Stan, a ilha onde tudo começou e onde se encontra o Palácio Real. Foi por ele que começamos, já que lá reina a nossa "parente" a Rainha Sílvia. Concluído  em meados do século 13, o forte Tre Konor(três coroas) foi transformado em residência  real pela dinastia Vasa, no século 14. Foi destruído pelo fogo em 1697 e, em seu lugar, o arquiteto Nicodemus Tessin, erigiu um novo palácio com característica italianas na parte exterior e, em seu interior, que hoje pudemos conferir, estilo francês com traços suecos, embora o palácio não seja mais a residência dos reis, os aposentos reais ainda são usados  em cerimônias oficiais.  Fizemos uma visita e constatamos que  a magnífica galeria de Carlos XI, em barroco tardio, foi inspirada no Salão dos Espelhos do Palácio de Versailles. Sua decoração, apesar de não suntuosa é de muito bom gosto, sem exageros. Vale a visita.

Do Palácio, saímos para visitar a ilha onde se situa e constatamos ser formada de casario da Idade Média, bem preservados, com suas ruelas super extreitas dando num dos canais da cidade. Olhando para elas tínhamos a sensação de estarmos na idade média. Impressiona a vasta área ao redor do Castelo que foi preservada e hoje encanta os muitos turistas que visitam o local. Estava tão bom que, diante do calor, resolvemos dar uma parada num bar para uns chopps e, mesa de pista, ficamos a apreciar as figuras exóticas que por ali passavam, tanto no jeito de vestir como no de se portar. Um show à parte.

Renovadas as energias com o chopp, partimos para conhecer a região da Ópera, especialmente o Jardim do Rei, onde havia uma performance de um grupo brasileiro e moçambicano, com músicas e danças típicas. O parque mais antigo de Estocolmo, o Kungstradgarden ou Jardim do Rei tem esse nome porque, no século 15, era o pomar da família real. No verão, espetáculos de teatro e dança, concertos, como os de hoje, e feiras atraem os moradores. No inverno, o rinque fica cheio de patinadores. No centro do jardim há uma fonte de bronze, de J.P.Molin, mesmo autor  da estátua de Carlos XII, que se vê na extremidade sul do parque. Nessa parte fica a Kungliga Operan, teatro de ópera  da cidade, cujo Foyer dourado  tem o teto pintado por Carl Larsson. No século 16, o pomar real foi transformado em jardim renascentista.

Feita a visita, assistido o show, fomos jantar num restaurante italiano nas proximidades. O blogueiro, um rissoto de frutos do mar, que veio com generosos e saborosos camarões, o mesmo acontecendo com a Blogueira, que foi de penne ao fruto do mar. Tudo foi acompanhado por um bom chardonay. A reparar, apenas, o excesso de pimenta, superada com vinho, muita água e um ótimo sorvete italiano.

Retornados ao hotel Nordic Sea Hotel, bem no centro e próximo da estação central e numa região de muitos hotéis, vamos descansar porque amanhã teremos atividades interessantes a céu aberto. Isto, porém, será objeto de outra postagem. Beijos. Narcísio e Dirlei. 


Paisagem da rodovia Gotemburgo/Estocolmo

Primeira visão da Prefeitura de Estocolmo

Palácio Real da Suécia

Uma das salas do interior do Palácio

Galeria de Carlos XI, onde até hoje se realizam cerimônias no Palácio Real

Casario antigo nas cercanias do Palácio Real

Becos estreitos, na ilha do Palácio, lembrando a Idade Média

Visão do Jardim Real, próximo da ópera

Show no Jardim do Rei, Brasil/Moçambique

2 comentários:

  1. Queridos Narcísio e Dirlei
    Vocês se referiram hoje a comidas italianas (penne e risoto). Hoje no Brasil a notícia é que o Cesare Battisti foi solto, o STF confirmou a decisão do estadista Lula: para os governantes do Brasil, a Itália não é uma democracia confiável, a justiça italiana não é séria e lá não respeitam os direitos humanos!!!...
    Grande abraço, do Zucco.

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  2. Caros desbravadores nórdicos,

    Notícias divorciadas da belíssima viagem que os amigos estão curtindo, em especial a essa magnífica cidade de Estocolmo, onde estive em duas ocasiões, vejo-as como irrelevantes.
    Por isso mesmo, nada daqui que não lhes confortem, fica o retorno!...
    As fotos postadas são de rara beleza. Aproveitem ao máximo.
    Abraços do Nelson

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